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           [7:23h do dia seguinte]

"Adrien"

Ouvia um som constante que invadiu o meu sono, cada vez mais alto como tiros soltos. Levantei a cabeça atordoado e vi que estava estava fora de casa, mais precisamente em um beco mal iluminado onde as luzes dos postes oscilavam, olhei para o céu escuro da noite que parecia me observar ali, onde está a lua?

- Como você teve coragem de fazer isso?! Qual o seu problema?!

Olhei assustado para de onde a voz vinha e percebi que agora estava em uma loga de conveniência vazia, se não fosse pelo cara desesperado que estava a apontar uma arma para mim, e a mulher atrás do balcão que gritava agonizadamente.

Mas o quê está acontecendo aqui?!

- Por que você fez isso cara?! A gente confiou em você!!

Senti algo gelado pelos meus braços e olhei para baixo hesitantemente , olhei para o incompreensível sangue que escorria entre as minhas mãos.

O som constante...

Da gotas de sangue...

Caindo sobre o corpo es-esfaqueado aos meus pés...

- Qual o seu problema?! Você é um monstro! Você é um monstro, Adrien!!

Levantei em um sobressalto sobre a cama. com um gemido de agonia, o coração batendo tão rápido ao ponto de me causar falta de ar e o suor frio escorrendo da minha testa direto para o lençól sobre as minhas pernas.

Por um instante, estar sem blusa era como uma desproteção a mais. Puxei a camisa branca de cima da cômoda e a vesti cessando o incômodo, e como se as coisas não pudessem ficar piores, o fodido do meu pai vem hoje.

- Pesadelos de novo?

Olhei para a frente onde se encontrava o Plagg que me encarava preocupado, segurando o meu frasco de remédios para ansiedade. Peguei o copo d'água já preparado sobre a cômoda enquanto ele me entregava duas pílulas.

Ter o Plagg comigo, me ajuda bastante a não enlouquecer quando estou sozinho.

- Não foi nada de mais. Valeu.

Disse colocando os comprimidos na boca.

- Se você diz... Não vai dizer a sua fala de sempre?

- Ahn? Ah! Haha, isso é um verdadeiro saco.

Nós dois rimos juntos enquanto eu apoiava o copo de volta sobre a superfície de madeira já vazio.

- Enfim, ouvi uma das empregadas passar pelo corredor instantes atrás dizendo que o senhor Agreste já está caminho, não vai pegar pesado com ele, vai?

Estiquei as costas jogando a cabeça para  trás.

- Já prevejo um grande inferno para essa manhã, ele não sabe que eu usei drogas nem o que fiz pelas ruas, agora ele decide sair da Alemanhazinha dele pra bancar o pai escroto no meu pé, mas que saco! Por que ele apenas não continua com a vida de ouro dele lá, e me deixa em paz tendo a minha de merda aqui?

Plagg continuou em silêncio e eu resolvi apenas ir para o banheiro arrastando a toalha pelo chão.

Chegando no banheiro larguei a toalha sobre a borda da banheira e fui até a privada abaixando o short, olhei para o enorme espelho que ficava do outro lado e suspirei ao ver o meu reflexo deplorável, eu estava uma merda. Todo o meu corpo tinha marcas das brigas em que entrei, voltei a atenção para a minha frente e observei as marcas ainda piores pelo meu pênis, ter me prostituído não me deixou nada legal, sinto tanto ódio de mim mesmo por ter feito isso que fico enjoado.

Ai Adrien... O que foi que você fez cara..?

[...]

Quase uma hora depois eu desci aquelas malditas escadas, da  minha maldita casa, indo pra onde? Pra maldita sala em que entraria o maldito do meu pai.

Tudo parece estar maldito hoje.

- Bom dia Agreste, gostaria de um chá?

A Nathalie teve a ousadia de me fazer essa pergunta idiota.

- Pega esse chazinho e mete na tua garganta caramba!

Saí em passos fortes sentindo a culpa mais forte ainda subir pelo meu corpo, por descontar em alguém que só queria ajudar, o que deu em mim? Estou parecendo o meu pai agora?

- E se fosse de morango?

Arregalei os olhos me virando para ela, estava em choque, por ouvir aquelas palavras tão... Familiares...

- P-pode ser... Desculpa.

Em questão de minutos, lá estava eu no sofá tomando chá de morango igual uma criança, estava perfeitamente igual ao que a minha mãe fazia...

Eu ando subestimando de mais a Nathalie, ela me conhece melhor do que eu mesmo, e eu na cara de pau ago como se não fosse assim, só por ela ter feito isso, me sinto mil vezes melhor pra...

- S-Seja bem vindo, senhor.

A empregada de cabelos cacheados disse ao as portas se abrirem, revelando uma visão enojante, um homem alto e bem vestido em seu terno preto, o cabelo grisalho perfeitamente arrumado e os óculos sobre o seu peculiar olhar de frieza, Gabriel Agreste, o meu... Pai.

 Pai

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Uทrєαcнαвℓє II: FrαgмєทτσsOnde histórias criam vida. Descubra agora