3. Almoço parte 1

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POINT OF VIEW NARRADORA

Nós seres humanos temos o costume de querer controlar tudo ao nosso redor. Por isso tememos tanto a mudanças, como ter o controle de algo que não conhecemos?

Era isso que Bianca a mulher de 25 anos se perguntava ao partir da casa de sua tia Meire com seu primo Rodolffo e Madalena.

A carioca costumava ter tudo sobre controle no Rio de Janeiro. Era professora de inglês em um colégio privado renomado na capital da cidade, tinha seu próprio apartamanto, carro, amigos e seus pais.

Após o fatídico acidente de carro de seus pais, a carioca se questionava mais e mais.

"O que significa estar no controle?"

" Podemos ter controle de tudo que acontece?"

A resposta é não. Bianca sempre soube disso, porém ignorou enquanto tudo acontecia da sua maneira.

E hoje Andrade faria uma grande descoberta. Teria a certeza de que não tem controle de absolutamente nada, muito menos de seus sentimentos.

                                    ●

POINT OF VIEW BIANCA

- Bia? Ei? - Ouvi a voz da pequena Madalena no banco de trás do carro de meu primo e rapidamente a olhei deixando meus pensamentos avoados para trás.

- Oi,  Madalena, pode falar. - Soltei um sorriso em direção a pequena.

- Pedi para a mamãe me arrumar bonita igual a você. Gostou? - A garotinha era realmente adorável.

- Sabe o que eu acho? - Assentiu negativamente. - Que você não está bonita igual a mim. - A vi arregalar os olhos e ficar inquieta. Sorri completando... - Você esta miiiiiiil vezes mais bonita do que eu. Tu é a mais linda da família gatinha. - A pequena abriu o sorriso mais largo que podia e comemorou dando gritinhos.

- Olha papai a Bia falando esquisito de novo. - Rodolffo ria de minha face confusa.

- Já falei que é sotaque, meu amor. - Entendi do que se tratava e ri junto com meu primo.

- Ah então você ta rindo do meu sotaque é? - Perguntei arqueando a sobrancelha. - Tu não goxxxtou Mada? Eu acho muito goxxxxtoso falar assim sabia? - Disse arrastando mais ainda o sotaque e gargalhava com as carinhas que Madalena fazia.

- Eu goxxtei - Soltou me imitando. - Papai, agora eu também sou caminhoca.

Madalena sem dúvidas era uma criança encantadora na qual eu ja estava amando.

O restante do caminho foi com brincadeiras minha e da pequena até que chegamos no grande condomínio da família.
Logo avistei uma enorme chácara e Madalena avisou que havíamos chegado. O lugar era incrivelmente belo e sofisticado, o quintal era gigantesco cheio de cachorros correndo animados.

Ao entrarmos na casa, a garotinha me puxou pelo braço chamando sua mãe desesperadamente.

- Mamãe, a Bia, mamãe. - Ria do jeito da menina.

- Calma, já estou descendo. - Ouvi uma doce voz vir do andar de cima.

- Pronto apressadinha. - Uma linda mulher dos cabelos castanhos apareceu descendo a luxuosa escada do local. No exato momento não consegui pensar em nada além de admirar o que estava sob meus olhos.

- Então você e a famosa "caminhoca" do sorriso bonito que encantou minha filha, certo. - Disse sorrindo simpática estendendo a mão para me cumprimentar. - Prazer sou Rafaella Kalimann.

mais tarde tem a parte do 2 do almoço ok•

Do caos ao amor - RabiaOnde histórias criam vida. Descubra agora