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Respiro fundo fundo e limpo as lágrimas de meus olhos, já passou, já passou. Eu apenas surtei um pouco, nada de mais.
Me levanto um pouco mole e vou até o banheiro, retiro minha roupa e entro debaixo da água fria no box.

O que eu faço? Não sei por onde começar, sinto que depois dos dois meses não terei mais um futuro pela frente. Foi igual aquele vez, eu lutei, morri e ele morreu. Nós morremos, bem aqui. Nesta floresta, mas como ele ainda está vivo?.
Onde ele está? Onde eu o encontro?. O mundo é tão grande que em dois meses não vou conseguir acha-lo. Ainda tem Kataleya eu prometi que faria esse último mês da vida dela o melhor que ela já teve. E também tem Silas, eu falei várias vezes que iria conquista-lo, mas nem tempo para isso eu vou ter.

Agora que tenho forças bem que eu poderia trancar ele em um quarto e transar com ele até dizer chega.
Isso é completamente errado, ele não vai querer. Não posso força-logo.

Meu plano tinha várias fases, mas agora vou ter que pular todas e ir até as últimas, sedução e o eu amo você todo dia e toda hora. Desligo a água do chuveiro e saio do box molhando o chão todo, vou até o espelho e olho minha aparência. Meus cabelos cinzas, olhos brancos e a pele pálida doentia, pareço uma aberração porém ao mesmo tempo ainda tem o toque do divino em mim. Olho meu corpo, o rosto redondo em uma beleza andrógena e encantadora, os olhos grande e cílios longos, os ombros finos e uma cintura fina, as curvas de ambos os lados, as coxas grossas e o bumbum arrebitado. É uma beleza feminina porém ao mesmo tempo masculina, uma beleza que gera caos e duvidas a todos que vêem. Apesar de ser uma estrela brilhante no momento apenas me sinto uma luz apagada no vasto universo, respiro fundo.

Encaro meu reflexo no espelho e fico me encarando, sou tão diferente de antes. Passo a mão molhada no espelho embaçando minha imagem, olho em meus olhos...olhos...espera os olhos vermelhos!!.
Saio do quarto rapidamente e assumo minha forma divina, não tem ninguém em casa, estranho.
Saio da casa e vou até o local onde achamos Silas e os outros.
Desço do ar até o chão e entro dentro do laboratório subterrâneo, vou andando pelos corredores frios até achar a sala onde tinha os corpos de Kat.

A sala estava vazia porém no meio dela tinha um homem sentando, em sua frente tinha uma cadeira. Me apróximo e sento na cadeira na frente do homem.
- Gesper, é um prazer conhece-lo novamente.- o homem sorri e eu o encaro.
- Não posso dizer o mesmo Vincent.- ele ri e sorri brilhantemente.
- Que isso, não seja malvado nos conhecemos a tanto tempo.- ele faz uma cara nostálgica, porém mantenho meu rosto sério em direção ele.
- Eu gostaria de nunca ter te conhecido.- ele começa a rir docemente. Ele se encosta na cadeira e cruza os braços.
- Como vai sua mãe?.- ele me olha enquanto exibia um sorriso de lado.

- Vai bem.- falo normalmente.
- E seu avô?.- ele olha o teto e eu cruzo minhas pernas.
- Vai puto.- ele começa a rir e me encara.
- Acho que ele já descobriu. O que ele mandou você fazer?.-
- Seu coração.- ela faz uma cara ofendido e ri.
- Se fosse do outro jeito eu daria, mas infelizmente eu não posso entrega-lo.- reviro os olhos.
Vicent não é igual aos outros inimigos onde você já chega e vai para a luta. Ele é diferente, astuto e louco. Parece uma conversa simples, mas cada olhar tem uma intenção pesada de matar.
- Por que fez tudo isso?.- ele se levanta e começa a andar pela sala.
- É obvio que eu não vou contar meu plano maléfico para você.- ele começa a andar ao meu redor.

- Seria burrice, somos ambos pessoas inteligentes. Você só não me ataca por que poderia destruir todos que estão perto, e eu só não te ataco - ele se aproxima do meu rosto e sussurra no meu ouvido - por que agora não é o momento certo - suas mãos tocam meus ombros e ele encosta sua bochecha na minha - sabe, eu já te matei uma vez, e ele morreu também. Mas desta vez eu tinha ele em minhas mãos e eu não o matei, sabe por que?.- observo seu rosto pelo canto do olho.
- Porque ele é meu, eu criei ele para mim. Eu fiz ele, tranformei ele, moldei ele, ele é minha carne e meu sangue.- dou um sorriso zombeteiro.
- Eu já disse antes e vou dizer denovo, ele é meu - me levanto da cadeira e fico na sua frente e o encaro - você só não me ataca por que está fraco, eu posso ter morrido, mas você perdeu seus poderes. O motivo de eu não ter atacado é simples, apenas queria ver que baboseiras diria, não me importo com o restante. Meu deus me mandou para pegar seu coração irei conseguir nem que eu tenha que destruir tudo.- ele ri.

- Como é ingênuo, você quer mesmo que eu acredite?. Sou uma pessoa boa sabe, vou te dar tempo para aproveitar o que é seu, mas volto em um mês. E ai eu pegarei o que é meu.- solto uma risada irônica.
- Ele não é seu, você criou um monstro você acha mesmo que pode pega-lo? O ingênuo aqui é você Vincent. Está fraco por isso precisa de tempo, acha mesmo que vou da-lo?.- vejo uma veia realsar em sua testa, ele sorri enquanto seus olhos me matavam com o olhar.
- Um mês Gesper.-

Repentinamente sinto uma ardência no lado direito do rosto, encaro Vincent mas antes mesmo que eu posso revidar, sinto um impulso jogando meu corpo longe. Sinto varias paredes de concreto quebrar em contato com minhas costas, após várias batidas me vejo do lado de fora. Me levanto retirando os escombros de cima de mim e olho para cima vendo ele voar no céu. Ele sorri para mim enquanto ri loucamente.
- Estou fraco Gesper?.- sinto meus pés sairem do chão e eu paro na sua frente.
- Até uma criança bate mais forte que isso, você está fraco Vincent.- ri de sua cara e vejo seus olhos antes vermelhos agora negros.

Apareço atrás dele e perfuro seu ombro direito, vejo ele se afastar rapidamente e em minha mão vejo um sangue negro. Faço uma careta de nojo.
Vejo ele olhar o ombro depois me olhar, seu olhar estava frio e ele me olhava maliciosamente.
Em um momento eu voava em sua frente, no outro eu estava sendo empurrado por algo invisível, meu corpo bate em várias árvores quebrando todas no processo, em minha frente eu pude ver ele sumir e o rastro de destruição que meu corpo deixou.
A casa onde eu morava é destruída  por algo, no caso eu, que caiu dentro fazendo a casa demolir e eu ficar debaixo dos escombros. Aperto minha mandíbula de raiva, e bufo irritado, chuto os escombros que estavam encima de mim e vôo para cima, encaro o ultimo local a onde eu o vi.

- Filha da puta!.- xingo de raiva e escuto na minha mente.
Um mês.
Olho ao redor e vejo a floresta que antes era branca voltar ao normal, a névoa que antes estava ali está cada vez mais transparente até que sumiu. Passo meus olhos pelo local e vejo abaixo de mim a casa destruída, e em volta as árvores sem folhas ao qual estavam retorcidas, o chão cheio de falhas e e ao redor penhascos fundos a onde não se via o fim.

Foi bem aqui que eu morri, onde ele morreu, onde todos aqueles morreram. Foi bem aqui a primeira guerra, a guerra onde eu tive meu destino travado. Sinto lágrimas descerem por meu rosto e sorrio ferozmente.
- Muito bem, você quer um mês. Eu te dou um mês, curta esse seu ultimo mês de vida.- olho em direção da onde eu vim. Vejo a terra ceder e na onde antes tinha um laboratório subterrâneo agora tem apenas um enorme buraco cheio de escombros. Olho o rastro de destruição e fecho os olhos, uma falha do mundo, que agora está aberta para todos verem.
Rio se raiva e solto um grito retorcido de dor, coloco ambas as mãos no rosto e começo a rir.

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Espero que gostem
Desculpe os erros
Bjos Lolo❤🥰

Minha Fada - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora