Memoirs

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Sina

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Sina

— Noah? — chamei me aproximando.

Uma vez me disseram que a melhor forma de esconder a dor é se afundar nela e fingir que nada de errado está acontecendo, mas para mim é como se fosse um pedido de socorro explícito.

Tudo na sala de entrada da casa estava bagunçada como Joalin havia dito. Fotos e copos de bebidas espalhadas por todo o local.

— Joalin? — ouvi a voz rouca descer as escadas calmamente.

Levantei meu olhar e avistei Noah que usava apenas uma calça de moletom enquanto seu cabelo estava bagunçado em seu rosto e em sua mão direita ele segurava um copo de bebida.

— Sina? — ele pareceu surpreso assim que me viu.

— Noah — me aproximei tentando desviar da bagunça no local — O que aconteceu aqui?

Ele tinha uma expressão de dor e meia em seu rosto como se precisasse urgentemente de ajuda.

— O que você está fazendo aqui? — ele rebateu ríspido.

— Joalin veio até minha sala chorando — me aproximei — Eu nunca tinha visto ela sim antes...ela me contou sobre o pai de vocês ter voltado depois de anos, eu sinto muito.

— Otimo, agora pode ir embora — ele diz desviando o olhar.

Bufei.

— Eu vim aqui porque estou preocupada com você, e eu não faço ideia do que você passou, mas eu quero te ajudar — falei tentando ser o mais paciente possível.

Ele riu sarcástico descendo as escadas.

— Eu não preciso da sua ajuda, Sina — ele diz irritado — Pode ir embora, porque eu tenho certeza que Joalin precisa mais de você do que eu.

— Como pode ser tão idiota e ingrato? — bufei — Todo mundo lá na empresa está preocupado com você...e eu realmente sinto muito por tudo que você tenha passado, mas não pode jogar a sua dor em cima das pessoas e se esconder em sua própria casa quando o primeiro problema em sua vida aparece — apontei ao redor — Você não é mais uma criança Noah, não pode ficar se escondendo e bebendo enquanto tem pessoas lá fora temendo que você faça alguma besteira...então antes que me mande embora, eu sinto muito, mas eu não vou — gritei a última parte.

Ele travou o maxilar desviando o olhar enquanto em seu rosto pude perceber seus olhos marejarem.

— Não precisa ter vergonha de chorar — me aproximei do mesmo.

Seus olhos fitaram o meu pouco antes de Noah me abraçar. Eu podia sentir a sua dor e o medo em seu corpo conforme suas lágrimas desciam do seu rosto. Talvez ele não fosse o único que precisasse daquele abraço, porque por algum momento eu mesma me senti segura naquele exato momento.

𝐒𝐄𝐗𝐘 𝐂𝐀𝐒𝐔𝐀𝐋 (𝐏𝐑𝐈𝐌𝐄𝐈𝐑𝐀 𝐓𝐄𝐌𝐏𝐎𝐑𝐀𝐃𝐀)Onde histórias criam vida. Descubra agora