Pov Lili
Cheguei em casa e Marry estava tomando café da manhã com o Bash. Eles andam se encontrando desde a noite da procura por Camila. Marry pareceu ter finalmente aceitado a fuga de Camila depois de receber uma mensagem da filha dizendo que estava bem e necessitaria de um tempo. A reocupação de Mary se tornou raiva e acho que ela tem tanta vontade de ver a filha quanto eu.- Boa noite, tia. Boa noite, Bash - Ambos acenam de volta para mim.
Fico feliz por ela estar se encontrando com ele, que acabou por ser um homem muito bacana, o que descobri depois de denúnciar Jordan.
Subo para meu quarto para guardar as compras. Fazia muito tempo que eu não comprava nada de verdade para mim, mas com o caimento do meu primeiro pagamento, eu tempo de ir à cidade em busca de roupas e acessórios.
Quando a abro a porta, a primeira coisa que chama minha atenção é a caixa em cima da cama com um laço de cetim por cima. Deixei as compras no chão e fui andando até lá.
Sei que você provavelmente esbanjou muito com o primeiro salário, e me desculpe já havia gastado dinheiro comprando um traje apropriado, mas gostaria muito que usasse isso amanhã.
_ ColePs: não precisa usar nada por baixo;)
Era isso que o bilhete dizia. Nenhum início senti um pouco de pena dele, afinal não usaria o que quer que estava ali dentro pois de fato havia comprado algo para usar amanhã e o vestido que comprei era perfeito, lilás de cetim.Isso até eu abrir uma caixa.
O vestido era preto, formado apenas por um body preto tomara que caia e uma saia preta mas transparente e coberta de pequenos brilhos brancos. Como se não fosse o suficiente, na caixa também havia um salto preto de veludo e um par de brincos e pulseiras da mesma cor.
Eu pensava que uma corrida seria de dia, mas dado a roupa, obviamente é em um horário noturno, possivelmente nobre.
E eu realmente não sabia como seria possível usar algo por baixo sem ficar aparente. Ri e peguei o celular, digitando uma mensagem para Cole.
- A roupa é linda. Ocasião especial?
- Andei pensando e quero te levar em um lugar além da corrida amanhã.
- Que horas devo estar pronta?
- Por volta das 20h. Talvez queira passar o dia todo se arrumando, por isso pode tirar uma folga.
- Idiota.
Joguei o celular na cômoda e caí no sono sorrindo, sem trocar de roupa ou mesmo guardar minhas compras.
-
Hey, eu sei que é chato mas pfv deixe sua estrela, ela me motiva a continuar.
-
Cole veio me buscar no horário combinado. Usava nada mais que um calça social preta, Uma camisa social branca meio amassada e uma gravata folgada. No pés haviam tênis pretos. Parecia um estudante do ensino médio de uma escola particular mais que qualquer coisa. Ele ergueu uma sobrancelha e sorriu para a roupa que eu usava.Fomos para a corrida e prefiro não mencionar a tortura que foi assistir Cole apostar 20 mil libras no meu cavalo.
Ele perdeu.
Não que não fosse algo esperado. Era um cavalo bom, mas ainda era muito novo e não recebeu nenhum treinamento além do meu, que não era o melhor. Eu me sentia mal por isso, mas eu disse trezentas vezes para Cole não apostar. Quando Craque perdeu, tudo o que disso foi "eu avisei". Cole nem pareceu se importar com a falta dos 20 mil. Saímos de lá antes que ele precisasse cumprimentar alguém.
- A roupa ficou espetacular em você - ele comenta enquanto estaciona o carro na frente de um enorme teatro no topo da montanha. - Achei que você não fosse usar, na verdade. Você tende a ser muito teimosa para coisas desse tipo.
- Obrigada... eu acho. O que estamos fazendo aqui?
- Achei que sua habilidade de dedução fosse melhor que isso, mas você vai ver - ele sai do carro e abre a porta do carona para mim. Andamos até um segurança que aceita dois ingressos que Cole lhe entrega. Com uma mão na parte inferior das minhas costas, Cole me guia para dentro, subimos algumas escadas e de repente eu estava em um camarote com meu nome bordado na cadeira.
- Cole? - Uma cabeça desconhecida aparece de trás da porta. - Cara, quanto tempo! Te vi entrando e te chamei, acho que você não ouviu.
- Ah, eu ouvi, sim - Cole resmunga, tão baixo que apenas eu posso ouvir.
Cole se levanta e vai abraçar o homem que me parece estranhamente familiar.
- Não te vejo desde aquela treta com seu pai.
MERDA, MERDA, MERDA. Esse homem era um dos fotógrafos, só que um dia ele se irritou e discutiu com Matthew. O ponto é: esse cara já me fotografou! Fodeu muito.
Sussurro no ouvido de Cole que preciso usar o banheiro e saio correndo. Não consigo mais guardar esse segredo, quatas vezes mais terei de fugir? Mentir pra Cole? Mas é necessário, a esse ponto não sei o que faria se Cole me odiasse.
Eu disse para Cole que achava estar apaixonada por ele, mas isso não era verdade. Você não "acha" que está apaixonado, você sabe. Não tem como tropeçar e bater com a cabeça no chão e "achar" que caiu, e paixão é exatamente como cair, cair em um poço sem fundo e sem volta prevista para a superfície. É uma das sensações mais fortes que já tive. Eu quero estar perto dele o tempo todo e realmente me preocupo com ele, o que não acontece com muitas pessoas. Não preciso necessariamente do seu toque, desde que eu posso olhar para o rosto dele e saber que ele sente o mesmo em relação a mim.
Não posso perdê-lo.
Eu lavo o rosto e respiro, quando vejo que o rapaz já foi volto para o lado de Cole e me sento como se nada tivesse acontecido.
- Quem era aquele? - Pergunto em um sussurro. Nada como fazer a loira burra.
- Um fotógrafo da Playboy. O cara se acha o dono do mundo. Odeio quando gente que conhece meu pai age como se fosse meu amigo quando claramente estou tentando fazer de tudo para não ser associado ao homem e muito menos a empresa.
Engulo em seco.
- O que estamos fazendo aqui mesmo? - Mudo de assunto antes que comece a pensar demais.
- Você gosta de ópera? - Faço que sim e ele sorri.
Meus labios se abrem como se fosse automatico. Meu pai adorava ópera, e ele me ensinou a gostar também, nós ficavamos dançando e apreciando a musica, era incrivel. Não parei para fazer algo do tipo desde que mamãe ficou doente.
Os musicistas sobem no palco e começar a cantar, é simplesmente lindo, meus olhos começam a ficar marejados. Evito imaginar o que meu pai acharia de Cole.
A apresentação acaba e a plateia aplaude de pé. Sou uma das últimas a parar.
Cole me leva até o carro, graças a Deus não encontrei o fotografo novamente.
- Voce gostou? - pergunta Cole com um lindo sorriso estampado em seus labios.
- Amei - minha voz sai falha e chorosa.
Ele chega mais perto, nosso carro esta virado para as estrelas. Seus labios estão tão proximos dos meus que sentir seu alito quente em meio à noite fria. Como seria sentir aquele calor incendiando meu corpo todo...
Como se lesse meus pensamentos, ele me beija. Mas não é o tipo de beijo que tinha em mente, não há luxúria nem fome. É algo muito melhor. Quase como se ele soubesse o quão delicado a apresentação da ópera tinha sido, como se dissesse que me apoiaria em momentos como aquele. Era um beijo delicado e carinhoso, parecia expressar o que ele sentia por mim. Jamais imaginei que fosse tão puro e real.
Nós nos afastamos, as testas ainda juntas quando sinto um sorriso surgir em seus labios. Sorrio de volta, é contagiante. Entramos no carro e ficamos olhando as estrelas, minha cabeça deitada em seu ombro. Não sabia que a vida podia ser tão... pacífica, tão completa. Poderia passar o resto dela assim.
-
🏹:: hey quem é vivo sempre aparece né? Desculpem a demora. É que eu e a Luana estamos reescrevendo os primeiros capítulos. Bom espero que gostem, prometo que vou tentar ser mais ativa por aqui. <3
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Playboy
FanfictionLili Reinhart é famosa por todos os motivos errados. Ainda aos 19 anos, ela engrenou em um caminho sem volta. Sem dinheiro para pagar os remédios da mãe, Lili conseguiu um emprego temporário como modelo na Playboy. Os anos se passaram tudo se tornou...