[presa em um assento de carro pt.2];;

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obs: oi gente, eu passei mo século sem postar capítulo por quê eu estava 0 criatividade, continuo com 0 criatividade mas tentei fazer algo aqui 😔👍
votem no capítulo pls, ajuda bastante ein!! e eu também estou muito feliz pelo fato da fic ter chegado a 700 leituras, eu acho que não vai passar disso mas agradeço!!!
e me desculpem qualquer erro de ortografia, infelizmente sou burra

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to be continued...


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Ele não parava de me encarar, eu estava prestes a soltar um grito perguntando o por quê daquela expressão

─ O que você estava fazendo passando por aquela rua? ─ Ele pergunta, retirando o cigarro inacabado que eu tinha colocado em sua boca e o joga pela janela.

─ Por que eu tenho que te dar satisfações? ─ falo em tom de ironia

─ Ah, esquece.

─ Não, agora fala!

─ Só achei estranho você andando por lá, perto da casa do Krist.

─ Eu estava voltando de lá, mas não vejo problema algum nisso.

─ Você dormiu com ele??!

─ Cara, é sério mesmo?? Você nem me procurou nessas últimas 3 semanas, quem deveria pedir satisfações aqui sou eu!!

─ Está bem, me desculpe.

Ficamos um tempo em silêncio.

─ Eu não seria louca de dormir com ele...

Eu o olho, ainda séria. Percebo que ele expressa um leve sorriso no canto de sua boca.

─ Que cara é essa??

Ele coloca sua mão sobre minha perna, eu o encaro de um jeito confuso. Kurt se aproxima e começa a me beijar de uma forma lenta que em poucos segundos se tornou em algo violento.
Me afasto antes que pudesse se tornar algo mais sexual como da última vez, burrice da minha parte, se ele falasse "te quero" eu obviamente já estaria de pernas abertas pra ele de novo.

─ já que não vamos nos divertir como da última vez, eu vou me divertir de outra forma

eu o olhei impaciente por alguns segundos, ele era uma caixa de surpresas e eu tinha receio do que seria a definição "me divertir de outra forma" pra ele.
Ele se inclinou para abrir o porta luvas, tirando um pacote de heroína. Eu o olhava preocupada, talvez eu me preocupe demais desnecessariamente.

Enquanto Kurt segurava o pacote de heroína refletindo se valeria a pena usá-lo agora. Eu me sinto tao estúpida por não conseguir parar de olhar para ele, enquanto eu devia estar resolvendo problemas com o "papai"

─ a sua barba cresceu bem rápido, bem... os fiapos dela cresceram bem rápido ─ ele continuava encarando a heroína, parecia estar reflexivo ─ o quê ela tem que eu não tenho Kurt Cobain?!

─ morfina e ópio ─ rimos em conjuntos. Ele puxou meu queixo para um beijo, mas não deixou que nossos lábios se tocassem por mais de meio segundo

ele parecia estar lutando contra a vontade de usar heroína, ele nem sequer reparava em certas piadinhas que eu contava

─ kurt ─ tomei o pacote de suas mãos. Aparentemente era a droga que o deixava abalado ─ me leve para casa e arrume discussões com meu pai por mim, menino encrenca!

ele riu e então deu ré nos fazendo sair daquele beco.
eu tentei o divertir o máximo que pude, mas internamente eu também estava desesperada por causa do meu padrasto.
Kurt me fazia medo proposital enquanto dirigia. Ele fingia que ia bater em postes e parecia se divertir com o meu desespero.

─ Lizzie, eu preciso te encontrar de novo, quero sua opinião sobre algumas músicas que escrevi... Músicas para um álbum novo

─ kurt, não... eu acho melhor não. Você não tinha ensaio com os meninos hoje? ─ eu não queria ter que contar pra ele que eu estava sob o poder do meu padrasto, e que provavelmente ficaria de castigo eternamente pelo furto da farmácia, e ter saído no horário de trabalho sem sequer avisar.
Sentia vergonha de dizer pro kurt que meu padrasto era um "abusador sinistro". Mas ele continuou insistindo.

─ eu furo com eles, liz ─ ele insistiu mais um pouco e eu continuava negando, meu coração estava em pedaços por ter que dizer não pra ele.

Em questão de segundos a expressão de kurt mudou, ele pareceu ter ficado bravo e triste por eu não ter concordado com ele. Então estacionou na frente da minha casa, que não era lá grande coisa.
Ele ficou em silêncio, provavelmente esperando que eu saísse. Eu não sei se deveria tentar beija lo ou abraça lo, então não o fiz. Peguei meu casaco e saí do carro esperando que ele puxasse meu braço e pedisse que eu ficasse, o que ele não fez. Me direcionei ao lado oposto, sem olhar para trás. Pude ouvir o arrancar da marcha sumir ao vento.

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