Nos llevamos bien

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Por Ana.

Porque você não disse  tudo logo.

Era essa frase que  ficou na minha cabeça durante toda a noite. Eu estava feliz, fizemos as pazes, mas eu não disse tudo o que aconteceu.
Eu sei, é direito dele saber que ele quase teve um filho, mas eu simplesmente não consegui falar.
Quando tentei quase desmaiei, acho que se o Thiago não me levasse até uma cadeira eu teria caído no chão.

Tentava não pensar no que deixei de fazer e focar no  que aconteceu. Ouvir  ele dizer que era apaixonado por mim me trouxe uma sensação que nem eu sabia descrever mas que me deixou tão feliz. No fundo eu sabia da verdade mas sempre escolhemos acreditar no pior não é mesmo?.

Toda vez que me lembrava de nós dois me vinha o nosso abraço, seu abraço acolhedor, onde eu me sentia protegida a anos atrás,  tive a sensação de voltar para casa. Seu abraço já foi o meu refúgio tantas vezes.  Ficamos um bom tempo abraçados, pude sentir o seu perfume, o calor da sua pele, não queria me afastar dele.
Agora quero está próxima a ele.

Me fez tão bem conversar com ele, seu jeito brincalhão e bem humorado deram um toque mais especial para aquele dia.

Agora eu estava terminando de me arrumar para ir pra escola, Dayse viria me buscar e já estava na hora, então dei uma ultima olhada no espelho e sai do meu quarto pegando minha bolsa e descendo, logo sai de casa e minha amiga já estava me esperando.

Dayse: vai ter festa na escola e eu não tô sabendo? Que arrumação toda é essa? – ri.

Ana: exagerada, não fiz nada demais! – ela me olhou esperando eu admitir que ela estava certa, mas eu não faria isso. – estou normal Dayse,  você ainda não entendeu que a minha beleza se renova  em cada manhã? – brinquei jogando o meu cabelo para trás e ela riu.

Dayse: sei bem o motivo da sua arrumação – entramos no carro.

Ana: não tem motivo nenhum e vamos logo vai!. – ela não disse mais nada, apenas dirigiu até a escola. – vai pra minha casa hoje a noite né?

Dayse: claro, você vai me contar tudo sobre a sua conversa com o Thiago – olhei pra ela surpresa e ela sorriu – achou que eu não sabia né?! Você vai me contar tudo mais tarde  tá madame – saímos do carro.

Ana: ok.. – sorri enquanto  entravamos na escola.

Dayse: pelo sorriso, arrisco em dizer que  deu tudo certo

Ana: como você disse, mais tarde conversamos – ri me afastando dela e escutando suas resmungações.
Ela sempre ia direto para a sala de dança, já eu vinha pra sala dos professores, guardar as minhas coisas e tomar o meu café. – bom dia pixie! – entrei na sala.

Pixie: bom dia Ana! – sorriu. Ela era estagiária aqui de manhã e a tarde tinha aulas. Um amor de pessoa.

Ana: marcos está paz e amor ou puro odió? – ela ajudava o Marcos no período do estágio e tadinha, só ela sabe como é aturar ele.

Pixie: graças a Deus hoje ele está paz e amor – rimos – tenho que ir – pegou alguns papéis – tchau – saiu da sala.

Guardei minhas coisas e fui pegar o meu café, me sentei no sofá da sala aproveitando o meu momento de paz, que infelizmente durou pouco.

Soledad: bom di- se interrompeu assim que viu que só tinha eu na sala.

Ana: bom dia pra você também – sorri e ela me olhou séria. É, nós nunca vamos nos dar bem.

Thiago: bom dia meninas! – entrou na sala  sorrindo. E caramba, que sorriso!

Soledad: Bom dia!! Como vai?

DeceivedOnde histórias criam vida. Descubra agora