Odeio amar você • SasuNaru [EM REVISÃO]

Ser nós mesmos

Naruto____________________________________

Nós não andamos nem 10 minutos até chegarmos no lugar. Era um gramado enorme. Se fossemos muito longe nos perderíamos em meio às árvores.

Nós fomos andando em meio às árvores, Sasuke foi na frente, até que ele parou na frente de uma que fazia uma grande sombra. As árvores eram tantas que o lugar chegava a ser quase escuro. Era como se estivesse um pôr do sol constante.

Ele sentou na grama e me olhou sorrindo para que eu me juntasse a ele, então eu fui. Eu sentei do lado, mas logo deitei no colo dele. Ele sorriu e fez cafuné, e então ficou olhando pra mim sem dizer nada. Alí, assim, eu só conseguia pensar no quanto eu queria ele perto de mim. Ele me fazia acreditar no amor, fazia eu querer sua aprovação, eu queria conquistá-lo. Ele era tão lindo... Eu realmente era um cara de sorte.

— Naruto... Eu acho que gosto de você. — ele falou desviando os olhos para as árvores.
— Você acha? Depois de tudo que rolou, eu achei que era pra você ter certeza! — eu falei sorrindo.
Ele deu um leve sorriso, mas não disse nada, então eu tornei a falar:
— Eu também gosto de você, Sasuke...
Ele voltou a olhar pra mim, e então falou:
— A gente é gay por isso?
Eu desviei os olhos dele por um instante e disse:
— Acho que sim, mas isso não é problema. Não significa nada.
— Naruto, eu quero poder pegar na sua mão na rua, quero beijar você na frente das pessoas, como todos os casais fazem!
— Quer dizer que nós somos um casal? — eu perguntei sorrindo.
Ele sorriu mas não disse nada.
— Nós não precisamos ter medo da reação das pessoas, eu vou sempre proteger você. — eu falei me levantando um pouco e dando um beijo nele.
— Então o que faremos agora? — ele perguntou preocupado.
— Nós não vamos mais nos esconder! Vamos agir normalmente na frente de todos! Se tivermos vontade de nos beijar, então vamos nos beijar! Se eu tiver vontade de andar de mãos dadas, a gente anda! Eu quero que sejamos livres... — eu falei olhando pra ele.

Ele sorriu e me abraçou, depois deitou do meu lado na grama, e pegou minha mão. Nós ficamos umas duas horas lá. Conversando e fazendo carinho um no outro. Eu olhava pras filhas das árvores na frente dos raios de sol e depois olhava pro Sasuke, deitado ali do meu lado, na grama, de mãos dadas comigo, e só conseguia pensar em como as coisas eram controvérsias.

No início das aulas, eu só conseguia pensar nele como o cara arrogante e cheio de si que estava alí pra me humilhar, mas depois eu comecei a me sentir atraído por ele e conheci um lado totalmente doce e sensível, que eu jamais imaginaria que ele tem.

Eu olhei pro lado e vi que tinha uma florzinha na grama, perto de mim.
— Pra você, Sasuke! — eu falei dando a florzinha pra ele.
— Obrigado... — ele falou surpreso e envergonhado — Mas o que eu faço com ela?
— Põem atrás da orelha! — eu falei sorrindo.
Ele ficou me olhando tímido, então eu peguei da mão dele e coloquei atrás da orelha dele e sorri. Tinha ficado tão fofo... Ele sorriu sem graça e então disse se levantando:
— Vamos procurar um restaurante pra gente ir. Tem vários por aqui.
— Vamos. — eu falei me levantando também.

Nós fomos andando e logo eu peguei na mão dele. Ele me olhou meio surpreso e tirou a mão como reflexo. Eu fiquei olhando pra ele sorrindo, pra que ele não tivesse medo, e então ele me deu a mão e nós fomos andando de mãos dadas vendo os restaurantes pela cidade, e nós logo entramos em um.

Nós pedimos uma porção de batatas fritas, arroz, feijão e bife a parmegiana. Nós comemos enquanto conversávamos sobre o que tinha acontecido com a Tayuya na aula de luta, e o que possivelmente teria acontecido se o Choji tivesse me acertado.

Nós terminamos de comer e ele disse que iria pagar a conta, e foi se levantando, então eu o interrompi e pedi pra que ele me esperasse na mesa e que eu iria ao banheiro. Ele sentou e me esperou, e eu fui até o caixa sem que ele me visse e paguei a conta. Eu não queria que ele gastasse dinheiro comigo, ele já estava me recebendo na casa dele...

Quando eu voltei ele foi direto no caixa, então eu disse:
— Sasuke, eu já paguei.
Ele me olhou sem entender e então eu disse:
— Eu não fui no banheiro. Eu não queria que gastasse seu dinheiro comigo.
— Naruto, eu disse que eu iria pagar! Eu não preciso que você pague a conta pra mim! — ele falou alto irritado e saiu do restaurante me deixando para trás. Todos ficaram olhando.

Eu fui atrás dele e disse:
— Sasuke! Eu só não queria que gastasse seu dinheiro comigo, você já cozinha pra mim, me recebe na sua casa... Deixa eu dormir com você... Eu não quero ser um bichinho que você tem que cuidar!
Ele olhou pra mim um pouco triste, e falou:
— Mas eu queria pagar a conta quando saíssemos. Eu tenho dinheiro pra pagar pra nós dois, e eu quero pagar pra você... Eu não gostei de você ter pagado.
Eu saquei. Ele estava se sentindo inferior por eu ter pagado. Ele achava coisa de "mulherzinha" deixar o outro pagar.
— Sasuke, não precisa. Se você quiser pagar, tudo bem... Eu só não queria me aproveitar de você! E não fique se sentindo mal por eu ter pagado. Você é tão homem quanto eu. Quem paga ou não a conta, é quem está com dinheiro! E eu só não queria gastar do seu!
Ele me olhou pensativo e então assentiu com a cabeça me dando a mão.

Nós continuamos andando de mãos dadas pela cidade, até que passamos por uma loja de bichos de pelúcia, e resolvemos entrar. Vimos milhares de ursinhos, cachorrinhos, gatinhos, coelhos, elefantinhos, sapos... Até que eu vi uma girafa. Era a coisa mais linda. Tinha o pescoço comprido e as perninhas curtas.

— Ah, Sasuke! Olha que fofinha! Eu queria uma dessa... — eu falei apontando pra ela na prateleira.
Ele pegou e foi ver o preço na etiqueta. $115,00. Era muito caro.
— Caramba! Que caro! Deixa quieto, vamos ver outros... — eu falei puxando o Sasuke pelo braço.
Eu percebi que ele ficou olhando um gatinho de pelúcia.
— Você quer o gatinho, Sasuke? — eu perguntei pegando ele da prateleira.
— Não... — ele falou envergonhado e olhando pro chão.
Eu sorri e então decidi que compraria pra ele.
Passamos no caixa e ele não falou nada. Quando saímos da loja ele ficou me olhando com a sacola na mão, esperando eu dar pra ele, então eu dei e comecei a rir.
— Obrigado. — ele falou sem jeito, me dando um beijinho na bochecha.

Eu fiquei todo feliz por ele ter gostado. Nós decidimos voltar pra casa dele, e tomar um banho.

Assim que chegamos, ele colocou o gatinho de pelúcia em cima da cama e disse:
— Vai primeiro pro banho, eu vou ligar a TV pra assistirmos alguma coisa depois. Eu fui pro banho. Saí e me troquei no quarto, na frente dele. Ele ficou me olhando, mas não disse nada. Eu me virei pra ele e vi que estava me encarando, então eu disse:
— Você me olhando assim faz eu ficar tímido... — eu falei me aproximando e sentando no colo dele, mas já vestido. Ele colocou as mãos em mim e deslisou por todo o meu corpo. Eu me aproximei do rosto dele para beijá-lo. Nossos lábios iam se aproximando aos poucos, e quando eu fui beijá-lo de verdade, ele se afastou, e disse:
— Eu vou pro banho.
Ele me tirou do colo dele e me colocou sentado na cama. Se levantou pra ir tomar banho.

Eu sentei no chão, encostado na cama, pra assistir TV. Ele estava saindo do quarto, parou na porta e me olhou.
— Fica na cama. — ele falou parado na porta.
— Ah, não, não precisa, tudo bem! — eu falei ainda sentado no chão, já com a TV ligada.
— Eu não estou pedindo. — ele falou sério saindo do quarto e entrando no banheiro — Quero te encontrar na cama quando eu voltar.

Continua...