capítulo 25 - réquiem, parte I

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(nota da autora: voltei e a voz do povo é a voz de deus, saibam se hannibal morreu ou foi pra record e saibam qual das duas é a pior opção)

(OUTRA NOTA: as vezes a c4r4lha do wattpad não avisa qdo tem atualização entt por favorzinho confiram direitinho)

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Interior da Lituânia, Kaunas sendo mais específico, numa antiga propriedade que pertencia a uma família muito antiga, rodeada pela tundra e de noite. O castelo dessa propriedade era o covil de Hannibal Lecter.

Como ele escapou da Scotland Yard?

Foi menos complicado pois Bedelia Du Maurier veio em seu auxílio e foi assim que Hannibal Lecter escapou da Inglaterra, mas e o incêndio?

Após abraçar Will Graham até a morte, quebrando alguns de seus ossos, Hannibal viu as chamas se aproximarem e invadirem aquela sala, vendo Will morto em seus braços, não teve coragem de deixá-lo para trás para queimar. Hannibal conseguiu sair da mansão com o corpo de Will em seus braços, achava que tamanha beleza e doçura mesmo após a morte não deveriam ser tocadas por aquelas chamas infernais. Levando Will para fora e para longe da vista de todos, ele observou a casa terminar de queimar e reduzir-se a cinzas e pedras até que a polícia aparecesse, quando surgiu, ele teve que fugir com o corpo falecido de Will. Por sempre estar ciente que uma hora ou outra poderia ser pego (mas não imaginou que perdesse Will Graham), deixou uma forma de estabelecer um contato com Bedelia oculta, ela não demorou a vir até Hannibal.

Ambos enterraram o corpo de Will debaixo de uma árvore de sicômoro. A árvore do sicômoro parecia falsa, uma coisa singular, uma árvore do Oriente Médio em pleno frio inglês. Era estranho e singular, uma árvore tida como bíblica bem ali, nas terras obscuras. Hannibal fez um pedido especial a Bedelia, pediu que quando ela viesse dos Estados Unidos trouxesse consigo sementes de rosas brancas, queria plantá-las para Will.

As rosas brancas possuem significado especial, podem ser oferecidas para a pessoa amada numa demonstração de solidez, pureza e eternidade, porém, em dois momentos, tanto para demonstrar que era aquilo que se desejava oferecer numa relação quanto em um momento fúnebre, dizendo que a pessoa morta trazia tudo aquilo para quem ficou. Como um ritual ou uma missa de despedida.

Bedelia fez aquilo por Hannibal, e por curiosidade sobre ele, ficou curiosa pois pela primeira vez veria Hannibal sofrer, e foi um momento singular. Pela primeira vez, Bedelia o viu chorar por alguém, não era um choro escandaloso, não era daquela forma que ele se portava, mas era nítido para Du Maurier que ele estava sofrendo muito, as poucas lágrimas derramadas por ele eram pesadas pela sua dor. Mas claro que quando estava sozinho, principalmente durante a noite, em seus devaneios e pensamentos solitários, e quando estava deitado em sua cama, tentando adormecer, refletia sobre como achava estranho que Will não estivesse lá, a cama parecia fria e vazia, algumas vezes relembrava as noites que descansaram, noites em que Will dormiu agarrado a Hannibal, sentindo o corpo gelado dele buscar calor no seu. Era estranho para o psiquiatra não ter mais aquele toque.

Agora, Bedelia estava com ele na Lituânia, pretendia voltar para os Estados Unidos em breve, por consideração a esses anos de amizade. Bedelia tinha opinião própria sobre os crimes que Hannibal cometeu, achava-os abomináveis e às vezes dava enjoo e medo, porém, ainda sim conseguia ver beleza naquelas atrocidades. E aqueles crimes eram como um reflexo de sua alma.

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