the way down we go | johnlock | hannigram

capítulo 15 - interlúdio entre os atos

Já era noite, chovia bastante do lado de fora e dessa vez era o detetive que tinha um notebook (o de John claro) sobre uma mesa, sentado no restaurante da hospedaria. Falando em John, este estava dormindo profundamente no quarto sem nem perceber que o detetive já não estava mais na cama. Sherlock tinha marcas pelo corpo, estava fisicamente exausto, mas criou coragem para se levantar da cama.

Depois de alguns beijos trocados, eles caíram na cama e transaram de novo, até aí tudo bem, o que surpreendeu foi terem ficado abraçados após tudo. Eles não trocaram uma palavra nisso, sorriram um para o outro e ficaram ali deitados por um tempo trocando alguns beijos até que John adormecesse. Falariam depois sobre, por enquanto foi só sobre tensão sexual. Então, Sherlock vestiu-se, deixou John dormindo no quarto e desceu.

Sherlock estava inquieto, o tempo inteiro conferindo a caixa de emails de John, ele buscava por uma resposta.

Naquele momento, Sherlock Holmes assumia seu maior ato de irresponsabilidade, pois fazia um bom tempo que já havia solucionado o caso, sabia quem era o assassino, estava trocando palavras com o assassino. Tudo isso pelas costas de John, e claro, já estava preparando o turbilhão que virá para cima de si quando ele souber a verdade.

Não tem justificativa no mundo que alivie o que Sherlock Holmes está fazendo além de seu próprio egoísmo e curiosidade. Sherlock sentia-se confrontado por Hannibal Lecter, não aceitava que existisse alguém tão brilhante quanto ele mesmo. É infantil pensar desta maneira, mas não entregaria Hannibal Lecter para a polícia enquanto não conversasse com ele. Queria entender o que se passava na mente doentia de Hannibal Lecter, a verdade sobre os sentimentos dele por Will Graham, também queria entender Will Graham. No seu mais íntimo, o que Sherlock queria era entender a si mesmo naquele momento, pensava que se compreendesse o que Hannibal e Will sentiam um pelo outro, se compreendesse como eles conseguiam amar um ao outro, poderia entender aquele desejo que sentia por John, que nem sabia ao menos se era um desejo.

Solucionar o caso foi simples, bastou ligar o modus operandi, algumas manchetes de jornais e o perfil do assassino que formulou sozinho e teve seu assassino e motivações. Pensaria em como contaria a verdade a John, e como conversaria com Hannibal Lecter, não seria direto, não, o Dr. Lecter não trabalha daquela maneira, pelas descrições que leu sobre ele em alguns relatórios públicos do FBI, o Dr. Lecter era um homem de poucas e muitas palavras, palavras ponderadas e precisas, ao mesmo tempo, cheias de mistério.

Não queria admitir, mas essa era uma busca desesperada por uma solução a si próprio.

O Dr. Lecter sendo tão esperto, certamente sabia que Sherlock Holmes estava a sua procura, então por isso o detetive achava considerável tentar um contato. Havia tentado por email, por mais amador que fosse. Ao mesmo tempo, teclou uma mensagem de texto para John, estava na hora de contar a verdade, imaginou que ele já estaria desperto.

"John, nós precisamos conversar seriamente sobre o caso, eu o solucionei"

Enquanto isso, no andar de cima, John se levantava da cama, tonto e exausto, desperto pelo som de um trovão, o quarto estava escuro se não fosse pela luz que vinha do lado de fora. Sentou na cama e percebeu que Sherlock não estava ali, o procuraria depois, devia estar por aí, mas nem sabia se conseguiria olhar para ele. A garganta seca pedia por água, sorte que ainda havia um pouco de água na sua garrafa que estava na mesa de cabeceira da cama.

Limitou-se a rastejar-se até o banheiro e tomar um banho para ver se aquele cheiro de sexo saía de si, tentando afastar aquelas memórias a medida que se banhava. Saindo do banho, procurou roupas limpas, vestindo uma camisa branca com um suéter cinza por cima e calças jeans escuras, procurava seus sapatos ao mesmo tempo que o interruptor do abajur, uma dor de cabeça terrível seguida de tontura estava atrapalhando seu raciocínio, além disso procurava seu telefone, certamente tinha uma mensagem de Sherlock dizendo onde estava.

No meio da escuridão parcial, John tropeçou em algo e quase foi de encontro ao chão se não tivesse se apoiado na cama bagunçada.

ㅡ Droga! ㅡ Praguejou, mas era só um dos pés do sapato que estava procurando, agora buscava o outro. Piscou repetidas vezes, tentando controlar sua tontura e sonolência de certa forma. Sentia que não ia conseguir se levantar dali, sua cabeça girava.

Mas teve a impressão de uma porta sendo aberta, e ao mesmo tempo, trovões e seu celular tocava. John tentou ficar de pé e ir até a mesa onde estava seu celular, no caminho, acendeu um dos abajures mas que não iluminou tão bem assim o quarto. A última coisa que se lembra é de ter pego o aparelho e ido de encontro ao chão antes de atender, viu um homem alto sair de dentro do armário de roupas, mas como sua visão estava muito turva, não viu quem era.

O que John Watson sabia era que havia sido dopado e estava fodido.

No andar de baixo, um Sherlock impaciente ligava para John repetidas vezes sem ter resposta de nada. Até que em uma última tentativa, foi atendido.

ㅡ John? Está atrasado, estou a um bom tempo te esperando aqui embaixo! ㅡ Sherlock reclamou.

ㅡ Sou pontual, Sr. Holmes, odeio atrasos, é rude de sua parte me culpar por um equívoco seu.

Ouvindo aquela voz grave e branda do outro lado da linha, Sherlock já sabia do que se tratava, e seu primeiro instinto foi correr imediatamente para o andar de cima cheio de medo. Chuva, trovões... Seja lá o que tenha acontecido, ninguém iria ouvir nada... Que inferno! A culpa disso tudo é sua!

Chegando no quarto, não haviam indícios de luta, indicando que John foi levado ou por ameaças ou então foi dopado e levado inconsciente por Hannibal Lecter.

Sem saber para onde ir e o que fazer, Sherlock Holmes só sentia uma coisa: medo. Um medo verdadeiro, pois para um inimigo tão silencioso e com esse poder de infiltração, a ponto de entrar, sequestrar John e sair sem ser notado, é alguém a se temer.

Temia pelo o que aconteceria com John Watson nas mãos dele.

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Domingou com mais uma atualização quentinha pra vcs 💖💖

Agr o pau vai comer entre geral

Meu deus 🐟 meu senhor 🐟 me ajuda 🐟 por favor

Beijossss pra qm leu ate aqui e sexta feira tem mais (o cap tá prontinho 😎😎)