capítulo 18 - mea culpa

485 65 111
                                    

(nota da autora: atualização surpresa!!!! de novo!!! por favor não me matem por esse cap bjsss)

.

.

Se tivesse uma forma da noite ficar mais escura, tão escura que nada pudesse ser enxergado nela, aquele lugar onde a mansão inglesa onde se escondiam o Dr. Lecter e Will Graham era o lugar. Sherlock Holmes refletiu se entrava igual um louco atirando para todos os lados ou se entraria calmamente. Sherlock sabia que John estava sob o cativeiro de Hannibal e que isso era uma coisa preocupante. Óbvio que veio armado, deu um jeito de enfiar a arma que John Watson tinha autorização para possuir e portar no meio da bagagem que trouxeram para Leeds, era um homem precavido, e lógico que a trouxe consigo, mas esperava não ter que usá-la.

Não foi difícil localizar o esconderijo dos dois, na verdade, o Dr. Lecter deixou rastros propositais para que Sherlock viesse, todas as luzes da casa estavam apagadas, como um convite aquele lugar sombrio. Tudo começou muito assustador quando a porta da casa abriu-se sozinha antes que Sherlock tocasse a maçaneta.

Ele entrou na casa ciente dos perigos que o aguardavam, já estava ciente quando resolveu o caso e não contou a verdade para John sabendo que Hannibal Lecter era alguém perigosíssimo de se lidar. Perigo silencioso.

Entrando na casa, a porta atrás de si se bateu com o vento e tudo ficou escuro, Sherlock não fazia ideia do que estava na sua frente em meio aquela escuridão, ele tateou os bolsos e encontrou seu telefone celular, ligando a lanterna e mesmo assim a escuridão parecia engolir quase que inteira aquele mínimo facho de luz. Via que caminhava por um hall de entrada e que a sua frente haviam escadas, Sherlock não sabia se subia por elas ou se explorava mais, o que sabia era que se John estava lá, certamente estava trancado num porão gritando por ajuda, aquela altura do campeonato certamente estava consciente.

ㅡ Sr. Holmes ㅡ Uma voz masculina o chamou, vinda da sua esquerda.

Sherlock olhou em direção da voz, e uma luz se acendeu, era uma sala de jantar com uma mesa extensa, mas a luz era uma simples luminária que só iluminava uma lateral da mesa, na lateral, Will Graham estava sentado com um copo de brandy em mãos e a garrafa posta sobre a mesa de madeira. E Sherlock não enxergava nada além de Will naquele breu.

ㅡ Sr. Graham, demorei muito? ㅡ Ele se aproximou, escondendo seu nervosismo.

ㅡ Bem a tempo para um copo de brandy, em sua posição eu não recusaria ㅡ Will serviu-lhe um copo.

Sherlock apanhou o copo, não tinha medo da bebida estar envenenada, não seria vantajoso ou inteligente, então bebeu um gole.

ㅡ Odeio brandy. Parece que você sabia disso.

ㅡ Odeio muitas coisas das quais tenho que lidar, o que seria um copo de brandy?

ㅡ Não vim conversar, vim buscar John, onde ele está?

ㅡ Não precisa engatilhar a arma que está escondendo debaixo das suas roupas, não irei fazer nada, não é desta forma que costumo agir, não mais. Sei porque veio, não só buscar seu querido John Watson, veio entender seus sentimentos por ele, e só entenderá o que sente se observar outros tão singulares quanto você.

Sherlock ousou puxar uma cadeira e sentar-se ao lado de Will, observando o semblante dele. Nas fotos que viu dele por internet e em matérias sobre o caso do Estripador de Chesapeake, William Graham tinha um semblante abatido e as vezes triste, melancólico e solitário. Mas olhando para ele depois de tudo, ele parecia transformado, claro que ele mudou, mas mudou como... uma borboleta saindo de um casulo, parece livre e feliz. Não sabia se foi seu amor ou paixão pelo Dr. Lecter que o mudou, não acreditava nestas coisas, mas Sherlock sabia que esse tipo de sentimento mudava alguém, ele se olhou e sabia que qualquer sentimento que tinha por John além da amizade havia o transformado.

the way down we go | johnlock | hannigramOnde histórias criam vida. Descubra agora