capitulo 12: animus decandi

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NOTA DA AUTORA: ACENDAM AS LUZES O IMPERADOR DO MUNDO VOLTOUUUU, E COM NOVIDADES!!!!
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(Daqui uns dias vou postar uma fanfic inspirada em Multiverso da Loucura)

Dias após aquela noite, tudo esteve muito quieto, mas em uma manhã, as coisas voltam ao ritmo frenético. Naquele momento, Holmes e Watson estavam numa cena de crime que confirmava sua afirmação de que o tal maníaco (lê-se fascínio atual) era um canibal. A cena do crime era uma confirmação.

Em um quarto de hotel que estranhamente é quase inteiramente na cor branca (cortinas, lençóis, paredes, mobília), um homem - dentro dos padrões - jazia morto numa cama, nu por debaixo dos lençóis. Mas esse cadáver era diferente, ao contrário dos outros, ele não estava desfigurado, não possuía uma perfuração sequer no corpo, Sherlock soube que ele foi envenenado, com o mesmo veneno o qual ele envenenava suas vítimas, mas se com todas ele tinha um cuidado exemplar, com este homem ele teve um cuidado muito mais especial. Além da rosa branca deixada na cabeceira da cama. Ele parecia que estava dormindo.

Em seu palácio mental, Sherlock Holmes havia traçado um mapa mental, cruzando modus operandi de assassinos os quais ele tinha conhecimento com possíveis motivos, e embora já tivesse formulado algumas teorias que fizessem sentido, alguma coisa estava em branco.

MODUS OPERANDI: captura de homens com as mesmas características físicas, entregando que o assassino possui uma obsessão doentia por alguém com este físico. Um caçador caçando sua presa.

PERFIL: Crimes sem vestígios ou rastros, sempre com uma mensagem subliminar a qual tenho uma dificuldade considerável em interpretar, homem erudito cheio de referências. Sendo as incisões e extração de órgãos feitas de modo perfeito, médico cirurgião dos mais excelentes.

ANIMUS NECANDI: ainda não definido, possivelmente uma paixão ou ódio encubado, não há meio termo.

ADICIONAIS: ele é um canibal.

Correto. O que mais além disso? Cruzando mentalmente assassinos que já conhece, Sherlock não tem o resultado esperado. Não poderia esperar que o assassino se revele. Sendo tão metódico como é, o assassino somente se revelará quando quiser. E embora Sherlock não goste de ficar nas mãos do assassino por pensar estar na desvantagem, jogar o jogo de alguém igualmente inteligente soa tentador.

A cena do crime, embora bem montada, entregou coisas interessantes mesmo que poucas.

O cuidado especial do assassino com o corpo foi excepcional, como mencionado, ele parecia estar dormindo, e a falta de violência fazia Sherlock descartar o ódio como razão principal, certamente esse assassino era movido por uma paixão incubada que não era mais incubada, por isso ele abriu mão da violência. Por algum motivo, agora o assassino tinha deixado o ódio/frustração ir embora e poder expressar seu "cuidado" e seu amor doentio livremente. E o único diferencial deste assassinato é que, por não ter ocorrido qualquer incisão, não houve roubo de órgãos.

Dentro do possível, estava tudo muito calmo e Sherlock não podia estar mais possesso. Mesmo estando num caso absurdamente interessante, estava no puro ócio de ter que esperar o assassino agir novamente para poder seguir na pista dele. Bem, nem tanto no ócio, poderia bater na tecla das motivações e perfil, oras, seria em vão, já tinha o perfil e uma motivação. Havia algo passando bem diante de seus olhos, ele sabia disso.

Saindo da cena do crime, Sherlock e John foram almoçar num restaurante qualquer ali pelo centro daquela cidadezinha. Enquanto o doutor comia tranquilamente seu almoço ㅡ no prato, um pedaço de frango, purê de batata e algumas folhas ㅡ, Sherlock não tocou no pedaço de bolo que pediu para si próprio ㅡ deveria comer, levou o maior esporro de John por ter escolhido o bolo ao invés de uma refeição.

the way down we go | johnlock | hannigramOnde histórias criam vida. Descubra agora