Hey!
Tudo bom?Vez da Catra outra vez, então não tem aviso, mas aqui teremos uma breve noção do dia a dia da gatinha com a doença e sua rotina geral.
Muito bem,
Eu vos Apresento, o Capítulo V
Boa Leitura!
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Catra se esforçou para respirar fundo, pressionando as mãos contra o peito o mais forte que conseguia – o que não era muito. Um, dois, três longos suspiros para soltar o ar preso nos pulmões.Os músculos estavam rígidos, o corpo tremia e estava tonta, com a cabeça latejando num pulsar infernal. Abrir os olhos era quase como um desafio, e as extremidades formigavam naquela queimação desconfortável.
Não conseguia e nem queria sair da cama naquela manhã.
A estatura latina e antropomórfica pesava, como se em algum momento fosse afundar no colchão como naquela típica cena de Hora do Pesadelo. Era como se uma tonelada de chumbo estivesse sobre o corpo esguio e trêmulo da felina, fazendo uma pressão quase insuportável em cima do peito.
Respirar doía 'pra caralho, o ar se alojava nos pulmões e não fazia questão de querer sair.
Tudo aquilo significava somente uma coisa: uma crise (IV) infeliz.
Catra preferia recaídas, elas eram mais objetivas e não a torturavam com o desejo iminente de morrer.
─ Por onde você anda nessas horas... Dona Morte filha da puta?_ balbuciou de forma quase inaudível ─ por que... brincar com minha vida desse jeito?
Com a rigidez dos músculos, qualquer movimento brusco provocava a sensação dos músculos se rasgando. Era uma puta dor infernal; mas a latina não era fraca ao ponto de ceder.
Rastejou as mãos lentamente, pela extensão do corpo e pelos cobertores até encontrar um ponto fixo. Precisava aguentar firme, seria apenas um supetão brusco e doloroso para apoiar as costas nos travesseiros.
─ É como tirar curativo.. só que a dor se pendura por mais tempo..._ proferiu na tentativa de auto estimular-se, posicionando as mãos e soltando o ar. ─ 3... 2... 1...
Gritou num miado sôfrego, acomodando o peso da coluna nos travesseiros e a cabeça na cabeceira com rapidez. As consequências vieram logo em seguida.
Lá estava a dor, a sensação do rompimento dos músculos, o rasgo lento e torturante dos tecidos rígidos e sensíveis. Chiou raivosa, arfando pesadamente e grunhindo com a dor de respirar juntamente da dor dos músculos.
Os olhos permaneciam fechados; abri-los seria como olhar diretamente para o sol, e os visores felinos já eram sensíveis o bastante.
Em meio a todo aquele sofrimento, Melog, que era um gatinho muito astuto e inteligente, fez o papel de cuidador felino e buscou pelo equipamento de oxigênio que estava na segunda prateleira mais baixa da estante, ao lado da guitarra colecionável.
Subiu na cadeira da mesinha de trabalho, subindo na prateleira e empurrando o equipamento até a cadeira. Desceu para o chão, empurrando a cadeira até o encontro da cama e subindo na mesma em seguida, puxando o equipamento até o colo da companheira híbrida.
Miou em sinal para a latina.
─ Melog?_ chamou o bichano num sussurro, que miou em resposta. ─ Você.. é um felino muito esperto...
As mãos trêmulas rastejaram até o equipamento. Catra soltou dois suspiros para soltar o ar preso nos pulmões, puxando novamente num inspirar doloroso e pesado, juntando toda a força que tinha para puxar o equipamento para mais perto e colocar a cânula de oxigênio no nariz.
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Our Promise (quarentined) {catradora}
FanfictionOnde quase 20 anos depois, presas em seus apartamentos na quarentena, Adora e Catra se reencontram de uma maneira inusitada, e passam a descobrir o que aqueles anos separadas trouxe para suas vidas, tornando uma promessa de infância um dos principai...