Hey!
Tudo bom?
Hoje é o dia de estreia do Contos no Passado, onde de tempos em tempos eu vou postar um capítulo retratando algum momento importante da vida da Adora, ou da Catra, que moldou elas do jeito que são hoje.
O de hoje é na visão da Adora, e mesmo sendo no passado, ainda vejo necessidade de avisar vocês:
Diálogos com ("leve") intersexofobia (ou discriminação de gênero intersexo).
Nas notas finais, vou explicar umas coisinhas.
(Capa péssima, mas vida que segue ksks)
Sem mais delongas,
Eu vos Apresento, o capítulo X - mais ou menos revisado.
Boa Leitura!
_________________________Adora estava incomodada.
Antes, usava a desculpa de tudo ser muito novo e desconhecido para justificar seu desconforto.
Quando foi apresentada ao seu quarto, ficou encantada com o espaço dele, pois sem dúvidas ele é do tamanho de quatro dormitórios do instituto do 'Senhor Prime'. Porém, não curtiu muito que o seu lado fosse tão estereotipado com tons de rosa.
O que mais lhe causou intriga na época, foi o comentário de Adam, seu irmão.
"Mas dorinha, você é menina! Mamãe diz que menina gosta de rosa!"
No instituto, não tinha essa diferenciação de cores, com os uniformes sendo restritamente vermelho e branco para todos usarem.
"Você não está mais lá Adora, aqui as coisas são um pouquinho diferentes."
Era o que Randor falava, sempre num tom dócil e amigável.
Ainda sim, outra coisa que a incomodava bastante: eram suas roupas. Vestidos, macacões femininos, sapatilhas, tiaras ou laços, ou qualquer traje exclusivamente feminino, sempre nas cores entre lilás, rosa e branco.
Até suas peças íntimas foram restringidas ao desconforto de calcinhas, coisa que nunca usou antes.
Estranhamente, Marlenna repetia muito que ela era uma menina, e por isso precisava se vestir como uma.
"Você é uma menina Adora, e meninas se vestem assim. Com o tempo você acaba se acostumando, eu garanto."
Agora, morava com eles há quase 4 anos, e ainda sim, sentia aquele mesmo incômodo do começo.
Eles restringiam muito o que vestia, com o que brincava, sua preferência com cores, e empurravam hábitos "femininos" para sua rotina. As boxers que vestia no lugar de calcinhas, haviam sumido há algumas semanas e era horrível usar algo que machucava tanto.
Ela sabia que era menina, então por que repetiam tanto aquilo?
─ Hey dora, ainda tá acordada?_ pergunta Adam numa tentativa de sussurro, meio sonolento.
Adora se assusta.
Era meia-noite, era para ela estar na cama dormindo, mas um comentário feito por Marlenna pouco depois de fechar a porta do quarto lhe causou intriga. Então, usando as habilidades furtivas que aprendeu com os anos ao lado de Catra, saiu do quarto na surdina e seguiu a mãe adotiva.
Ela havia entrado no escritório de Randor, e Adora estava no corredor espionando há alguns minutos.
Só não esperava que Adam aparecesse, jurava que ele dormia quando saiu.
─ Adam, o que faz aqui?_ sussurra.
─ Não sei, mas tive uma sensação estranha e quando acordei não te vi no quarto. O que faz espiando a sala do poder do papai?
─ Escritório_ corrigiu risonha, mas voltou a ficar séria ─ Mãe Lenna disse algo que me deixou curiosa, por isso vim aqui saber.
─ Fazia muito isso lá? Lá em Etheria, naquele lugar?
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Our Promise (quarentined) {catradora}
FanfictionOnde quase 20 anos depois, presas em seus apartamentos na quarentena, Adora e Catra se reencontram de uma maneira inusitada, e passam a descobrir o que aqueles anos separadas trouxe para suas vidas, tornando uma promessa de infância um dos principai...