Imprevisto

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As 3 da madrugada, os meus amigos se vão deixando tudo limpo e arrumado. (Não sei que milagre)

Me jogo no sofá e Tae agarra minha cintura e coloca a cabeça na minha barriga.

- Vai dormir aqui com a gente?

- Não posso, tenho trabalho as três da tarde no hospital e.... - Nesse momento a porta é esmurrada com força, me levanto e abro a porta e vejo nosso vizinho desesperado.

Hor - Dra s/n, por favor, me ajuda.

- Calma, o que aconteceu?

Hor - Minha mulher, entrou em trabalho de parto, já chamei a ambulância mas não tem nenhuma disponível, meu carro achou de quebrar logo agora e eu estou totalmente desesperado. - Na mesma hora entro no modo profissional.

- Primeiro de tudo mantenha a calma, traga ela para cá que eu vou ajudar. -  Ele sai correndo, eu subo as escadas correndo e pego meus matérias cirúrgicos no guarda roupa, está tudo lacrado pois chegou a alguns meses atrás, volto pra sala com a caixa nas mãos.

- O que você vai fazer? - Tae pergunta quando eu transformo o sofá em cama.

- Vou fazer o que sei fazer de melhor. - Digo colocando um lençol branco em cima do sofa-cama, tiro as joias e entrego pro Nam que está mais próximo, não tiro minha aliança, amarro o cabelo em um rabo de cavalo e ele entra com a mulher aos gritos.

Kal - S/n? Você vai fazer meu parto?

- Não se preocupe, eu sou obstétra sei o que fazer, você está em boas mãos, deite ela aqui, com as pernas para a direção da tevê. - Ele deita ela, eu coloco as luvas e uma máscara, os rapazes se afastam um pouco chegando perto da parede da cozinha. - Abra bem as pernas Kal, deixa eu ver como está. - Ela abre as pernas e vejo que ainda está de calcinhas, pego a tesoura tiro do plástico e corto a calcinha dela. - Vou te da um toque, pode doer um pouco. - Apoio uma não no joelho dela e introduzo dois dedos em sua vagina mexendo um pouco. - Está com 10 cm de dilatação, a cada contração, você segura nas laterais da cama e faz força para baixo, triscando seu queixo em seu peito, lembre-se de respirar e não fazer força sem a contração, doi mas é ela que vai te ajudar a manter o ritmo.

Kal - Tabom, haaaaaaa. - Ela grita fazendo o que eu disse, segurando nas laterais da cama e triscando o queixo no peito.

S/n - Isso, estou começando a ver a cabeça do neném. - Ela sorri em meio às dores e volta a fazer força, dessa vez a cabeça do bebê so movimenta um pouco, pego a tesoura e corto o lado direito, e ela faz força e o neném começa a sair mais. - Isso, continua nesse ritmo. - Abro um pouco os lábios da sua vagina quando ela faz força e a cabeça do neném começa a sair. - Isso, continua assim, está quase lá, está saindo. - Começo a sorri e a máscara cai, Hor se põe a meu lado e arregala os olhos.

Hor - Aí meu pai. - Diz quando a cabeça do neném está totalmente para fora, eu seguro a cabecinha dele e a incentivo mais.

- Não perca as forças agora, só mais um pouco. - Ela faz mais força e consigo segurar direito a cabeça e o pescocinho do bebê e o puxo com delicadeza o fazendo sair por completo, é uma menina que chora assim que sai, começo a sorri feito besta olhando a bebê, coloco ela encima da barriga da Kal e começo a puxar a placenta e cortando depois que sai, abro um saco que vem dentro da caixa e coloco dentro, pego uma seringa com anestesia e aplico na vagina onde foi cortado, pego a agulha e a linha e começo a saturar ela, enquanto eles babam sua neném. - Quer que eu dê o no do marido? - Pergunto para Hor.

Hor - Sim, pode ser. - Diz e me olha chorando.

- Tae, lá no meu quarto, na última porta, tem uma pequena bolsa branca, pegue lá e traga para mim por favor. - Olho para ele que me olha admirado assim como os outros. - Anda Tae, rápido. - O chamo de novo e ele corre para cima, segundos depois volta e coloca a bolsa perto de mim, término de saturar ela e troco de luva, abro a bolsa, pego uma calcinha pós parto grande e um absorvente pós parto, coloco na calcinha e ajudo ela a se vestir tirando o lençol debaixo dela. - Posso pegar ela? Preciso terminar com o umbigo dela e lhe dar um banho, tudo bem?

Kal - Tudo bem. - Eu pego a bebê e a coloco no lençol e a levo para o outro sofá, os meninos se aproximam, eu me ajoelho e faço a limpeza do umbigo dela, Hor volta correndo com uma bolsa rosa e uma banheira também rosa tão fofa que me faz sorri.

- Agora o banho. - Ando até a mesa, Hor coloca a banheira em cima e eu vou até a cozinha, coloco uma água pra esquentar e levo pra banheira despejando dentro, depois coloco água fria e com o cotovelo testo a temperatura, está no ponto, começo lavando bem a cabeça dela com os produtos que o Hor colocou ali perto, depois eu a coloco dentro da água que começa a chorar, banho bem ela, passando seu sabonete líquido e tirando a espuma com a água, Hor pega uma toalha rosa e me entrega, eu enrolo a bebê. - Vou colocar uma colcha no sofá onde Kal está pra ela ficar mais confortável, você sabe arrumar? Colocar frauda, vestir? - Hor nega com a cabeça. - Ok, eu vou colocar o lençol e arrumo ela.

Subo as escadas pego um lençol no meu guarda roupa e volto, peço para Kal se virar de um lado e coloco o lençol por baixo dela, depois peço para ela virar por cima do lençol e término de arrumar, ela sorri para mim.

- Descanse, vou cuidar da sua bebê e depois coloco ela no seu peito para mamar. - Sorrio para ela e ela retribui, me levanto e ela segura meu pulso, eu olho para ela.

Kal - Obrigada. - Ela me abraça forte.

- De nada, foi um prazer trazer sua filha ao mundo. - Digo quando ela me solta. Pego a neném e coloco perto dela, seco bem ela e passo creme contra assadura em sua pequena intimidade, coloco a frauda, depois uma meia rosa, uma calça da mesma cor e uma blusa de mangas, penteiu seus cabelos e a coloco deitadinha perto de Kal que fica de lado e coloca o seio para fora da blusa, a bebê procura e acha o bico sugando com força, passo os dedos na cabecinha dela sorrindo e acaricio a cabeça de Kal que me sorri, Hor me abraça com força e eu retribuo, ele me agradece muitas vezes e eu só sorrio sem saber o que dizer.

Pego meu celular e ligo pro diretor do hospital que atende ofegante.

Diretor - Oi s/n, o que houve?

- Um parto aqui na minha casa. - ouço uns gemidos e sorrio. - Mas eu posso ligar para o Dan, ele me ajuda, bom prazer diretor. - Ele fica em silêncio e eu desligo.

- Bom prazer? - Olho para o Tae ainda sorrindo.

- Ele me atendeu no meio do sexo. - Sorrio da situação dele. - Quando chegar no hospital ele não vai nem olhar na minha cara, já é a 3° vez que eu ligo e ele atende no meio do negócio. - Sorrio balançando a cabeça, eles me olham sem entender. - Esquece, piada interna lá no hospital. - Disco o número do Dan e ele atende.

Dan - Oi princesa, em que posso ajudar?

- Oi príncipe, será se você poderia mandar bolsas de soro, aceso e medidor de glicose para minha casa?

Dan - Opaa, vou conhecer o castelo da minha princesa, tô saindo agora do hospital, só vou pegar o que você precisa e já já apareço aí. - Ele fica em silêncio por uns segundo. - Mas pra que você quer essas coisas?

- Acabei de fazer um parto aqui na sala da minha casa, a Kal minha vizinha está muito fraca e quero saber se está tudo bem com a bebê dela, amanhã mesmo levo elas para o hospital.

Dan - Haaa, você é uma heroína, já estou com tudo, já já apareço aí, quero saber como foi. Te adoro. - Ele manda um beijinho e desliga, sorrio para o celular.

- Bom, eu ia dormir, mas já são 6 da manhã e quero conhecer esse tal Dan. - Reviro os olhos pra o Tae, Jimin sorri para mim e me abraça apertado.

- Você é incrível, olha isso. - Ele aponta para o casal e a bebê dormindo no sofá. - Quando ele chegou aqui desesperado eu pensei que você não iria poder ajudar, mais aí você ajeitou a postura e se manteve no comando de tudo. - Ele me beija. - E quando a sua máscara caiu que eu vi o teu sorriso. - Ele se encolhe todo bobo. - E você cuidando da neném, me deu vontade de ter um bebê.

- Para mochi, tá me deixando com vergonha. - Tenho certeza que minhas bochechas estão vermelhas.

- Você foi incrível, não desviou a atenção um momento se quer. - Namjoon me abraça.

- Eu amei ver você em ação, quero uma menina também viu senhorita s/n. - Jin e suas exigências, eu sorrio.

- Está muito cedo ainda, Oppa. - Ele se encolhe sorrindo e com as bochechas rosadas.

- Ei, não chama ele assim. - Ele fala fingindo raiva e cruza os braços, beijo sua boquinha carnuda e ele sorri.

Eu me sento no sofá e eles se aglomeram ao meu redor e acabamos dormindo também.

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