Aurora Maximel acreditava que o máximo de loucura que poderia acontecer em sua vida seria ela seguir e obedecer tudo que sua mãe mandava. Porém sua ideia de loucura muda quando ela chega em casa e descobre que toda sua vida foi uma grande e gorda...
Já estávamos de volta na estrada, com o tanque completamente cheio e um mapa, sim de papel, porque de acordo com a garçonete, que depois se mostrou razoavelmente simpática, na maior parte da estrada não teríamos sinal no celular, ou seja, sem GPS e além do mais o mapa mostraria onde encontraríamos algum hotel de beira de estrada ou um posto de gasolina, o que faria nossa viagem muito mais fácil.
Estávamos com o rádio ligado, escutando qualquer música que tocava na rádio, diferente da primeira parte da viagem, depois que tivemos a fatídica conversa na pequena lanchonete, estávamos mais confortáveis com a presença um do outro, na verdade eu estava mais à vontade, os dois pareciam se conhecer há algum tempo, e eu arriscaria dizer que eram até mesmo amigos.
Uma melodia familiar começou a tocar na rádio, e a partir daquele momento, eu sabia que nada nesse mundo iria me impedir de cantar, ou gritar depende muito do seu ponto de vista, até meus pulmões saltarem pela minha boca, aumentei o volume do rádio de forma exagerada, fazendo com que Axel, que estava do meu lado me olhasse com as sobrancelhas arqueadas.
— She be my queen, since we were sixteen, we want the same things, we dream the same dreams, alright, alright— canto fazendo com que uma de minhas mãos fosse o microfone.
— I got it all 'cause she is the one, her mum calls me love, her dad calls me son, alright, alright— por cima da música e de minha cantoria eu consigo ouvir os risos dos dois meninos, coisa que não me incomoda de forma alguma, não enquanto One Direction despeja sobre mim uma das maiores obras musicais já feitas por toda a eternidade.
— I know, I know, I know for sure — sentindo a batida da música ficando mais agitada com a aproximação do refrão, eu só deixo que meu corpo se mexa junto com a batida. — Everybody wanna steal my girl, everybody wanna take her heart away, couple billions in the whole wide world, find another one 'cause she belongs to me — continuo cantando e fazendo o melhor que eu posso dançando, cantando e dirigindo.
A música acabou rápido demais e me deixou até um pouco chateada, por mais que eu ainda estivesse bem agitada por conta da música.
— Isso foi incrível! — Axel fala ainda tentando recuperar o fôlego das gargalhadas que ele e Ethan davam enquanto eu estava fazendo minha brilhante apresentação.
— Isso se chama One Direction, o amor de literalmente todo ser humano, por mais que a masculinidade frágil de alguns garotos não permita que eles falem isso abertamente— eu falo explicando um dos motivos da extrema histeria — Ethan, você pode conectar o meu celular no bluetooth do carro? Eu vou agraciar seus ouvidos com essa banda perfeita. É a playlist 'Harry lindo amor da minha vida', achou? — logo em seguida escuto as primeira notas de Drag me Down, e sorrio, as coisas acabaram de ficar muito mais interessantes.
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De acordo com o mapa, estávamos perto de Manchester, New Hampshire, nos deixando com mais 10 horas até Nova Escócia, o plano é dirigir o máximo que conseguirmos hoje, para amanhã, estarmos no Canadá e tentar o próximo navio para a Dinamarca. Como tínhamos acordado um pouco tarde, não percorremos o ideal para nos levar até nosso destino o mais rápido possível. A viagem estava sendo regada por músicas, tanto do rádio quanto das minhas playlists, tanto que os dois garotos que dividiam o carro comigo já sabiam uma quantidade generosa de pops adolescentes e rock de vários tipos.
