capítulo vinte cinco

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Anne Shirley—

- Anne - Gilbert me chamava. - Anne - ele empurrava meu braço para que eu acordasse.

- O quê você quer? - digo com raiva.

- Ei calma, sou apenas eu. - ele levanta as mãos em sinal de rendimento.

- Eu sei, e não me importo, podia ser quem fosse. - torno a fechar os olhos.

- Escuta amor - ele diz após respirar fundo - A Diana e o Jerry tiveram que voltar, Mas eu estou aqui, e não vou voltar pra nova York enquanto não souber que posso, você não está bem, E outra, nunca vai ficar se não levantar daí e tentar viver. - abro os olhos e o encaro.

- Eu estou bem. Se isso vai lhe fazer ir embora, eu estou bem.

- Anne, para com isso, porquê tá dizendo essas coisas agora? Pelo acaso já cansou de mim?

- Não, eu amo você Gilbert Blythe, eu só não suporto a ideia de ser um fardo nas suas costas. Eu estaria muito feliz se não tivesse feito a burrice de me jogar daquela droga de ponte, mas eu fiz,  agora tô aqui, então, Me deixa sozinha, me deixe por conta própria que se eu não morrer, no máximo eu descubro como tornar meu caso irreversível. - meus olhos enchem de lágrimas, assim como os de Gilbert, mas ele pega em minhas mãos e suavemente diz:

- Amar não é só nos momentos bons da vida Anne, eu acho que você não sabia disso, porquê ninguém nunca te amou tão intensamente como eu a amo, Mas saiba que eu estou aqui, e não tenho planos de não estar. - ele mais uma vez me abraça forte, era incrível o como aqueles abraços me reconstruiam logo após ser despedaçada. - Agora vamos - ele coloca em seu colo e me leva até o andar debaixo.

Fiquei sentada no sofa enquanto ele preparava uma janta pra nós, era bom ter saído do quarto, talvez eu realmente precisasse disso pra me sentir um pouco melhor.

Assim que ele terminou a janta, novamente me levou até a mesa e colocou minha comida, estava me sentindo uma criancinha novamente.

- Então vai ser assim agora? Eu vou ser tratada como um bebê? - perguntei o observando sentar.

- Você sempre foi meu bebê, só que agora, eu tenho que cuidar de você de verdade. - ele sorri.

- Você não presta Gilbert. - sorrio de volta.

Comemos e depois ele lavou a louça, guardou o resto da janta na geladeira e a gente foi pra sala assistir um pouco. Colocamos stranger things e bom, maratonamos com muita pipoca e refrigerante, ele estava realmente cuidando de mim, mas muito além disso, ele estava  me amando, me fazendo sentir única mesmo com aquele problema que me fazia sentir ridícula as vezes, Mas sabia que o amor que ele dizia sentir, era maior que essa situação.

- Quer sair pra algum lugar? Se divertir, ouvir música, sei lá pegar um ar fresco. - Gilbert estava sentado ao meu lado.

- Não, vamo ficar só juntinhos aqui aproveitando a companhia um do outro, desfrutando do nosso amor. Eu nunca senti algo tão forte assim, nunca quis tanto o toque de alguém, nunca quis tanto sentir o cheiro de alguém o tempo todo. - o abraço forte, aproveitando ele, e sentindo seu cheiro maravilhoso, que me fazia delirar mais ainda a cada segundo.

- Anne - ele me chama, logo olho pra ele e ele apenas sorri e puxa meu rosto pra mais perto, ele junta nossas bocas em um beijo profundo, molhado e cheio de sentimentos maravilhosos. Era incrível aquela sensação que eu sentia.

Ficamos naquele beijo alguns minutos e depois nos separamos por falta de ar.

- Eu amo seu beijo, de uma forma significativa. - digo.

- E eu amo você - ele me dá um último selinho junto a um sorriso.

𝙄𝙛 𝙡𝙤𝙫𝙞𝙣𝙜 𝙞𝙨 𝙘𝙧𝙖𝙯𝙮, 𝙡𝙚𝙩'𝙨 𝙖𝙡𝙡 𝙗𝙚 𝙘𝙧𝙖𝙯𝙮 [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora