Luar Carmesim

Capítulo 1: O novo rei

A ideia para essa fanfic surgiu a partir da arte do STARember, a qual é muito conhecida pela maioria dos fãs de TGCF e está na capa. Espero que gostem da história e, se apreciarem a fic, não se esqueçam de deixar estrelinhas e comentários. Boa leitura! :D

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Incontáveis sons de bombas e disparos podiam ser ouvidos por todos os lados. Gritos e mais gritos ecoavam pelos arredores da grande cidade.

Dentro do palácio, todos se escondiam, temendo o que estava por vir.

Na suíte principal, a família real permanecia agachada em um canto, todos com olhos arregalados e mãos trêmulas, se agarrando uns aos outros. Em pé no meio do largo cômodo, dois guardas pessoais da família se encontravam em posição de ataque, direcionando os olhares para as portas duplas do cômodo. Um deles segurava uma espada longa e possuía cabelos prateados que escorriam por suas costas. O outro carregava um grande arco, tendo seus cabelos negros presos.

Sons de passos foram ouvidos do lado de fora do quarto. Eles eram lentos e aterrorizantes.

Repentinamente, um baque foi ouvido e as portas se abriram de vez: o corpo ensanguentado de um dos soldados que protegiam o cômodo pelo lado de fora havia sido jogado e pousou bem em frente aos pés dos guardas pessoais. Eles aguçaram seus sentidos, procurando o inimigo que ainda não aparecera em seus campos de visão.

Uma voz serena foi ouvida, ela possuía um tom de ameaça: "Rendam-se e eu pouparei a vida de todos."

Ambos os homens armados trocaram olhares rapidamente, o suor frio escorria e eles não sabiam o que fazer. O rei que ainda estava encolhido atrás deles rapidamente disse: "Como podemos confiar em você? Você acabou de jogar um soldado morto em nosso quarto!"

Uma risada sarcástica ecoou, sendo seguida daquela mesma voz: "Eu posso entrar e matá-los agora mesmo, mas estou lhes dando a chance de saírem ilesos... e olhe bem, ele não está morto, mas está quase lá."

Os guardas permaneciam em posição de ataque, esperando qualquer ordem que o rei decidisse dar. A maior autoridade daquele reino tremia de medo, mas vendo que não havia outra opção, ordenou: "Mu Qing, Feng Xin, larguem suas armas e saiam primeiro."

Ambos os homens fizeram como lhes foi dito e andaram para fora do cômodo. Havia certo receio na mente dos dois, mas seus passos foram firmes e decididos. Ao saírem, foram rendidos pelos soldados inimigos e uma figura esbelta saiu da escuridão e caminhou para dentro da suíte.

Uma capa vermelha se estendia pelos ombros daquele homem. Ele era alto e as vestes avermelhadas mesclavam-se com as partes prateadas da armadura que cobria seu corpo. Um tapa olho negro estava sobre seu olho direito, sendo da mesma cor que suas botas e de alguns detalhes em suas vestimentas.

Um sorriso irônico estava estampado naquela face. A medida que se aproximava da família real, ela se encolhia ainda mais, os filhos fechando os olhos e a mãe tentando consolá-los.

O homem de vermelho parou em frente ao rei, o qual tinha seu cenho franzido, temendo o que ocorreria consigo. Uma mão esbelta foi esticada até tocar a coroa de ouro e pedras preciosas que jazia no topo daquela cabeça, retirando-a dali e colocando em si.

Ele soltou uma risada e seus olhos brilharam de forma quase demoníaca. A coroa em sua cabeça deixava clara a mensagem: ele era o novo rei.

"Retirem todos os bens preciosos e roupas de valor deles e os exile para o deserto no oeste. Eles não tem mais nenhuma autoridade sobre esse reino."

Assim que aquilo foi dito, soldados adentraram o quarto e retiraram a família real que gritava e se debatia em resistência.

Quando o novo rei saiu do quarto, ele olhou para os dois guardas que haviam sido rendidos mais cedo. Apenas por observar a postura que eles tinham assumido enquanto empunhavam suas armas, ficou óbvio que eles eram muito habilidosos e não podiam ser desperdiçados.