Capítulo 45: A batalha de Hei Senlin

721 97 104
                                    


Voltei! Estava com saudades de vocês :)

Nunca tinha escrito cenas de luta/batalha antes, mas espero que tenha ficado bom e que vocês gostem :D

Um aviso: vai ter um personagem que vai usar uma arma chamada "alabarda", caso alguém não conheça, pesquise por "guan dao" ou "kwan dao" para poder visualizar melhor as cenas durante os capítulos seguintes. Boa leitura!

... ... 

A visão das tropas à frente da floresta era assustadora. Homens com armaduras reluzentes, munidos de suas espadas e escudos encaravam com olhos ferozes os caminhos que levavam aos portões de Hei Senlin.

Ocultos pela floresta, os guerreiros daquele reino permaneciam à espera dos movimentos do oponente. O suor frio escorria pelas faces de alguns daqueles homens, enquanto outros engoliam em seco diante de tamanha apreensão. Eles estavam montando guarda entre as grandes árvores desde muito antes dos inimigos chegarem, preparando-se para o ataque.

Horas antes das tropas de Shaqiu e Yu Li adentrarem o território de Hei Senlin, os guerreiros do reino caminharam sobre as muralhas da capital, indo em direção à área externa. Alguns percorreram as estradas por terra, enquanto outros utilizavam-se das pontes construídas recentemente, as quais ligavam as muralhas às árvores da floresta. Fixadas nos troncos robustos, as pontes eram constituídas por cordas grossas e por placas de madeira maciça. Elas formavam um caminho entre as árvores, conectando toda a floresta. Em alguns pontos, havia escadas que davam acesso ao solo também e, escondidos nas copas das grandes árvores, postos igualmente constituídos de madeira abrigavam inúmeros soldados treinados.

Em tempos antigos, os povos originários de Hei Senlin se esconderam na floresta para reconstruírem suas vidas longe de seus reinos de origem, protegendo-se dos males que antes os afligiam. Agora, com a união das poderosas mentes estrategistas de He Xuan e de Xie Lian, a floresta mais uma vez ganhava a função de não somente proteger aquele povo, mas de abrigar os planos de defesa e de ataque. Por isso, ao longo dos últimos dias, as pontes reforçadas e os postos de madeira foram construídos, permitindo que os soldados montassem guarda nas alturas, tendo visão privilegiada do inimigo, e também no solo, onde poderiam facilmente atacá-los, sem serem percebidos.

A Segunda Divisão do Batalhão de Arquearia ocupou os postos montados nas copas junto com os arqueiros de outras divisões, oriundos de Hei Senlin. Ali eles teriam um maior campo de alcance para suas flechas. No solo, os demais soldados se esconderam com a ajuda dos troncos grossos, assumindo a postura de ataque. A região do caminho sul ficou sob responsabilidade de Xie Lian, Mu Qing e Feng Xin, enquanto o caminho oeste era guardado por Yin Yu e Quan Yi Zhen e o caminho norte estava sob a proteção de He Xuan. Cada um desses líderes possuía suas grandes tropas junto consigo.

As pinturas de camuflagem e as armaduras preparadas especialmente para a ocasião não permitiam que aqueles que estivessem fora da floresta notassem os guerreiros que estavam em terra firme e, assim, eles visualizaram as tropas inimigas chegarem nas proximidades dos caminhos, tendo monitorado cada passo daqueles homens há tempos.

Junto a Feng Xin, Xie Lian, em sua posição de vice-comandante do Batalhão de Comando Direto, permaneceu em meio às copas das árvores, observando os inimigos para que, a qualquer momento, pudesse ordenar seus soldados. Seu cenho estava franzido e sua visão bastante aguçada. Em uma de suas mãos, ele segurava o sinalizador, enquanto a outra estava posicionada sobre a adaga em seu quadril, a qual havia sido um presente de Hua Cheng.

Assim que foi presenteado com a espada e com a adaga, ambos tesouros valiosos, Xie Lian carinhosamente guardou a espada cuja bainha era cravejada por jóias, reservando a ela um espaço especial em seus aposentos no palácio de Yueguang. No entanto, a adaga estivera consigo durante todo o tempo, servindo como um amuleto de sorte entregue pelo seu amado. Assim, para Xie Lian, tocar a pequena arma era como evocar todo o amor que Hua Cheng possuía por ele.

Luar CarmesimOnde histórias criam vida. Descubra agora