Parte 28

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Parece um filme as imagens passando na minha cabeça.
Chegando no local abandonado onde Karol estava a troca de tiros meu pai gritando entre com Michael e tirem Karol de lá, verifiquei e Lionel esta na outra cabana vamos pegá-lo.
Mike sendo empurrado e logo após atingido caindo no chão.
Karol se jogando na frente da arma para me salvar, e Montanha nos resgatando.
Mesmo com tudo isso as palavras de Lionel vem e vão na minha mente as imagens daquele dia....

- Ai está você.
- Papa. Olho para o lado e vejo Valentina se aproximar com Sofie no colo.
- OH, eu... Como ela está? Está viva...
Um médico se aproxima.
- Parentes de Karol Sevilla.
- Como ela está?
- Ela perdeu muito sangue, estava muito machucada mas conseguimos retirar a bala e ela está em observação na uti por enquanto, as primeiras vinte quatro horas são cruciais para saber como ela vai reagir, amanhã se tudo ocorrer bem vamos esta transferindo-a para o quarto.
Passo as mãos pelo cabelo.
- É Michael?
- O senhor Michael é forte, ele chegou aqui desacordado e perdeu sangue a bala atravessou seu ombro, já saiu da cirugía e está no quarto um pouco de repouso e fisioterapia voltará ao normal.
- Eu quero vê-la? Ele assente.
- Eu vou ver o Mike e levo Sofie comigo. Aceno que sim e sigo o médico.
Seguimos um corredor e entramos no elevador até o 3 andar, mais um corredor e uma parede de vidro e lá está ela.
Espalmo as mãos no vidro e uma lágrima escapa.
- Senhor Pasquarelli, você pode entrar se quiser? Uma médica muito simpática fala comigo.
- É você o senhor Pasquarelli justo, o tio da paciente disse que o marido veria a qualquer momento.
- Sim sou eu.
Ela me passa umas luvas e um avental e entro, me aproximo da cama e toco suas mãos.
- Meu amor, eu estou aqui, por favor Karol não me deixa agora por favor.
Mais lágrimas tomam meu rosto, mais não consigo conter sinto uma mão no meu ombro e me viro, meu pai está ali comigo, para mim e não posso ser mais grato por tudo.
Abraço meu pai e ele me aperta forte.
- Eu tenho tanto orgulho de voce, filho vocês vão sair dessa eu sei que vão. Assinto e enxugo as lágrimas.
- Sei que você vai querer ficar aqui, mas não podemos, amanhã vão trasferì-la para o quarto aí sim, e tem Sofie que precisa de você.
- Sofie... Eu preciso da minha filha.
- Eu sei, vamos vou deixar vocês em casa.
Deixo um beijo na testa de Karol.

Chego em casa e minha garotinha está dormindo no meu colo, levo ela direto para cama e entro no meu quarto e tomo um banho visto um moletom e me sento no sofá enconstando minha cabeça tentando reorganizar meus pensamentos e tudo que passamos nos últimos dias.
Cristo como a vida muda de uma hora pra outra, como você fica perto de perder a pessoa que ama, isso tudo é assustador.

- Eiii dorminhoco.
Chama Valentina tocando meu braço. Abro os olhos devagar e Sofie abraça meu pescoço.
Estou aqui vivo sentindo os bracinhos da minha filha e seu cheirinho.
- Bom dia. Digo.
Ela se senta ao meu lado e pega minha mão.
- Eu fiquei apavorada Rugge, meu Deus que perigo vocês correram ali. Aperto sua mão.
- Passou Valu estamos bem e vamos ficar bem ok. Ela assente, escutamos um barulho de chaves e nos olhamos achando estranho, Mike e Karol estão no hospital.
- Tem alguém nessa casa? A voz de Laura ecoa da porta e sorrimos.
- Lala. Grita Sofie e salta do sofá encontrando Laura.
- Oi princesinha eu senti tanta sua falta. Pega Sofie no colo abraçando-a. Eu e Valentina levantamos e abraçamos Laura também, que tem lágrima nos olhos.
- Laurinha o que faz aqui? Deveria estar repousando.
- De jeito nenhum, já repouse demais.
E vocês precisam de mim aqui.
- Eu pensei que depois de tudo... você não iria mais... Ela arregala os olhos.
- Deixar minha princesinha cair nas mãos de outra babá nem pensar, e não fazer inveja as minhas amigas porque trabalho para um pop star nem morta. Rimos só Laura mesmo.
- Isso é maravilhoso, Laura obrigado de verdade.
- Não precisa agradecer Rugge, então vamos tomar café da manhã com bastante fruta moranguinho.
Sofie faz a cara estranha, de todas as vezes que Laura a chama assim e rimos.
- Bom vou me ajeitar para ir ao hospital.
- sim eu também vou com você, te encontro em vinte minutos.
Assinto e Valentina sai. Vou para o quarto me ajeitar.
- Laurinha estou saindo qualquer coisa me liga, eu ligo se tiver novidades.
Dou um beijo em Sofie, e saiu encontrando Valentina na garagem, seguimos para o hospital.
A médica diz que Karol está sendo transferida e que devemos esperar um pouco para vê-la então vamos ver Michael.
Quando abrimos a porta os médicos estão saindo.
- Oii amor. Diz Valentina.
- Ei mano, fazemos o toque com as mãos. - Como está?
- Bem acabaram de me dar alta, papai foi na recepção assinar uns papéis e falar com os médicos da Karol. Quer saber tudo que estão fazendo.
- Eu também quero.
- Eu sei que sim.
- Tenho uma coisa que quero falar com vocês, se não vou explodir.
- Claro Rugge, pode confiar na gente. Valu diz.
- Porque diabos vocês esconderam que Karol é a garota do hotel?
Mike arregala os olhos e Valentina franze o cenho confusa.
- Do que está falando? Pergunta Valentina.
- Você não, mais Mike sabia que a mais ou menos dois anos atrás eu me envolvi com uma garota, e na manhã seguinte ela foi embora sem se despedir eu nunca mais soube nada dela.
- Você está querendo dizer, que a mulher misteriosa daquela noite era minha prima, era a Karol?
- Sim Mike, porque você não me disse?
- Ruggero, eu não fazia ideia, como poderia saber, Karol tem esse jeito maluco mais ela nunca teve um relacionamento de uma noite só, eu nunca soube disso....
Espere um pouco.
Ele olha para Valentina que esta calada com os olhos esbugalhados.
- Valentina você sabia dessa história e escondeu da gente todo esse tempo? Ela engole em seco.
- Karol também sabia que era eu?
Ela pigarreia e pede para mim sentar.
- Bem primeiro de tudo vamos nos acalmar certo.
- Não enrola Valentina. Diz Mike.
- Ok! Vamos por parte, nós não tínhamos ideia de que era você Ruggero.
- Como não, ela.... Valu me interrompe.
- Aquela noite no hotel holiday, Karol estava ainda muito chateada com o rompimento, e só queria esquecer tudo. Jorge nosso amigo de faculdade nos encontrou ali, e vendo que Karol só queria se divertir ofereceu a ela... Bem ofereceu uma droga a ela.
- Mas que porra...
- Calma Mike, de início Karol disse que não, mais estava bebendo bastante entre um drink e outro Lionel ligou eles discutiram, Lionel desafiou Karol dizendo que ela não tinha coragem para se divertir com outro homem porque ela iria sempre amar ele, uma coisa levou a outra e ela arrancou das mãos de Jorge dizendo que precisava de uma dose de coragem e tomou.
Horas depois ela nos deixou na pista dizendo que iria ao banheiro e não voltou mais.
Eles olham para mim, e peço que Valentina continue.
- Na manhã seguinte, entrei no quarto de Karol na casa do seu pai gritando com ela porque me deixou assustada sem nem um telefonema, ela quase me bate por conta da ressaca, mas me contou tudo, ou uma parte de tudo porque não lembrava absolutamente nada, só que acordou em uma cama que não era dela nua, e que tinha um homem desconhecido ao seu lado conhecemos bem Karol para saber que ela ficou mortificada com aquilo e queria enfiar a cabeça em um buraco.
Ela simplismente aproveitou que estava tudo escuro e saiu de fininho, dizendo que a vergonha seria menor se não tivesse um rosto para recordar. Naquele mesmo dia começamos na agência e o restante voce sabe.
Agora a minha pergunta é?
Ruggero, Karol não lembrava de nada porque estava drogada e você?
Como não reconheceu Karol, porque não a procurou?
- Agustín me dopou aquela noite. Estávamos os dois drogados e bêbados demais para lembrar um do outro. Eles ficam surpresos.
- Ontem, quando Lionel apontou a arma para mim antes de atirar ele relatou esse acontecimento, que nos viu juntos na festa do hotel e que a forma como Karol me beijou ele sabia que havia perdido, foi só então que pequenos flash daquele dia me vieram a mente, eu não imaginava que aqueles olhos verdes eram os dela.
Tiro a medalhinha do bolso e Mike reconhece na hora.
- Isso é da Karol, a sua mãe deu uma para ela e uma para mim de presente antes de morrer. Diz Mike e Valentina pega a correntinha.
- Ela ficou puta da vida porque não sabia onde havia perdido.
É dela mesmo. Rindo ela diz.
- E Karol que dizia que so ela teria uma recordação sua.
Ela rir e franzo o cenho.
- Valentina o que quer dizer, eu não... Karol não ficou com nada meu.
- OH sim... E como ficou, você deixou uma marca gigantesca nela. Ela rir.
Estou confuso.
- Valentina Zenere você pode ser mais clara por favor?
Valentina rir, mais rir que saem lágrimas dos seus olhos e ela começa a chorar.
- Ei nós só queremos que você comece a fazer sentido, não precisa chorar. Diz Mike.
- Não meu amor, estou chorando porque me emocionei, tudo faz sentido agora. Ela olha para mim.
- Aquela noite você deixou algo para Karol, Ruggero um presente maravilhoso que é a razão da nossa alegria. Mike arregala os olhos e eu ainda estou confuso.
- Valu espere, você está dizendo...
- Sim. Ela sorri para Mike.
- Mais e aquela história que não deu certo e Karol o deixou.
- Essa é a história, ela o deixou naquele quarto de hotel, mais não tinha ideia que levava com ela algo que mudaria sua vida.
A ficha começou a cair.
- Você está querendo dizer ....
Esta querendo dizer que Sofie é minha filha?
- Meu Deus como voces são lentos. Karol jamais admitiria para você e seu pai Michael que dormiu com um cara que ela nunca viu e nem sabia quem era, quando ela ficou grávida entrou em pânico por isso a história saiu que ela conheceu um carinha mais não deu certo e ela o deixou, bem ela não mentiu de qualquer maneira, porque realmente foi ela que deixou Ruggero naquele quarto, ela só omitiu o fato de não conhecer o tal cara.
- Agora tudo faz sentido, o carinho de Sofie por você de cara, a semelhança absurda entre vocês, porque venhamos e convenhamos ela não tem praticamente nada da Karol a não ser o gênio. Mike diz rindo.
- Sofie é minha filha, minha filha de verdade. Lágrimas inundam meu rosto.
- E ela te escolheu Rugge porque em seu coraçãozinho ela sabia que você era o seu pai, e ninguém poderia fazer nada contra isso.
Minha filha, ela é minha de verdade.

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