(+18) Há séculos, uma guerra entre as aldeias Luz e Sombras, deixou rastros de sofrimento e destruição por todos os lugares e uma profecia foi criada para punir todos que participaram dela. A mesma dizia que cada herdeiro de seu reino deveria se uni...
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Safira
Ignorar os olhares inquietos do príncipe durante o almoço foi provavelmente a coisa mais difícil que precisei fazer nas últimas horas. A verdade é que estava louca para saber se o beijo foi real ou se fazia parte do plano do metamorfo. Não sabia até que ponto seu controle poderia ser influenciável e se a relação desenvolvida nos últimos dias não passou de uma mera atuação.
Por que ele tinha que usar aquele maldito óleo cheiroso toda vez?
Tê-lo tão perto me deixava nervosa. Por isso, quando nos sentamos um ao lado do outro no sofá de Yoongi, tentei me afastar, mas o mesmo fez questão de acompanhar meu movimento até que meu corpo encostasse no apoio lateral e não tivesse mais para onde ir. Respirei fundo tentando recuperar o controle das batidas do meu coração. Porém, só consegui fazer com que seu cheiro invadisse minhas narinas e provocasse uma letargia pelos minutos seguintes. Deixei meus olhos correrem pelo seu corpo sem mover a cabeça, tentando ao máximo disfarçar. Observando seus sapatos encharcados de terra, assim como a barra de sua calça, e subindo mais um pouco, apreciei a visão de suas coxas grossas esparramadas no estofado. Engoli em seco quando alcancei o pequeno volume natural de seu íntimo e fui pega no flagra ganhando um sorriso atrevido com um olhar reprovador.
Yoongi pigarreou com o rosto levemente avermelhado.
─ Não querendo quebrar o clima do casal, mas já quebrando... ─ Pausou dramaticamente esperando que nossas atenções desviassem até si. ─ Vejo que deu tudo certo.
─ Tirando o fato de que ele ficou parecendo uma minhoca cavando na terra, sim, deu tudo certo. ─ O provoquei, disfarçando a vergonha que sentia.
Jungkook revirou os olhos.
─ E tirando o fato de que ganhei um galo na cabeça porque uma inconsequente não soube me arrastar para o quarto direito, deu tudo certo. ─ Respondeu sem me olhar.
Foi a minha vez de revirar os olhos. Não consegui carregar a culpa por muito tempo e acabei confessando que a marca roxa em sua testa era por minha causa. Ele disse que já sabia, e fez questão de exigir que, pelos próximos dias, eu cuidasse do machucado como forma de "compensar" a dor que estava sentindo. Acabei cedendo por dó, pois o pequeno baque que sofri na minha cômoda quando me levantei assustada, doía até o momento em questão.
─ Você preferia ficar de cara no chão? ─ Me virei totalmente pronta para começar uma discussão. ─ Deveria me agradecer, pois se não fosse por mim, ainda seria marionete do demônio!
─ Tudo bem, princesa. Te agradeço por me dar uma poção que me fez cair de CARA no chão, fato que desconhecia até então, e depois BATER minha cabeça na porta. ─ Elevou o tom da voz para deixar explícito sua indignação. ─ Espero que esteja se sentindo bem por machucar e enganar esse príncipe indefeso.
