Epílogo

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O próximo capítulo é de agradecimento e lá trago novidades sobre O Rei Impostor, portanto, leiam lá em!!

Correção linda da FabysZu ♥

Correção linda da FabysZu ♥

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Safira

Uma guerra sempre gera consequências fatais, e aquela em questão, deixou um vazio imenso em meu peito. Sentada sobre as raízes da árvore mais bela do reino, que tinha criado com meu dom, lembrava-me da face serena do meu melhor amigo, que parecia apenas dormir em sua sepultura. Saber que sua morte fora provocada por seu heroísmo, não supria a dor que me torturava todos os dias. Mas prometi que superaria, pois é exatamente assim que ele desejaria que fizesse.

Alguns pesadelos rondavam o meu sono, devido aos traumas, e os gritos que pela madrugada podiam ser ouvidos por todos no castelo, eram apartados por meu marido, que me abraçava dizendo que tudo ficaria bem. E eu acreditava. Acreditava, pois carregava minha cura em meu ventre.

─ Vamos amor, está ficando tarde! ─ Ouvi Jungkook gritando ao longe.

Aquele era um dia especial e por isso, não pude deixar de compartilhar com Jimin. Mesmo que não pudesse me responder, sabia que, de onde estivesse, me ouviria. Contei sobre meu bebê e que descobri sobre os dons demoníacos de Jungkook, que a cada dia estavam ficando mais visíveis. Foi um choque para todos nós descobrir sobre seu verdadeiro pai, e o rei Jihoon até precisou de um tempo para compreender que sua mulher se relacionou com um monstro e teve um filho com ele, e Jungkook tentava se adaptar à nova vida. O mesmo tinha uma força inigualável, alta velocidade e uma sensibilidade absurda a sons, o que denunciou o pequeno coração batendo em minha barriga.

─ Já estou indo! ─ Limpei-me ao levantar e conferi se tinha sujeira em meu vestido.

Como de costume, beijei a rosa amarela e a deixei próximo à lápide ao lado da pintura que mandei fazer de seu rosto, despedindo-me. Caminhei até meu marido, que apenas estava parado com os braços cruzados acima do peito me observando, e o abracei quando cheguei perto o suficiente, sendo recebida calorosamente.

─ Por que seus chifres estão expostos? ─ Os toquei com a ponta do dedo, ganhando um sorriso sem graça do homem que até então estava sério.

─ Ainda não o controlo quando estou com raiva demais ou feliz demais. Desculpe!

─ Você está como agora?

─ Vejamos... Minha esposa está ficando cada dia mais linda, e agora com a vinda do pequeno Apolo, tudo ficou muito melhor. O reino está magnífico novamente, o solo é fértil, as águas limpas, o sol brilha e queima em nossas peles, meu pai demônio está morto e incapaz de matar mais alguém, e sua mãe está de volta, deixando você mais feliz. Tudo que te faz sorrir, me faz sorrir. Portanto, estou melhor do que nunca.

Gargalhei com a menção do nome. Ele tinha invocado que nosso filho seria um menino e se chamaria Apolo, pois amava a história de um deus antigo que possuía o mesmo nome. Mas fiquei emocionada ao mencionar minha mãe. Sim, aquela mulher que roubou meu cavalo e me salvou no casamento, era minha mãe. Mal podia acreditar que, após tantos anos, nos reencontraríamos novamente. Infelizmente, não poderia dizer o mesmo do meu pai, que tinha sido morto por Morfos quando tomou sua anatomia.

─ Bobo ─ bati fraco em seu peito, parando de rir. ─ Vamos de uma vez. Nossos pais nos esperam.

Nos encaramos por um momento e ele me roubou um beijo, fazendo com que eu desejasse viver ao seu lado até meus últimos dias.

Alguns meses depois

A dor alucinante das contrações me fazia gritar. Havia escolhido dar à luz em plena luz da lua, mas o vento gélido que passava por meu corpo nu me fazia arrepender amargamente da minha escolha. Apesar da magia correr novamente na terra, ela nada poderia fazer para que aquele momento fosse menos doloroso, pois era considerado "natural". Como que aquilo poderia ser considerado normal para os deuses e deusas? Certamente, nenhuma delas precisou passar pela tortura do parto.

Enfim, desesperei-me quando senti que estava nascendo e Jungkook, mais ansioso que eu, decidiu que era uma boa ideia olhar o que estava acontecendo. Levantando o fino pano que cobria apenas minhas pernas, levantou seu olhar para mim com o rosto pálido. O homem que enfrentou o próprio pai em batalha, e viu cabeças voarem, estava quase desmaiando por ver o filho nascer. Não conseguia acreditar, mas não o julgava tanto, pois quando finalmente escutei o choro alto do bebê, vi tudo ao redor girar algumas vezes, até que a voz orgulhosa da minha mãe me fez voltar ao normal.

─ É um menino! ─ Confirmou as expectativas de Jungkook, que desabou em lágrimas. ─ Bem-vindo, pequenino.

Entregando-o em meus braços, vi pela primeira vez a face do meu filho e me assustei com sua aparência única. Seu cabelo fino era completamente branco, assim como seu olho direito. E quando nossos olhos se encontraram, era como se tivesse viajado para um outro mundo, onde o vi adulto, com uma espada em mãos, escondendo uma mulher atrás de si, que não tinha certeza se era eu. E foi tão rápido que, em outro instante, era como se tudo tivesse sido fruto da minha imaginação.

Jungkook se aproximou, sorrindo entre o choro, alisando o pequeno rosto delicado e, quando o bebê o encarou, ele paralisou. Eu não havia imaginado. Nos olhamos com intensidade, tendo a consciência de que não seríamos os únicos a enfrentar uma guerra.


FIM

O Rei Impostor  ─ JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora