(+18) Há séculos, uma guerra entre as aldeias Luz e Sombras, deixou rastros de sofrimento e destruição por todos os lugares e uma profecia foi criada para punir todos que participaram dela. A mesma dizia que cada herdeiro de seu reino deveria se uni...
2. Felizmente, consegui um emprego, então, não prometerei atualizações rápidas. Como o livro está em sua fase final, não quero me apressar e entregar qualquer coisa. Por isso, usarei meu tempo livre para escrever e o entregarei a vocês quando puder.
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Jungkook
Nunca tinha pensado em como seria não ter uma identidade, até o momento. Cresci sendo um Jeon, mas agora não tinha certeza se esse sobrenome importante cabia a mim. A realeza pode parecer algo majestoso para alguém que a vê de fora, mas quando se tem um cargo de peso, e desde o momento do nascimento se vê com responsabilidades que não compreende, é um fardo. Às vezes me perguntava como seria crescer na aldeia, junto às outras crianças que possuíam mais liberdade do que eu, que podiam ser crianças e brincar do início ao fim do dia, que podiam compartilhar brinquedos e momentos sem se preocupar com as tarefas extras que tinham de fazer, pois "era seu dever", e chegava à conclusão que poderia ter sido feliz.
Ser príncipe, soava quase como uma piada vindo de alguém que passava mais dias em tabernas bebendo e se divertindo com mulheres, do que cumprindo com as obrigações do reino. Meu passado não era de causar orgulho. Porém, também não me deixava arrependimentos. Meu pai gostava de implicar com todas as minhas atitudes, das mais toscas às mais problemáticas, e agora finalmente entendia o porquê.
Memórias da minha mãe iam e vinham, sem parar, desde o momento que virei as costas para o homem que me criou e prometi deixá-lo lá. Ainda não tinha certeza se era Jihoon ou Morfos conversando comigo e me contando aquelas coisas, mas sabia que uma parte de mim estava sendo destruída de qualquer forma.
Sentia que estava preso em um limbo, escuro, completamente perdido em incertezas, e com medo de não estar sonhando em um terrível pesadelo. Desejava acordar e ver minha mãe sorrir para mim, desejando um bom dia, dizendo que a briga da noite passada fora uma discussão boba de casal e que tudo estava bem novamente. Apreciar seu abraço caloroso enquanto me acalmava, dizendo que tudo tinha sido parte da minha imaginação e que ela estava lá e não iria me deixar.
"Quem era o Jungkook?" ─ Perguntava-me enquanto encarava o teto pintado de branco com estrelas desenhadas por toda parte. A brisa fresca que entrava na janela e balançava as cortinas deixava o ambiente um pouco frio, mas por sorte, ao meu lado estava minha noiva, abraçando-me para me confortar, pois tudo que tinha vivido até ali era a mais pura e dura realidade.
─ Não está levando em consideração o que ele disse, certo? ─ A voz delicada de Safira me despertou do transe, fazendo com que a encarasse e visse seus olhos castanhos me olhando fixamente com as sobrancelhas arqueadas.
