(+18) Há séculos, uma guerra entre as aldeias Luz e Sombras, deixou rastros de sofrimento e destruição por todos os lugares e uma profecia foi criada para punir todos que participaram dela. A mesma dizia que cada herdeiro de seu reino deveria se uni...
Gostaria muito de um feedback sobre o livro até agora. As coisas começarão acontecer em breve, então estou um poço de ansiedade louca para escrever mais e mais.
Esse capítulo está uma delícia na minha opinião, pois temos o ponto de vista pessoal da Safira hehe.
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Safira
Incomodada.
Assim me sentia sobre aquele olhar. O ignóbil do príncipe me devorava com suas íris negras e eu não sabia como me comportar diante disso. O jantar mal havia começado, e sentia meu corpo querer entrar em combustão. A conversa sobre nosso casamento consumia quase cem por cento de todo assunto falado até o momento em questão. Ambos os reis sorriam ─ o que no meu ponto de vista era bem estranho por conta das circunstâncias que nos levaram até ali.
Relaxei os ombros tentando me acalmar, afinal, de nada resolveria ter um ataque de nervos. Alguns dos funcionários entraram na sala de jantar com a comida em mãos, a mesma de sempre. Não tínhamos como dar uma boa impressão nesse requisito, pois duvidava que eles tinham algo melhor para comer. A culpa era toda deles.
─ A festa teria que ser em um lugar grande, como o salão principal ou a área externa para que todos da aldeia viessem. ─ A voz do meu pai soava animada até demais, o que me causava estranheza.
Não foi ele quem disse que doeria nele que tivesse que me casar com o bastardo?
─ Meus convidados do meu reino também viriam, então concordo sobre o lugar grande. ─ Respondeu o rei Jihoon.
Queria muito revirar meus olhos, aquele papo estava me irritando em proporções desconhecidas. Mas aparentemente não era só a mim, o príncipe mal tocava na comida e evitava entrar na conversa. Parecia tão entediado quanto eu. E a única coisa que nos diferenciava, é que o mesmo parecia bem preocupado em mirar o decote do meu vestido enquanto eu desejava atirar um prato em sua cabeça por ser tão indiscreto e imoral. Não deixei barato aquele olhar, meu sangue fervia ao imaginar os pensamentos pervertidos que poderia estar rodando sua cabeça naquele momento. Então, com toda força que meus pés tinham, eu o chutei.
─ Ai! ─ Gritou fechando os olhos, estava inclinado provavelmente acariciando o local. ─ Por algum acaso ficou maluca?
Sorri em pensamento, pois não havia ouro no mundo que pagasse sua expressão furiosa. Por algum motivo irritá-lo se tornou um prazer. Me fiz de desentendida quando os olhares dos mais velhos cresceram em mim.
─ Peço perdão, príncipe. ─ Com a voz mais serena me desculpei. ─ Estava tentando tirar meus sapatos, já que meus pés se machucaram no caminho até o castelo.
Analisei quando seu olhos se tornaram duas linhas finas, estava explícito que não havia acreditado em uma só palavra que saiu dos meus lábios. Mas diante de seu pai, não diria nada. O que pude perceber desde quando tomei banho e desci para me juntar a eles é que a relação de pai e filho parecia controlada. O mais jovem não se expressava, ou não fazia questão. Seu pai o rei, parecia lhe conceder permissões para que pudesse dizer qualquer coisa. E até o momento a única coisa que disse sem olhar posteriormente ao seu progenitor foi a exclamação por ter levado um chute na canela.
