Primo Distante

Posso Ficar Aqui?

Ajudo minha mãe a sair do carro, está muito fraca e precisa dormir bem, eu ía para casa mas ela e yoongi insistiram para eu ficar, a Jennie também voltou para a casa do Yoongi de carro conosco, mas especificamente no meu carro e falando como eu sou rica para ter um carro chique assim e blá blá blá que o yoongi não se dá bem com coisas luxuosa e blá blá blá, grrrr.
Eu queria da uns tapas na cara dela só pra ela calar a boca e parar de ser escrota, mas não fiz, eu simplesmente ignorei, revirei os olhos e continuei concentrada na estrada passando a mão no ombro da minha mãe.

Subimos as escadinhas para a varanda e entramos, minha mãe senta no sofá e pega uma foto no criado mudo ao lado e chora baixinho, me sento ao lado dela e faço carinho em seu cabelo, Yoongi senta do meu lado bem colado ao meu corpo e deita a cabeça no meu ombro, eu me ajeito e abraço ele que chora baixinho, Jennie que estava sentada no outro sofá olha a cena se levanta muito brava e para de frente para nos, olho para ela que mais parece um pimentão vermelho, tento reprimir o sorriso e respiro fundo.

- Você não acha que está muito atirada para cima do meu Yoon? - Ela cruza os braços e só então Yoongi levanta a cabeça para olhar no rosto dela.

- Eu não sou seu, nunca serei, minha mãe sempre deixou claro que você não servi para mim e é verdade, agora que ela se foi, vou fazer o que ela queria que eu fizesse, então por favor, saia da minha casa. - Ele volta apoia a cabeça no meu peito e soluça baixinho.

- Vai me trocar por essa garota fútil? Essa riquinha mimada que é sustentada pelo pai? - Minha mãe olha para ela com raiva. - Ela não passa de uma mimadinha escrota que o pai idiota não soube educar.

- Pai idiota? - Levanto ficando cara a cara com ela, minha mãe segura a passadeira da minha calça quando eu agarro a blusa dela. - Respeite os falecidos sua imbecil, eu aguentei você falar merda a manhã toda sem nem olhar pra essa sua cara, não respeitou o velório da irmã e cunhado da minha mãe e agora está desrespeitando meu falecido pai. - Coloco a mão no pescoço dela que me olha assustada, Yoongi levanta e segura meu braço. - Eu sempre trabalhei para ter o que eu quero, meu pai me educou direito junto com minha mãe, e voce? Foi educada da maneira certa? - Solto o pescoço dela e me afasto segurando minha mãe pelos ombros. - Yoongi, amanhã pela manhã irei embora, se minha mãe quiser ficar ela fica, mas eu não sou bem vinda aqui. - Ele chora baixinho enquanto subo as escadas com minha mãe, entro com ela no quarto de hóspedes e a coloco deitada na cama, passo a mão pelo cabelo dela por alguns segundo e beijo a testa dela, saio do quarto a passos largos e desço as escadas correndo, Yoongi briga com Jennie na sala, eu passo por eles indo até a porta e quando saio sinto uma mão em meu braço me impedindo de continuar andando.

- Não vá embora, por favor! - Ele me abraça por trás, eu me viro e o abraço forte.

- Não irei, vou pegar as malas no carro, ok? - Falo segurando o rosto dele com as mãos e ele me encara choroso. - Eu prometo não ir. - Volto a braça-lo, quando ele me solta eu desço as escadinhas e pego as duas malas e ele me ajuda a entrar com elas, Jennie está parada com os braços cruzados bem no meio da porta impedindo nossa passagem, Yoongi pega no braço dela a tirando do caminho.

- Terminamos a meses e não vai ser agora que vamos voltar, espero não te ver nunca mais Jennie. - Quando ela ia falar algo ele fecha a porta na cara dela, deixo as malas perto da escada e vou para a cozinha.

Começo a remexer nas coisas e colocando ingrediente para fazer o jantar encima do balcão, meu peito aperta e um no se forma na garganta, eu começo a chorar, lágrimas grossas caem sobre o balcão e sinto yoongi me abraçar de lado, viro para ele e choramos ali por alguns minutos até eu me recompor e a lembrança de minha tia na cozinha sumir da minha mente.

- Me lembrei do dia que viemos para cá comemorar meu aniversário, meu Appa ainda era vivo e eu ajudei a tia com o bolo. - Sorrio olhando ao redor, tudo na casa lembra ela. - Como você vai fazer agora Suga? Já pensou no que fazer?

- Suga, era assim que ela me chamava. - Ele franze a testa e depois sorri. - E bom, pensei em botar a casa a venda e me mudar de cidade.

- Tem certeza, é sua única herança, você pode alugar e mudar de cidade, que tal? - Começo a fazer o jantar.

- Até que não é uma má ideia, posso ir para sua cidade, arrumar um emprego e com o dinheiro do aluguel daqui posso pagar um apartamento para morar.

- Ou.... Você pode dividir o meu apartamento comigo e não terá tantas despesas assim, e também não ficará tão sozinho, hum? - Olho para ele sorrindo.

- Há não sei, não quero te atrapalhar, será muito estranho morar com você e atrapalhar seus momentos com seu namorado. - Dou um peteleco na cabeça dele sorrindo.

- Eu não tenho namorado Suga. - Ele me olha passando a mão na cabeça e sorri.

- Não terá problema mesmo? - Eu nego com a cabeça. - Tem certeza? - Eu paro de cortar os legumes e o encaro.

- Acho que vou ter que te levar amarrado. - Ele sorri e me abraça apertado.

- Haaa, você é a melhor.

Ele me ajuda com o jantar e depois de pronto eu levo para minha mãe que come só um pouco e dormi, jantamos combinando tudo para a viajem e decidimos ir em dois dias.

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Acordo com Yoongi me chamando.

- S/n, posso ficar aqui com você? 

- Claro Suga, deita aí. - Ele deita e se cobre com o edredom, continuo de costas para ele, está caindo o mundo lá fora, trovões rasgam o céu e a claridade dos raios iluminam por segundo o quarto, Suga se encolhe. - Não consegui dormir.

- Não, estava chovendo assim quando tudo aconteceu! - Ficamos em silêncio ouvindo o barulho da chuva no telhado até outro trovão seguido por um raio rasgar o céu. - Posso te abraçar?

- Pode. - Digo fechando os olhos, ele chega perto e passa o braço na minha cintura, cola o corpo no meu e enterra o nariz em meu cabelo.

- Você tem cheiro de chocolate e baunilha. - Ele sorri nasal e passa o nariz no meu cabelo. - É calmante demais.

- Minha mãe também gosta de cheirar meu cabelo, diz que é macio e cheiroso demais. - Estou quase dormindo novamente

- Ela não está errada. - A voz dele começa a ficar mais baixa e macia de se ouvir. - Posso passar a noite cheirando seu cabelo?

- Se fizer você dormir bem, pode sim. - Encosto mais meu corpo no dele e aproximo mais minha cabeça do nariz dele que respira fundo e devagar.

- Seu cheiro é tão bom que o sono já está vindo com força. - Sua respiração leve em meu coro cabeludo me faz arrepiar um pouco de um jeito bom.

- Durma bem, Suga.

Ele não responde e presumo que dormiu, coloco minha mão por cima da dele em minha barriga e acabo dormindo também.