-𝑶 𝒄𝒍𝒖𝒃𝒆 𝒅𝒐𝒔 (𝒏𝒂𝒐) 𝒗𝒊𝒓𝒈𝒆𝒏𝒔 - 𝐏𝐣𝐦 [+16]

21 - 𝙁𝙚𝙡𝙞𝙯 𝙖𝙣𝙞𝙫𝙚𝙧𝙨𝙖𝙧𝙞𝙤 𝙢𝙚𝙪 𝙗𝙧𝙤𝙩𝙞𝙣𝙝𝙤 -

Jimin corria em minha direção, sorridente. Suas bochechas estavam coradas e seus olhinhos formavam uma linha.

- Mi-Cha! - Abre os braços e corre mais rápido em minha direção.

- Jimin! - Estendo os braços para abraça-lo. - Eu estou indo Jimin! - Começo a correr.

- Quem é Jimin?

Paro de correr. De quem é essa voz?

- Caraca o sono dela é pesado mesmo. - Sinto algo cutucar minha bochecha.

Acabo acordando sem entender nada, me despertando totalmente de meu sonho maravilhoso com Jimin. Me sento na cama e me espreguiço sentindo meu pescoço estralar.

- Até que enfim acordou. - Olho para o lado e vejo um palhaço.

- AAAAH - Me assusto e caio da cama.

Meu deus, um palhaço assassino?!? Essas coisas não existiam apenas nos Estados Unidos? Deus, eu sou muito jovem para morrer! Eu sequer fiz coisas indecentes com o Jimin! Me poupe dessa vez, ele acabou de confessar que gosta de mim!

- Eu sei que faz tempo que a gente não se vê, mas eu não esperava uma reação dessas. - Pera, eu conheço essa voz...

- Pai?! - Me levanto para encara-lo com aquela máscara de palhaço. - O que está fazendo aqui?

- É seu aniversário meu brotinho! - Retira a máscara e sorri animado para mim. - Vim pra comemorar.

- E qual é a dessa máscara estranha?

- Você gosta de palhaços, achei que seria legal. - Esse velho caduco.

- Isso foi quando eu tinha oito anos pai. - Explico. - Pera, meu aniversário? - Ele afirma sorridente. Como eu pude esquecer do meu próprio aniversário?!

- Agora vamos, preparei um bolo pra você. - Segura meu pulso e me puxa para a cozinha.

Meu pai estava com mais fios grisalhos e algumas ruguinhas na testa. Fazia realmente tempo desde que nos vimos pela última vez. Mas mesmo assim, ele precisava voltar no meu aniversário? Não que eu não goste de ter meu pai por perto, mas seus programas de aniversário são péssimos, sem contar que ele e eu somos realmente parecidos, o que me faz pensar no quão chata eu consigo ser. E o pior de tudo!

O maldito jantar de aniversário. Todo ano a gente se reúne, minha mãe, meu pai e eu. E o que é pra ser um jantar em família se torna em uma eterna discussão sobre quem foi o culpado do divórcio. Vou ter que suportar isso no meu aniversário de dezoito anos também?

- Vamos, coma! - Me sento e ele logo coloca a minha frente um pedaço de bolo. - Experimente! - Ele se senta ao meu lado com um pedaço de bolo também.

Me animo. O bolo parecia gostoso e era de chocolate, meu favorito!

Trocamos olhares cúmplices e simultaneamente levamos o garfo com um pedaço de bolo até a boca.
A cobertura estava maravilhosa, mas quando comecei a mastigar o bolo, havia um gosto estranho. Como posso dizer, o bolo estava... Salgado?