Carregadores gatos, Jennie Insensível e Havaí

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Em apenas dois meses de casadas e Jisoo já havia feito a vida de Jennie virar do avesso, ela sabia que coisa demais tinha mudado e lembrava-se disso sempre que olhava para Haneul e agora morando naquela casa enorme finalmente a ficha caia por inteiro.

Estava casada, era uma mãe de família e uma mulher de 32 anos. Ter 32 anos não é a mesma coisa de ter 19 ou 20, ela ainda era muito jovem pra ser velha, mas velha demais pra ser jovem – tipo a musica da Sandy – estava lá, naquilo que chamam de meia idade, fase adulta, fase das responsabilidades. Claro, ela era responsável, era a presidente de uma das maiores empresas do país, era uma escritora renomada e além de tudo isso era um ícone de beleza. Sim, pra quem não sabe, Jennie Kim já deu entrevista em alguns programas de TV e revistas falando sobre ser uma mulher de negócios e ainda cuidar da aparência "Não podemos esquecer que nosso corpo é como uma empresa, que graça teria ser uma mulher rica e ser descuidada com a aparência igual de um cão chupando manga?".

– Essa casa é linda. – Jisoo falara depois de alguns segundos calada, enquanto os últimos carregadores deixavam a casa.

– Não tão linda quanto você, meu amor. – ela não sabia se a morena estava mesmo elogiando ou só estava fazendo cena para os carregadores. Jennie era uma mulher meio estranha.

– Oh meu amor, você é a melhor esposa do mundo! – disse Jisoo olhando pra ela com aquela carinha de "sou uma esposa bem cara e não adianta elogiar, o que eu quero é gastar". Os carregadores foram embora, e digamos que Jennie estava muito ansiosa para que eles fossem, não estava gostando muito do desfile de machos fortes e braçudos pela casa, principalmente pela forma que Jisoo olhava pra eles.

– Eles foram embora, estamos sozinhas aqui, nessa casa cheia de cantos, quartos e móveis, com tantas possibilidades, sabe, é uma casa bem grande... – ela foi chegando devagarinho como quem não quer nada, só puxando assunto.

Jisoo já tinha sacado o que ela queria desde o momento que ela a elogiou. Mas fingiu-se de desentendida inocente.

– E a gente não tem nada pra fazer, aqui sozinhas sem mais ninguém, com uma cama enorme para inaugurar... – a essa altura ela já estava a agarrando pela cintura e beijando seu pescoço. Vocês conhecem a Jennie, ela teria a jogado de uma vez no sofá, mas ela estava com Haneul no colo. Sempre é Haneul.

– Ta bom, Jennie, não se empolgue. – ela a repreendeu por quase ter derrubado Haneul no chão quando fez cócegas nela sem querer – Me deixa colocar o Haneul no quarto dele, pelo menos.

Ela fazia tantos sacrifícios por seu filho.

– Tudo bem.

Ta, dizer que tá tudo bem não era o suficiente, Jennie saiu puxando ela pela casa para chegarem o mais rápido possível no quarto de Haneul e deixar ele lá. Mas que mãe atenciosa, se a Jennie for uma mãe melhor, estraga, porque não tem condição, essa mulher merece um Oscar!

Quase bate a cabeça da pobre criança na parede, se perdeu no corredor e não lembrava qual dos quartos era o dele, por sorte estava com a porta aberta e ela viu o sol refletido no abajur, se não, nunca teria achado. Entraram no quarto na velocidade da luz, Jisoo estava vendo só os vultos de onde passavam. Jennie tem horas que nem dá pra entender. Mulher é um ser estranho demais.

– Ótimo, agora põe ele no berço.– Tenha calma, minha senhora, é só uma criança, sossega esse facho aí! 

Ela sabe que está falando com Jennie? Era estranho aquilo, desde que Haneul chegou ela estava dando muito mais atenção para o bebê do que para ela, e ao ver de Jennie aquilo era uma grande injustiça. Ela ficou emburrada num canto enquanto ela arrumava o pequeno dentro do berço com toda a paciência do mundo, e Jennie lá de pau duro esperando, e olhando por esse lado aquela história era meio triste... Pra ela.

Como NÃO ser a mulher perfeita {ADAPTAÇÃO JENSOO} G!POnde histórias criam vida. Descubra agora