Jennie ainda não entendia Jisoo, isso com certeza ela não entendia. Mesmo assim, já estavam dentro de outro táxi – dessa vez ela não deixou a morena falar com o motorista – tomando o caminho de volta para o hotel, com uma Jisoo animadíssima, pois muito bem conhecia o "produto" da esposa. Ela não era uma mulher muito normal. Ela bem sabia disso. Ainda estavam dentro do elevador, quando Jisoo resolveu se manifestar a respeito daquele casamento super estranho que elas estavam tendo.
– Eu não entendo isso! – comentou Jisoo, ela parecia bastante intrigada e braços cruzados juntos ao corpo mostravam isso.
– Você não entende o quê? – a morena perguntou, mas não parecia se importar muito com o que ela iria dizer, havia várias coisas que Jisoo não entendia.
– Esse casamento. – ela respondeu, fazendo ela prestar atenção
– Você me disse que queria entender como casamentos funcionavam, que queria aprender uma receita que pudesse fazer com que os casamentos funcionassem, mas não estou vendo você tentar isso.
Ela tinha toda razão, ela realmente parecia não estar fazendo nada.
– Tem razão, você tem toda a razão do mundo, eu só estou agindo como uma mulher insensível que não liga para a esposa e nem para o que ela quer. – disse ela, parecia meio triste consigo mesma enquanto falava. Jennie era o tipo de mulher que admitia os erros quando sabia que eles tinham sido bem feios. O elevador parou indicando que elas haviam chegado no andar em que estavam hospedadas. – Querida. – foi o que ela disse quando segurou a mão dela. Ela ficou muito satisfeita, porém sem entender muita coisa. Já era um começo. Jennie se certificou de que não tinha ninguém no andar, e os poucos segundos que Jisoo acreditou serem de uma Jennie romântica, simplesmente acabaram. As cenas seguintes são inadequadas para pessoas que se escondem debaixo do lençol enquanto assistem O Massacre da Serra Elétrica.
A morena a segurou pelos pulsos e a jogou na parede. Vocês não têm ideia do quando ela adorou aquilo. Em questão de segundos ela já estava a presando naquele local, com seus corpos grudados um no outro, sentindo o calor que emanava de cada um, Jisoo sentiu seu corpo estremecer quando ela a segurou pela nuca e selos seus lábios em um beijo quente. Suas línguas travaram uma batalha entre si por mais espaço, e sem sessar o beijo, ela entrelaçou suas pernas em redor da cintura da mesma, já sentindo o quanto ela também estava sedenta por aquele momento também.
– Ótimo, já é um bom começo. – disse ela, enquanto ainda buscava seu fôlego, que havia perdido pelo meio do caminho – Agora vamos para o quarto, alguém pode nos atrapalhar aqui. Ela não estava preocupada se alguém visse, e sim que se visse fosse dar pitaco e não deixar elas fazerem aquilo no meio do corredor.
E sem se desgrudarem, foram se agarrando pelas paredes mesmo enquanto iam até a porta do quarto. Se perguntarem a Jennie como foi que ela abriu a porta, ela não vai saber responder, pois tudo o que se lembram foi que simplesmente entraram no quarto e fecharam a porta. Muitos móveis foram derrubados no meio do trajeto, enquanto as roupas rapidamente sumiam de seus corpos e eram deixadas jogadas pelo chão. Estavam apenas de peças intimas quando pararam encima da mesa, Jisoo já bastante ofegante. Jennie ainda estava normal.
– Vem, vem na mesa mesmo! – ela praticamente gritou com ela. Jennie já estava pronta para obedecer, quando seu celular começou a tocar desesperado bem ali do lado encima da mesa. Quem foi que deixou aquele maldito celular bem ali? Estamos precisando demitir algumas pessoas dessa produção aqui.
– Eu preciso atender. – disse ela, no meio de um beijo que Jisoo não queria largar.
– Deixa isso pra lá. – pediu ela, se agarrando mais ainda ao corpo da esposa, que por sinal estava muito quente. E nesse chove não molha, o celular não parava de tocar, Jennie já estava achando que ele estava até tocando mais alto do que o normal, como se estivesse gritando "me atende, me atende". Quando se deu conta e olhou para a tela, viu que realmente já deveria ter atendido o telefone.
– É o encarregado da minha empresa. – disse ela, tentando aos trancos e barrancos se soltar dela, ela parecia um chiclete quando prega no cabelo – Eu realmente preciso atender! – ela quase gritou com ela. E depois de fazer muita cara feia, ela acabou se soltando dela. Jennie foi correndo atender o telefone, e ela pegou o celular como quem pega uma bomba que pode explodir a qualquer momento.
– Alô. – disse ela, não sabia se estava com raiva, ou preocupada. Pois tinha pedido ao seu encarregado que só ligasse em situações de completa emergência.
– Desculpa Madame, mas a senhora me pediu para ligar se alguma coisa muito importante acontecesse, e aconteceu.
Sabe aqueles momentos em que o coração bate oito vezes no mesmo segundo? Eu também não, só queria comentar mesmo.
– O que aconteceu?
– A dona Amma sofreu um enfarte.
Ela deixou o celular ir direto para o chão, nem quis ouvir mais nada, aquilo foi um choque muito grande pra ela. Seus olhos se encheram de água, e pela primeira vez até então, Jisoo viu sua esposa chorar. Dona Amma, era como os funcionários chamavam a mulher que criou Jennie, a babá dela, que já estava ficando velha, o que preocupava muito Jennie, e agora com essa noticia, ela nem sabia o que fazer.
Aos poucos, foi se sentando na cama, pensativa, sozinha consigo mesma, enquanto Jisoo a olhava sem entender o que estava acontecendo. A morena entrelaçou seus dedos entre os castanhos cabelos de sua cabeça, estava pensativa, triste e quem sabe, se sentindo sozinha, não era todo dia que algo assim acontecia com alguém que a gente ama tanto. Jisoo se aproximou devagar, ainda sem entender muita coisa, ela ainda não tinha falado nada e ela não sabia o que tinha acontecido, mesmo assim, sabia que tinha sido algo de muito ruim para ela estar assim, pois a morena tinha cara de quem era dura na queda.
– Jennie, o que houve? – ela perguntou, ainda um pouco distante.
– A minha babá, que me criou desde que nasci, ela, ela sofreu um enfarte. – ela respondeu ainda tentando conter o choro na garganta, mas não estava conseguindo disfarçar o choro. Jisoo a abraçou pelas costas, também estava triste, não queria que ela ficasse assim, não queria vê-la chorar, e logo agora que tudo estava começando a se ajeitar, ter que passar por um momento desses logo no inicio do casamento, era algo que elas não mereciam, algo que ninguém merece.
– Chora não, vai ficar tudo bem. – disse ela, ainda a abraçando pelas costas.
– Jisoo, eu estou assustada, não sei como agir.
Ela sabia que ela estava mal, por mais que aquele casamento fosse só de mentirinha, ela ainda se sentia muito ligada a ela, sentia empatia por ela, e sentia mal por saber que ela estava mal, não importava que relação elas tivessem entre si, o que importava era que aquele era sua esposa e que ela queria a ver bem.
– Só me abraça, eu prometo que assim fica mais fácil. – foi a ultima coisa que ela disse antes de ser envolvida nos braços dela. E ali com ela, ela percebeu o quanto se sentia sozinha antes, e o quanto precisava de abraços assim.
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Como NÃO ser a mulher perfeita {ADAPTAÇÃO JENSOO} G!P
FanfictionJisoo nunca foi lá uma boa esposa, com 26 anos e cinco casamentos fracassados, a morena já havia desistido de encontrar a garota perfeita. Isso até as ironias da vida a levarem diretamente para Kim Jennie, uma famosa socióloga conhecida por estudar...