Como NÃO ser a mulher perfeita {ADAPTAÇÃO JENSOO} G!P

Retorno, Manchete e Visitante Indesejado

Um silêncio mortal reinou, Jennie congelou que nem qualquer coisa no polo sul – ou no norte, não sou boa em geografia –, Jisoo já estava mais do que ansiosa esperando uma resposta, mas no fundo ela já tinha certeza que ela iria dar um jeito de não responder. Ela até desceu das costas dela só para estar olhando diretamente nos olhos da morena quando ela respondesse. Jennie respirou fundo, olhou para o mar, olhou pra ela, e por fim ela sorriu, segurou as mãos da mesma – ou estava sendo romântica ou estava com medo que ela desse uma bofetada nela – a encarou alguns segundos antes de finalmente responder.

– Vai ser real, se você quiser que seja real.

Ela fez o que toda mulher faria se estivesse no lugar dela, ela a beijou. E foi um dos beijos mais lindos e meigos que elas já tiveram. Só pra vocês terem uma ideia, Jennie nem estava pegando na bunda dela, e olha que era a primeira vez que isso não acontecia. Jisoo segurava sua nuca como sempre fazia e Jennie a abraçava gentilmente, foi simplesmente lindo.

– Vamos buscar o meu filho, não quero que a Irene ensine nada ruim pra ele.

(...)

Alguns dias depois...

Era hora de ir embora, Jennie não podia deixar a empresa por tanto tempo – estava tendo briga entre o pessoal do RH e as secretárias, sabe-se de passagem que a secretária de Jennie é a líder da tropa –, e além disso, Irene estava no meio de um caso e tinha que estar em um tribunal nos próximos dias. Seulgi não trabalha nem nada, mas ela não gostava muito de areia e queria ir embora. Estavam no aeroporto, fazendo o Check-In para poderem entrar no avião, e como sempre Jennie teve que levantar a blusa e mostrar o buraco da bala, Jisoo não gostou muito, mas tudo de resolveu. Irene se perdeu, mas logo encontraram ela comendo sanduiche escondido, já que Seulgi não deixava ela comer porcaria, mas isso é apenas comentário pro capitulo ficar maior.

Pronto, falei.

Já estavam entrando no avião, Jennie, Jisoo e o Haneul pendurado na bolsa. Irene e Seulgi estavam nos bancos de trás junto com uma velha – sempre tem uma velha–, Irene se preparando pra dormir e Seulgi se preparando pra não deixar ela dormir.

– Foram poucos dias, mas eu gostei da viajem. – Jisoo comentou enquanto olhava pela janelinha esperando o avião subir.

– Claro que gostou, estourou o limite de dois cartões de crédito.

Oh mulher grossa! 

Mas o pior é que é verdade.

– Você fala como se eu fosse a pessoa que mais gasta no mundo.

Pode até não ser a que mais gasta, mas com certeza chega bem perto, deve estar em segundo lugar, no mínimo. Mas Jennie parecia tão calma, tão na dela sem se importar com mais nada, ela estava de bom humor, estava feliz e Jisoo adorava ver ela daquela maneira, aquela era a verdadeira Jennie, uma moça legal – por mais insensível que seja, mas uma moça legal. Ela sorriu para ela, o avião já estava tomando altitude e como sempre, Jennie segurou sua mão, e era assim que ela se sentia segura, Jennie era como uma super heroína, nada iria acontecer enquanto ela estivesse com Jisoo.

(...) 

Já no desembargue foi outro fuzuê do tamanho do mundo, era repórter voando pra todo lado, gente tirando foto dali, gente correndo com gravador, era câmera filmando, e ela podia jurar que tinha visto um gnomo – ta, esqueçam essa ultima parte – dessa vez até colocaram um óculos escuro em Haneul. A coisa mais fofa do mundo. Aos trancos e barrancos eles conseguiram entrar em um táxi, um fotógrafo até entrou junto, mas Jennie empurrou ele pela janela, ele era magro, passou fácil. 

Essa era a parte mais chata que tinha em fazer viagens – além do Check-In – ter que correr desses caras, Jennie até que gostava de atenção, mas não queria a foto de seu filho, seu baby, e de sua esposa, projeto de esposa, nas capas das revistas. Família era uma coisa que ela dava valor, do jeito dela, mas dava. 

O caminho até em casa foi bem chato, mas logo já estavam tomando um banho relaxante, não estavam fazendo nada porque a Jisoo inventou de trazer Haneul junto pra dar logo um banho nele e colocar ele pra dormir de uma vez, já estava ficando tarde e mais do que na hora de bebês dormirem. Nem demoraram muito. O bebê não queria ficar sozinho, então ela trouxe ele pra dormir na cama junto com elas, tudo bem, todo mundo estava cansado da viajem, ia dormir mesmo – eu sei o que vocês estão pensando, conheço vocês – Haneul estava deitado no meio delas de barriguinha pra cima, e estava usando um daqueles macacões brancos que cobrem até os pés, ele fica tão fofo.

– Mas que merda. – isso era Jennie resmungando.

– Jennie, não fala essas coisas na frente do Haneul! – ela já veio reclamar, deixa o bebê com o Irene e agora ta querendo ganhar o prêmio de melhor mãe do ano.

– Não to na frente dele, to de lado. – nossa, melhor desculpa ever – Olha isso!

Ela passou o Tablet pra ela, Jisoo não esperava mais do que um gráfico – ela sempre mostrava gráficos pra ela, e ficava falando de ações na bolsa de valores, ela não entendia nada do que Jennie dizia – mas dessa vez era uma manchete do site de uma revista.

Jennie Kim é Mamãe? Escritora Jennie Kim faz aparição relâmpago em aeroporto nesta tarde, a mesma estava acompanhada de sua mulher Jisoo Kim, sendo que a mesma carregava uma criança em seu colo. Será que a popular "Mulher Perfeita" já tinha um envolvimento com a mulher antes de se casarem?

– Deixa isso pra lá, essa tal Alih só quer audiência pro blog dela, só 30 mil pessoas viram. – ela acha isso pouco – E além disso ela não tem como provar nada, só porque o moleque é a tua cara obrigatoriamente ele tem que ser teu filho?

Jennie olhou pra ela com aquela cara de sempre.

– Deixa pra lá.

(...)

Uma semana depois...

Jennie estava de camisola e cueca feminina deitada no sofá, normal, ela estava em casa. Estava vendo TV enquanto Jisoo estava no quarto brincando com o Haneul, e diga-se de passagem Jennie estava se sentindo um pouco esquecida desde que Haneul chegou, ela só dava atenção pro bebê, nem ligava mais pra ela e nem ficava mandando ela tomar banho. Mas ela estava se fazendo de orgulhosa e só tinha reclamado disso oito vezes, pouca coisa. 

Aí a campainha tocou, Jennie já começou a praguejar no primeiro toque, a preguiça não queria deixar ela levantar, o sofá estava tão bom, ela já tinha até feito a marca do bumbum na almofada. Mas a campainha tocou mais vezes e ela ficou com raiva, levantou já com uma vontade de dar um soco de quem estivesse lá. Ela abriu, e a vontade de bater só aumentou quando viu Irene ali parada com uma mala mal feita e com as roupas mal colocadas, e além disso estava com a maquiagem borrada.

– O que foi? – a morena nem queria perguntar.

– Eu posso ficar aqui uns dias? – essa pergunta doeu no coração – Seulgi me botou pra fora de casa.

– O que você fez?

– Eu não sabia que cerveja mataria o gato.

Ela tem alguma coisa errada. O que será que se passa na cabeça dessa mulher quando ela faz esse tipo de coisa? Será que ela bebe shampoo antes disso? Porque não tem condição de uma pessoa dessa fazer essas coisas sem ter usado drogas.

– Qual é o seu problema?