𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟏 - 𝐏𝐫𝐨𝐝𝐢́𝐠𝐢𝐨.

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  6 anos depois do incidente:

   Escuto o bater de porta ecoar pelos meus ouvidos, fazendo-me ignorar completamente o som, pois eu já imaginava que seria o Zack.

O som para subitamente, o que me fez suspirar aliviada e continuar a dormir se não fosse dois pares de olhos me observando. Sim, eu pude senti-los mesmo virada.

— Amy, acorda. Você não vai me treinar hoje? — Escuto a voz de Zack.

Eu odiava quando ele me chamava assim tão cedo.

— É pra já, pirralho. — Digo me virando na cama ainda sonolenta.

— Vamos, já são 6:00, assim teremos só duas horas para você me treinar. — Dou um longo suspiro.

Me levanto ficando sentada na cama enquanto esfregava os olhos, um pouco sonolenta.

— É mesmo ? Me desculpa.  Ontem à noite tive que dispensar a Alessia e o Robert mais cedo. — Me levanto dando outro bocejo.

— Por que você os dispensou cedo mesmo? — Indaga, Zack.

Logo em seguida sentando-se na cadeira da minha escrivaninha.

— Hoje a Tropa de Exploração volta da expedição da retomada a Muralha Maria, lembra? Então eu dei um pouco de descanso a eles.

— É mesmo! Será que dessa vez eles vão conseguir? — Indaga Zack.

Sorrio como se ele tivesse me contado alguma piada.

— Eles nunca conseguiram, não vou me surpreender se eles não fizerem diferente. — Digo andando até a porta para pegar a minha toalha.

— Você é tão mente fechada que chega a ser irritante. — Disse com a voz de entediado.

— Eu não sou mente fechada, só não tenho tanta fé assim de que eles consigam algo.

— Pensei que com a morte de Arthur você tivesse mudado de idéia.

Sinto meu peito apertar quando ele cita esse nome.

— Não toque mais no nome dele, entendeu? — Digo rigorosa. — E hoje você vai me ajudar na taverna. Iremos ter muitos clientes.

Ele parecia surpreso pela minha atitude, mas logo muda de expressão.

— Pensei que o número de pessoas da Tropa de exploração iriam vir menor, não maior. — Abro a porta e dou um sorriso pequeno.

— Não vão vir apenas soldados, também virão alguns viajantes por conta do festival de amanhã. Então essa semana será bem cheia, se prepare. — Digo por fim.

  Tomo meu banho e me visto. Assim desço e pego as minhas coisas para eu e Zack irmos para o campo de treinamento.

Desde o incêndio, eu comecei a ensinar Zack a se defender. Comecei a ensiná-lo tudo que eu sei e que aprendi do meu pai. E meio que ele fez um grande progresso e com certeza já pode se virar sozinho. Ele é um verdadeiro prodígio.

Fico feliz dele ter se esforçado tanto. Acho que o papai também ficaria feliz.

Talvez isso seja egoísta, mas vai que acontece algo comigo, quem vai protegê-lo?

Chegando ao campo de treinamento, vou em direção a uma cabana que havia ali. Assim pego os equipamentos para o treino mais umas bandagens.

Hoje eu ensinarei ao Zack o que eu mais gostava de fazer: treinar arco e flecha.

— Zack, já que você aprendeu a manusear uma faca corretamente, hoje eu te ensinarei como se atira com um arco-e-flecha. — Digo entregando a arma para o pirralho.

Dreams  (𝑒𝑚 𝑎𝑛𝑑𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 )Onde histórias criam vida. Descubra agora