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Continuação:

Amélia on

Eu não sabia se contava ou não para dois estranhos da Tropa de exploração. Isso seria muita burrice da minha parte.

Na verdade, nem eu sei direito sobre o contrato que meu pai fizera com a Polícia militar. Eu só sei que existe.

— Bom, meio que a polícia militar tem um contrato com a Família Hills.

Digo fazendo com que os dois sujeitos me olhassem ao mesmo tempo, demonstrando uma certa surpresa.

Talvez tivesse sido um erro ter contado para eles.

— Acho que é melhor você me soltar, seu pirralho de merda! — Exclama o policial.

Isso fez com que eu e os outros dois o olhassem novamente.

Ele ainda estava imobilizado pelo meu irmão.

Aquilo com certeza era engraçado, se não fosse um tanto trágico.

— Aquilo já tá ficando chato. — Digo demonstrando tédio.

Me movo para ir até eles, mas escuto Erwin falar antes.

— Espera. — Eu o olho por trás dos ombros. — Você disse que a sua família tinha um contrato com a polícia militar. E qual era o contrato?

— Me desculpe, senhor, mas isso é confidencial. — Digo por fim me afastando.

Vou até o meu irmão e faço sinal para que ele saia de cima do homem e assim o fez. Hesitou no começo fazendo uma cara de "Por que eu tenho que soltar esse verme?". Mas logo saiu de cima do velhote.

— Me desculpe, senhor, pelo ocorrido. — Ajudo o policial a se levantar, mas logo ele recusa. — É que o meu irmão, ele está apenas começando, então...

— EU NÃO QUERO SABER DAS SUAS DESCULPAS! — O homem gritou, fazendo todos que estavam ali cochicharem.

— Senhor...

— EU QUERO CONVERSAR COM O DONO DESSE LUGAR SUJO, AGORA! — E ele me interrompeu novamente.

— Eu sou a dona daqui. — Digo firme, fazendo ele me lançar um olhar de ódio. -

Como se aquilo fosse me assustar.

— E como você tem coragem de contratar um pirralho mal-educado pra trabalhar aqui?! — Apenas o olho e respiro fundo.

Eu já estava ficando sem paciência. E olha que eu não sou muito fácil de perdê-la.

— Ele não é "mal-educado", senhor. Ele só não se simpatiza com vermes igual você. E pra mim, ele é bem capaz de trabalhar aqui, já que ele te jogou no chão igual merda. — Digo me virando para ir embora do local.

Mas logo sinto algo puxar o meu braço com força.

— Senhor, tem como você me soltar e ir embora do meu estabelecimento? — Ele me vira e faz com que eu o olhe.

Ele estava muito puto. Se quisesse, poderia me espancar ali mesmo. Mas aquilo não me intimidava nem um pouco, já que chegava a ser engraçado.

A essa altura eu já mordia meus lábios fortemente para poder me controlar e não matar esse velho.

O homem ainda me segurava, mas a sua expressão havia mudado completamente. De uma figura com muita raiva, para uma maliciosa e nojenta.

Puta mania minha de morder os lábios quando eu estou com raiva.

— Olhando bem, você até que é delicinha. Vem comigo e eu perdoo pelo o que esse pirralho fez comigo.

Eu não podia acreditar no aquele velho estava falando.

Olho ao redor e todos ainda nos observavam, uns cochichando, já outros curiosos com que aconteceria depois. Olho para o Capitão Levi e o Comandante Erwin, ele apenas nos olhavam enquanto bebericavam suas cervejas.

Logo eu tive uma ideia.

— Claro, senhor. — Forço o meu sorriso mais simpático.

— Boa menina.

O velho me pega pela cintura bem forte e eu apenas o sigo para fora do estabelecimento.

Essa situação com certeza estava me incomodando, mas eu tinha que me manter no personagem se quisesse fazer com que esse velho engolisse as próprias palavras.

E eu só concordei em vir, pois eu prefiro sempre algo mais privado.

O verme me leva para um beco escuro, que quase não dava para eu enxergar. Locais assim me faziam ser tentada a fazer coisas inapropriadas, mas a única coisa que eu quero fazer de inapropriado com esse velho, é varrer sua cara nesses tijolos.

Ele me joga na parede e começa a se aproximar de mim.

— Eu posso perdoar aquele moleque, mas só se você me obedecer.

Nessa hora me deu vontade de vomitar.

— Senhor, eu não sou de receber ordens...

Sem conseguir terminar de falar, alguém por trás dele o derruba apenas com uma rasteira.

— Essa foi a coisa mais nojenta que eu já escutei. — reconheço a voz da pessoa.

O Capitão Levi começa a chutar o homem com força.

Estava escuro, então eu não podia ver como seu rosto estava, mas deu para perceber o quão calmo ele estava.

A minha raiva neste exato momento subiu a cabeça. Minha paciência já tinha ido embora e eu podia sentir os meus nervos saltarem a minha testa.

Vou embora dali quase que marchando. Eu estava parecendo uma criança mimada quando não ganha o que quer, mas eu não ligava.

Ainda dava para escutar os gemidos de dor do homem, mesmo que eu ainda tivesse longe do beco.

Sinto alguém puxar os meus braços e me parar.

— O que é, porra?! — Exclamo alto e olho para o homem que estava na minha frente.

Os olhos seus olhos acinzentados foram de encontro com os meus, o que fez com que eu ficasse mais calma instantaneamente.

— Oye, pirralha! Você nem sequer vai agradecer? — Reviro os meus olhos.

E a raiva tomou conta de mim novamente, mas dessa vez eu consegui me controlar ao morder os meu lábios fortemente.

— Eu não precisava de ajuda, senhor. — forço um sorriso e me largo brutalmente de seus braços.

Saio andando o mais rápido que eu posso.

Adentro o local e vejo todos direcionarem suas atenções a mim.

Reviro os meus olhos e vou em direção a porta que me levava diretamente para dentro da taberna. E onde ficava o meu quarto.

— Amy, o que aconteceu?! — Exclama Alessia.

Me fazendo parar, mas logo ignoro e continuo prosseguindo o meu caminho.

— Nada de importante. Agora volta a trabalhar, estou indo dormir.

— Mas...

— Sem "mas". Minha paciência já se esgotou por hoje.

Abro a porta do meu quarto e a bato com força.

Eu estava me sentindo uma princesa que foi salva por um príncipe, igual nos contos de fadas. E bom, eu odeio contos de fadas.

Sim, eu podia ser uma pessoa muito egoísta e talvez até muito arrogante, mas eu não estava acostumada com alguém me "salvando". Ele se intrometeu, isso sim.

Depois de ficar xingando ele mentalmente, tiro as minhas roupas e fico apenas de calcinha no meio do quarto.

Me deito e fecho os meus olhos para tentar dormir.

Eu estava muito exausta, então rapidamente pego no sono.
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Notas da autora:

Sei que o capítulo ficou curtinho por ser continuação do outro, já que estava ficando enorme, pois eu sempre me empolgo muito quando vou escrever haha.

Dreams  (𝑒𝑚 𝑎𝑛𝑑𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 )Onde histórias criam vida. Descubra agora