Capítulo 2 - Ann - Parte II

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A casa era rústica, paredes de madeira, telhado de palha, sem energia. A decoração era algo rudimentar com sofás de madeira crua. Aquilo, com certeza, fora erguido em pouco tempo de forma a dar, somente, o conforto mínimo. Ann se assustou ao conhecer Frank, o marido. Ele era robusto e barbudo no estilo lenhador. Tinha poucos modos e, sem duvidas, gastava boa parte do tempo olhando para os seios de Ann. Isso a fazia tremer nos ossos, no entanto, ela resolveu ficar.

Uma semana havia se passado. Ann sentia muita falta de Dill e chorava em silencio quando tomava banho, mas nunca na frente das crianças. As crianças começavam a se habituar a casa e vivam brincando com o pequeno filho de Frank. À noite Vincent demonstrava sentir a falta do pai. Não eram raras as vezes que ele se colocava a chorar no colo da mãe. Durante o dia Ann evitava ao extremo ficar a sós com Frank. Ele por outro lado não era parecia fazer questão de sua presença, mas quando juntos ele a olhava sem se dar ao trabalho de fingir. Ela se sentia fuzilada pelo seu olhar. Apesar do jeito, Frank a respeitava como mulher e até lhe fora útil instruindo sobre o comércio de CaveDown.

- Então, quando partem? – Frank rosnou de boca cheia, durante a janta.

- Amanhã cedo pretendo ir a CaveDown negociar.

- Vai mesmo trocar o carro?

- Sim. -Ela respondeu convicta.

- Uma pena eu não ter condições de comprar ele... Seria-me útil. – Ponderou.

- Não gostaria de vendê-lo, mas infelizmente não tenho outra opção. Preciso comprar uma casa em zona segura.

- Entendo...

A mulher de Frank, Aly, serviu café e pão para as crianças.

- Contudo, tome cuidado em CaveDown. É uma cidade perigosa. – Advertiu. – Não, conheço a cidade muito bem, pois só o que chamam de primeira camada é acessível para pessoas de fora, mas fique atenta. O pouco que conheço não é bom. – Concluiu enquanto mastigava uma coxa de galinha.

- Obrigado pelo aviso. Gostaria de deixar as crianças aqui enquanto estiver por lá.

- OK... Mas se demorar vou as vender como escravas. – Disse em tom irreverente.

Ann o respondeu com um olhar fulminante.

- Não se preocupe, cuidaremos bem das crianças. - Aly intrometeu-se com seu tom pacifico.

UDORA: O chamado da insanidade (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora