Boa pessoa.

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Pov Heyoon.

Eu queria poder tirar uma foto da cara que o lamar fez depois que eu disse vou marcar um encontro para ele e para a Sina. Completamente assustado.

- Não. Eu ainda não estou pronto. - Ele diz balançando as mãos. - Ainda é muito cedo.

- Claro que está e não está cedo nada. - Digo. - Você já está muito popular.

- Mas eu sou inseguro. - Ele começando a coçar a cabeça. - Se ela não gostar de mim? Ela é tão perfeita e boa, ela é boa demais para mim.

Reviro os olhos.

- Já disse que a Sina não é como você acha. - Digo.

Eu não quero acabar com a ilusão dele, por que sei que mesmo que eu contar ele não vai acreditar, então é melhor ele tirar suas próprias conclusões. E decide se ele quer ou não ficar com ela.

Eu também acho muito ridículo esse negócio de mudar para poder ficar com uma pessoa. Eu nunca mudaria por ninguém.

- Eu sei que ela é boa. - Ele diz convencido.

- Você nunca falou com ela, como tem tanta certeza que ela é uma boa pessoa? - Cruzo as minhas pernas esperando sua resposta.

Sina é linda, muito linda. Isso faz com que os homens fiquem loucos por ela. E não passa de uma paixão passageira. Mas o Lamar está mesmo apaixonadinho por ela. Mas ele nem a conhece.

- Eu sei que ela é. - Ele dá os ombros. - Assim como eu sei que você é.

Fico calada.

Ninguém nunca tinha me dito que eu era uma boa pessoa. Nunca.

Meu pai sempre diz eu sou rebelde, imatura e geniosa.

No colégio acham que eu sou uma assassina em série, quando me aproximo saem correndo, como se eu fosse acabar com qualquer um de aparecesse na minha frente, vontade não me falta.

E os vizinhos me chamam de marginal.

- Você acha mesmo? - Pergunto encarando ele.

- Antes eu não achava. Achava que você era muito má, e eu tinha medo de você. - Ele diz. - mas agora eu sei que você não é nem um pouco má, você é boa. É claro que tem um gênio difícil, e sempre ficar zangada Quando Eu discordo com você, mas você não é má, você é uma boa amiga. - Ele me da um sorrisinho.

Dava para ver que ele foi sincero nas suas palavras. Ele não é de mentir.

Eu não sabia o que dizer. Não estou acostumada a receber elogios.

- Se você tinha tanto medo de mim, por que me pediu para te ajudar? - Me concentro na primeira parte da sua resposta.

- Porque era a única maneira de falar com a Sina. - Ele diz. - Você é a única pessoa que conhece ela melhor que todo mundo.

É verdade. Eu a conheço como a palma da minha mão.

- Você foi corajoso. - Digo. - E teve sorte da minha moto quebrar.

- Sim. Tive mesmo. - Ele sorri. - Mas mesmo se não não tivesse quebrado eu já estava decido a falar com você.

- Gosta dela tanto assim?

- Eu gosto muito. - Ele dá um sorriso apaixonado. - Por isso você tem que me ajudar. Me preparar para ser um par perfeito dela.

Balanço a cabeça, eu não acho que posso fazer milagres.

________

Pov Lamar.

- Lamar, podemos entrar? - Meu pai bate na porta.

Eu pensei que ficaria livre do sermão dos meus pais, já que durante eles não falaram nada, pelo visto me enganei.

- Sim. - Digo.

Minha mãe é a primeira a passar pela porta, com uma cara nada boa.

Meu pai estava mais tranquilo.

Minha mãe vai até a janela e fica olhando.

Será que ela acha que a Heyoon vai entrar no quarto agora?

- Sua mãe me disse que está preocupada, como o que aconteceu ontem. - Meu pai puxa a cadeira sentando na minha frente.

- Não tem motivos para se preocupar. - Digo.

- Encontrar meu filho se agarrando com uma marginal no meio da noite não é motivo suficiente para me preocupar? - Minha mãe coloca as mãos na  cintura, hoje ela está mais brava que ontem.

- Ela não é marginal. - Digo.  - E eu não estava me agarrando com ela. Foi só um beijo.

Meu pai me olha e olha a minha mãe.

- Querida, eu posso falar com o Lamar sozinho? - Meu pai pergunta a ela.

Minha mãe olha para ele indignada, mas sai pisando firme e batendo a porta.

- Vamos convenser de homem para homem. - Meu pai levanta virando a cadeira ao contrário e sentando outra vez. - Vocês estão ficando?

- Não pai. - Digo. - Foi a primeira vez.

- E o que ela fazia aqui aquela hora da noite?

- Heyoon brigou com o pai dela. E ela não tinha para onde ir, eu disse que ela podia passar a noite aqui. Foi só isso. - Eu já estou ficando impaciente.

- E desde quando vocês são tão amigos? Lembro que vocês nem se falavam nas festas da vizinhança. - Meu pai não estava bravo como a minha mãe, ele só parece curioso.

- Faz pouco tempo que começamos a conversar. - Explico. - Ela está me ajudando com uma coisa.

- Que coisa?

- Uma coisa pai, você não precisa se preocupar. Heyoon não é tão perigosa quanto parece.

- Você não gosta dela? - Meu pai me dá um sorriso de lado.

- Já disse que não. - Respondo.

- E por que defende tanto ela? - Ele levanta as sombrancelhas.

- Por que eu não gosto que falem mentiras dos meu amigos. Mas não é porque eu gosto dela. Ela não é o meu tipo.

É até estranho pensar que algum dia, ela e eu possamos ter alguma coisa.

- Filho, se tem uma coisa que eu sei é para o coração não existe isso de tipo. Ele não escolhe que vai amar. - Meu pai levanta. - Só não confunda os seus sentimentos, alguém pode acabar de machucando.

É verdade. Ainda bem que a Heyoon pensa como eu. Não devemos desenvolver sentimentos desnecessários.

- Eu vou te deixar em paz, se sua mãe perguntar diga que eu te dei uma boa bronca. Se não quem vai ficar de castigo sou eu. - Ele da risada.

- Tudo bem pai, boa noite. E obrigado.

Meu pai sai me deixando sozinho.

Vai dá tudo certo, no final, ninguém vai se machucar.

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E bem vindas as novas leitoras ❤️😘

Bjsss.

Crazy Plan. - Heymar CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora