37 - Mistakes

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  Em questão de segundos, uma pessoa foi jogada da escada a baixo do casarão

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Em questão de segundos, uma pessoa foi jogada da escada a baixo do casarão. O corpo relativamente frágil e esbranquiçado rolou pelas escadarias como um saco de batatas, todos os convidados da festa começaram a cochichar ou gritar durante o acontecimento trágico. Os cabelos ruivos denunciavam a identidade do corpo, provavelmente era Alice.

Assim que fora jogada escada a baixo, eu, Max e Andressa nos entreolhamos e procuramos nossos amigos pelo salão, lá estavam Sarah e Anne conversando, o resto não nos fora achado com o olhar, coisa que durou milésimos. Rapidamente, observei uma figura trajando apenas preto, com a típica máscara assustadora no andar de cima.

Max e Andressa correram para acudir o corpo no chão, enquanto isso, fui correndo de maneira ágil escadaria acima, rumo a figura misteriosa. Figura essa que quando notou minha aproximação, começou a correr. Eu o segui, obviamente.

   Ele corria de maneira desesperadora pelo andar de cima do casarão, tentava abrir as portas que levavam aos quartos, portas essas que estavam fechadas, ou seja, suas tentativas foram falhas. Eu estava completamente em desvantagem! Que porra de vestido apertado! Ele correu por um dos corredores, que tinha uma janela no fim, fui atrás dele, mas assim que consegui o alcançar, o vi saindo pela janela rumo uma pequena varanda.

    Fiz o mesmo que ele, saí pela janela e dei de cara com a pequena varanda. Que filho da puta rápido! Não precisei nem piscar e ele já estava subindo uma escada de metal acoplada na parede, que o levava pro telhado plano — sem telhas, apenas uma laje lisa — da residência. Assim que pude, esfreguei as mãos no vestido colado que usava e comecei a subir as escadas logo atrás dele.

   Por mais que eu naturalmente fosse ágil, rápida e fosse acostumada a fazer esportes envolvendo escalada, o vestido justo me atrapalhava, os saltos — por mais que fossem pequenos — também atrapalhavam. Eu definitivamente não estava com a roupa adequada pra aquela situação, me deixava mais lenta. Felizmente não me deixava incapaz.

   Chegando com dificuldade no telhado da casa, acredito que ele não tenha pra onde fugir, a menos que se jogue e morra. Parecia em desespero, caminhou até a beirada do telhado e olhou pra baixo. Eu me aproximei dele, lentamente. Ao notar a mínima aproximação, ele saiu de perto da beirada e do bolso sacou uma faca. A mão dele tremia exageradamente, como uma sinal de nervosismo extremo.

Ele se aproximou ainda mais, dando a entender que me acertaria um soco, mas segurei seu punho rapidamente e chutei forte seu estômago, o que o fez recuar e apontar a faca pra mim. Os convidados da festa tentavam observar o que acontecia no telhado e reagiam aos atos do homem encapuzado. Ele pareceu se distrair com a reação do público, aproveitei o ato pra empurrá-lo no chão.

Quando caiu, fiquei por cima dele e apertei seu pescoço com força, fazendo o mascarado tossir por debaixo do objeto que cobria sua face. Como reação, ele tentou me acertar com a faca, mas devido suas circunstâncias desfavoráveis, foi facilmente impedido por minha outra mão, que tomou a faca para si.

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