[não é sexta ; podia chamar a polícia ; desculpas]
Quinta-feira, 17 Julho de 2013.
Mordo repetidamente a caneta azul notando de que o relógio do computador já marcava as três e meia da manhã, e à devido a curiosidade e falta de respostas condicionaram-me à falta de sono. Mesmo com a luz que faziam os meus olhos lacrimejar por causa do cansaço continuava a insistir em navegar à procura de algo, porém após de pesquisas inocentes matinha com as mesmas dúvidas, o mistério de Ashton parecia ter sido completamente apagado e esquecido, como se nada tivesse acontecido. Quem és tu, Ashton Irwin?
A música relaxante de fundo era a única fonte de atenção que ajudava a permanecer acordada, juntamente com o ressonar de Miriam. Numa ação brusca, abro a gaveta da secretária de madeira escura, procurando entre os inúmeros objetos que colocara em cima do jornal para este não ser encontrado, retirando o mesmo. Volto a reler a notícia, analisando se tinha captado todos os pontos importantes, (e, até mesmo as vírgulas) do texto. Tinha a plena noção o quanto isto era inadmissível, porém apenas tinha a intenção de conhecer o verdadeiro Ashton por detrás de cada faceta. No canto inferior do texto, houve um nome que despertou o interesse e que poderia ajudar no caso; Aaron Cook.
Aponto o nome do jornalista numa folha solta do meu caderno, com as pontas completamente rabiscadas e preenchidas com desenhos imperfeitos, tornando a mordiscar a tampa da caneta vermelha. Sou forçada a baixar o volume da música, numa tentativa de identificar os barulhos provenientes da janela, pelo barulho calculei que fossem apenas as árvores a embaterem devido ao vento, no entanto estes ruídos eram cada vez mais repentinos e constantes. Levanto-me do cadeirão branco, desviando os cortinados de modo a obter uma vista explícita.
– O que é que estás aqui a fazer?! – exclamo indignada, sem esperar a sua visita inesperada. – Não é sexta.
– Ainda bem. – Ashton afirma, com os braços um pouco arranhados por causa dos ramos salientes.
– Ainda bem? – inquiro, cada vez mais intrigada com as suas palavras completamente fora do contexto.
– Quer dizer que tenho a liberdade de fazer isto.
Um arrepio percorre o meu corpo, ao sentir a sua mão gélida sobre a minha bochecha acariciando-a de seguida. Sem evitar um olhar atónito da minha parte por não ter a mínima noção do que ele fazia no meu quarto às altas horas da noite, e porque é que a distância antes imposta por o mesmo agora não aparentava ter qualquer significado. As suas mãos agarram cuidadosamente a minha cintura, puxando-me para mais perto do seu corpo de modo a conseguir sentir o seu coração alterado. Prezava a maneira súbita de como a sua respiração se alterava com o meu toque.
Cruzei os meus olhos claros nos seus esverdeados, causando uma aproximação cada vez menor fazendo com que fechasse de imediato as pálpebras no exato momento em que os nossos lábios se juntaram, e foi como o meu corpo não me obedecesse mais, não conseguia resistia ao encontro que desejava há algum tempo. Uma das suas mãos posou na minha nuca, agarrando no meu cabelo suavemente enquanto a outra continuou firme na minha cintura somente coberta com uma camisola acima do tamanho.
Com os pensamentos completamente esvaziados da minha mente ocupada em desvendar incógnitas, usufruía cada toque, os seus lábios rosados e macios, o cheiro intenso do seu perfume ao mesmo tempo que Ashton me encostava na berma da cama, deitando-me sobre a mesma ficando apenas com um joelho apoiado sobre a cama sem fazer peso sob o meu corpo.
– Podia chamar a polícia. – esboço um sorriso matreiro, recuperando do beijo intenso que não queria impor um fim.
O baterista recompõem-se esboçando um enorme sorriso no seu rosto, porém pelas suas feições alteradas e diferentes das outras sextas-feiras eram notáveis, mesmo que houvesse falta de luz no pequeno espaço.
– Não me parece o que estás a fazer, compensa a visita deste fugitivo. – ele profere, humedecendo os lábios rosados.
Abano a cabeça ao relembrar-me de que continuava com o navegador aberto, e com todas as pesquisas realizadas e o pior da situação, o jornal que julgavam esquecido. Ashton arregala os olhos, expressando um olhar desiludido de seguida, originado uma quebra ao constatar que tudo se tinha destroçado em meros segundos, sem saber o que esperar da sua reação, se iria discutir, rasgar o jornal, ou até mesmo revelar a verdade, elevo o meu corpo num ápice erguendo-me da cama desfeita.
– Descul–
– Não te desculpes. – o loiro pede, ainda cabisbaixo ao mesmo tempo que desviava os cortinados. – Agora sim, tens razões suficientes para chamar a polícia.
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Friday · afi
FanfictionAshton Irwin, conhecido por não revelar os seus mistérios encobridos pela sua faceta irrelevante. Ele mais do que ninguém sabia que nada é certo, e que o jogo muda por completo quando pensamos que temos tudo à nossa frente. Para Riley, as sextas-fei...