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S/n on:

As palavras saíram da minha boca sem eu a menos pensar no que estava dizendo, não era para ser assim. Vi seu rosto empalidecer, e por um momento ponderei o que eu estava fazendo, eu nem o conhecia. E só a ideia de estar grávida de um homem que não sabia nem o nome era grotesca. Ficamos talvez horas, minutos olhando para o nada havia perdido a noção do tempo, mas uma vontade incontrolável de sair correndo se apossava em mim, aquele silêncio era péssimo.

- Você tem certeza? - Sua voz sai abafada e sussurrada como se ele estivesse me contando um segredo. Estendi o papel que carregava no bolso, o que confirmava a minha gravidez. Ele parecia atônito como se não pudesse acreditar ou simplesmente não quisesse.

- Isso só confirma a sua gravidez. Não que dizer que o bebê seja meu. - O olhei surpresa mas não tanto quanto gostaria, no fundo esperava que dissesse aquilo.

- O bebê é seu e no fundo você sabe disso. Mas não quero te dar um golpe fique tranquilo. - Minha voz soava debochada.

- Então me diz quanto quer? - Aquela pergunta de uma certa maneira me insultou. Eu não estava atrás de seu dinheiro, não tinha vindo ali para isso. Aliás por que eu tinha vindo ali? - Não preciso de seu dinheiro, não estou aqui para isso. - Falei calma enquanto ele ria na minha cara.

- Conta outra todas são assim, fingem que não querem nada mas no fundo só querem seu dinheiro. E a culpa não é minha se você engravidou. ( N/A: Querido ela não fez filho sozinha )

- Eu engravidei? VOCÊ ACHA QUE EU QUERIA ISSO? - Toda minha voz calma se foi e agora estava gritando. - EU SÓ TENHO 17 ANOS. ACHA MESMO QUE QUERIA ESTÁ GRAVIDA?- Ele segurou em meus ombros.

- Pare de gritar está chamando muita atenção.

- Que se foda! Que olhem todos.

- Não seja ridícula, seria uma ótima válvula de escape para você ser sustentada pelo príncipe enquanto troca as fraldas de um bebê que poderia nem ser meu.

- É SEU. Nem sabia que você era a porra de um príncipe. Que saber engole seu dinheiro não preciso dele! - Sai de lá quase correndo tentando a todo custo não chorar. Ele era um imbecil, idiota, egocêntrico. Não precisa do seu dinheiro, mas a quem eu tava tentando enganar? Eu precisava sim do seu dinheiro, o meu salário mal pagava as ela é tão doce, compras mensais e a pensão do meu pai só pagava seus remédios e suas fraldas. Ainda tinha Sabina, e tão pequena não poderia admitir vê lá reduzindo suas porções para que eu pudesse comprar as coisas para o bebê.
O bebê, teria que arranjar mais um emprego para sustenta-lo. Mas quem contrataria uma grávida? Eu não poderia admitir vê-lo passando fome, não isso eu não iria suporta ver Sabina e meu bebê passando fome por minha causa, era demais para mim, não posso criar esse bebê. Talvez eu tenha falado com ele numa atitude desesperada de proteger minha família e esse pequeno ser que carrego no ventre.

Não poderia suportar a ideia de vê-lo trabalhando aos catorze anos, para alimentar sua familia. Não poderia coloca-lo no mundo para sofrer.

Mas também não poderia mata-lo, isso não, era o meu bebê. Que tipo de pessoa eu seria se fizesse isso? Por um momento o lugar de onde nos estávamos até o salão pareceu uma maratona, as lágrimas caiam sem parar pelo meu rosto, ele era minha última esperança encontrar o pai desse bebê era. minha única esperança. Agora não sabia mais o que faria com ele, não conseguia parar de chorar e por um momento me senti tonta, não queria me levantar dali, só desejava acordar daquele pesadelo, logo depois não ouvi mais nada.

𝓣𝓸 𝓫𝓮 𝓬𝓸𝓷𝓽𝓲𝓷𝓾𝓮𝓭...

𝐆𝐃𝐔𝐏 | 𝗚𝗥𝗔𝗩𝗜𝗗𝗔 𝗗𝗘 𝗨𝗠 𝗣𝗥𝗜𝗡𝗖𝗜𝗣𝗘 ᵇᵉᵃᵘˢⁿOnde histórias criam vida. Descubra agora