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Seguimos o caminho em silêncio, Josh só me dirigiu a palavra para perguntar o endereço correto.

Achei melhor assim já que estava tremendamente nervosa com essa visita, rezava para que minha mãe não fizesse caso é deixasse ver meus pais e meus irmãos.

Percebi que Joalin tinha razão, morávamos onde "Judas perdeu as botas" afastados de tudo, estávamos a trinta minutos na estrada e só conseguia avistar árvores e mais árvores, a pessoa que morava naquela casa claramente queria se isolar. Só não conseguia entender porque fomos para lá.

Depois de exatamente duas horas avistei o jardim da minha mãe que contrariando a estação estava seco e sem vida, assim como as coisas lá em casa que aos poucos iam perdendo a cor. Descemos do carro e senti Josh agarrar minhas mãos trêmulas, tentei sorri mas acho que saiu mais como uma careta.

— Você está bem? —— Seu polegar passeava em minha mão com movimentos circulares, senti meu coração se aquecer e uma sensação de proteção me atingir.

Está com Josh é como está em alto mar, uma onda te atingi e por um momento você acredita plenamente que vai se afogar mas do nada vem uma bóia onde você se apóia e se senti segura mas depois o mar se agita novamente. É naquele momento eu me sentia protegida a minha "bóia" me sustentava pela mão e me fazia acreditar que tudo ficaria bem.

— Sim, só não solte a minha mão. ——  Ele sorriu e as apertou mais forte como uma promessa.

A medida que caminhávamos sentia meu coração acelerar e minhas mãos soarem. Quando chegamos próximos vi Sabina e Lamar brincando no quintal um sorriso iluminou meu rosto quando a vi ali tão linda, seus cabelos presos em uma trança estavam tão belos brilhando a luz do sol, seu vestido azul cabia perfeitamente em seu corpo a deixando ainda mais linda, minha vontade era correr e enche-la de beijos mas não houve necessidade já que no instante seguinte ela correu ao meu encontro me dando um abraço tão apertado que nos fez cair no chão.

— S/a. É você mesmo? —— Ela tocava em meu rosto como se não acreditasse no que via, seus olhos caiam lágrimas e um sorriso iluminava seu rosto.

— Sim, meu amor, sou eu. —— Seu sorriso aumentou e as lágrimas aumentaram.

— Eu senti tanto sua falta, mamãe disse que você não voltaria mas, eu pedi ao Papai do céu e ele trouxe você de volta S/a ele atendeu o meu pedido —— Uma raiva se apossou de mim mas tentel esconde-la com um sorriso, ela não poderia ter dito isso a Sabina, ela era só uma criança.

— Tenho certeza que atendeu meu amor. —— Toquei em seu rosto, e ela sorriu. — Senti tanto sua falta meu amor. Muito —— A beijei — Muito e muito. —— A enchi de beijos.

— Pala Sn. —— Sorri e continuei a beijando.

— O que faz aqui? —— A voz rígida me atingiu em cheio me fazendo levantar e pegar Sabina em meu colo, meu coração ficando acelerado, senti Josh se aproximar e tocar minhas mãos novamente.

— Eu vim ver vocês, eu já soube mãe, —— Tentei me aproximar mas ela recusou um passo.

— Lamar leve Sabina daqui. —— Sabi se agarrou em meu pescoço a medida que Lamar se aproximava.

— Não mãe! Eu quero ficar com a S/a. —— Senti suas lágrimas molharem meus ombros.

— Deixe Sabina fora disso. —— Minha mãe me fuzilou com o olhar e senti Saby ser arrancada de meus braços, a sensação de vazio me causou uma dor insuportável. Sabina gritava enquanto Lamar tentava acalma-la e leva-la para dentro. Sentias lágrimas caírem sem parar a medida que seus gritos se tornavam mais distantes. -
— Saia daqui!

𝐆𝐃𝐔𝐏 | 𝗚𝗥𝗔𝗩𝗜𝗗𝗔 𝗗𝗘 𝗨𝗠 𝗣𝗥𝗜𝗡𝗖𝗜𝗣𝗘 ᵇᵉᵃᵘˢⁿOnde histórias criam vida. Descubra agora