Capítulo XV

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Timothy Omundson como Robert Cowell

Boa leitura, e bem vindos ao fim! <3

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Boa leitura, e bem vindos ao fim! <3

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Qual é a ideia de morte para as pessoas? Será que é simplesmente fechar os olhos e deixar a vida se esvair como desejar? Talvez possa ser algo infinitamente melancólico.

Minha ideia de morte era uma mistura dos dois. Eu sempre quis ter tudo ao meu controle, e tudo minimamente planejado. Depois dos assassinatos na floresta, minha vida virou de cabeça para baixo e talvez eu tenha perdido vários dos meus ideais.

No fim, eu só queria ser feliz acompanhada de um pouco de clichê. Queria ter uma vida normal, como qualquer pessoa. Eu gostaria de terminar minha faculdade de jornalismo, arranjar um bom emprego no ramo, conhecer o amor da minha vida, realizar todos os meus sonhos, formar uma família e uma história bonita. Quando chegasse a hora de partir, eu queria que eu já tivesse vivido tudo que sempre desejei, que eu tivesse tido uma vida memorável e que a minha marca ficasse viva, independente de eu estar ou não. No último instante, eu me imaginava em uma cadeira de balanço, de cabelos brancos, olhando o pôr do sol na minha varanda, e finalmente me entregando ao meu destino: a morte.

Depois, tudo acabaria. Antes do último suspiro, eu saberia que minha missão havia sido cumprida. Eu saberia que tinha sido feliz e que não havia desperdiçado um segundo que fosse.

O que eu nunca imaginei, era morrer em um porão de uma casa abandonada, em uma aldeia perdida e esquecida no meio da floresta, e com um assassino escolhendo qual faca iria usar para me torturar.

O destino é um otário!

Após perder Peter de vista, e o Sr. Cowell fazer todo seu discurso assustador, ele me trouxe para sua sala particular de tortura, me prendeu com as algemas na cadeira, e por fim, só ficou calado. Ocasionalmente, ele tirava os olhos de seus instrumentos afiados e mortais, e olhava para mim, com um olhar curioso e um pouco desacreditado.

Nem sei o motivo de ainda fazer piadas sendo que estou prestes a morrer. Mamãe ficará sem mim, e Peter perderá sua melhor amiga que no caso sou eu. Sem falar em Forest Village que perderá uma futura jornalista promissora.

Estou nervosa demais para parar de fazer piadas com a minha morte certa. A vida é realmente muito injusta.

Talvez eu consiga uma passagem para cima, pelo menos. Não fui tão ruim a ponto de ir para o lugar quente e fervoroso. Inclusive, eu tive uma vida curta demais para ter a oportunidade de pecar além da conta. É só esquecer quando zombei por dias de Peter na vez que a tia Julie resolveu obrigá-lo a se fantasiar como os bananas de pijamas e ainda fez ele pintar o rosto de amarelo no Halloween.

Eu não quero morrer, não assim. Não quero deixar Peter. Quem brigará com ele quando ele fizer coisas erradas? E mamãe, o que será dela sem a minha companhia grudenta sempre que ela está em casa? Eu não posso deixá-los.

Mistério em Forest VillageOnde histórias criam vida. Descubra agora