Antiques.

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     Park Jimin

Me encontrava cansado em minha casa após pegar muitas coisas velhas que possuía para jogá-las no lixo para reciclagem. Não era possível que eu possuía tantas coisas inúteis assim, meu Deus! Foram-se mais de duas horas apenas separando tudo em caixas de papelão, eu estava morrendo de cansaço. Apenas queria sentar em meu sofá e assistir alguma coisa. Uma série, um filme ou até mesmo qualquer programa de TV que estivesse disponível. Mas, antes, precisaria tomar banho, pois, do que adiantava me deitar totalmente sujo em meu móvel limpo? Era serviço jogado fora. Estava tentando evitar o máximo de serviço pesado, não queria deixar nada em estado ruim, pois teria que voltar para limpar qualquer dia e, só de pensar nisso, minha cabeça doía. É impressionante como acumulamos coisas velhas com o tempo, pelo menos foi isso que aconteceu comigo. Logo eu, que nunca gostei de bugigangas. Preciso me livrar destes mal costumes, pois continuo não gostando. Me lembra um aspecto ultrapassado, o qual não quero trazer para a minha casa, de forma alguma. Eu e ela não temos relação alguma com este estilo, além de ser brega.

Não julgo quem goste, mas eu simplesmente não consigo me ver com utensílios que parecem do século passado, me arrepia só de pensar. Me sinto uma pessoa muito "nojenta" dizendo isso, mas não consigo ter outra opinião além dessa, é impossível para mim. A casa de meus bisavós possui relíquias e aquelas coisas estão cheias de teias, literalmente. Eu rio somente de lembrar, porque parece que ninguém as tira do lugar há anos e, realmente, acho que ninguém faz isso mesmo. Se eu peço para limpar, eles não me deixam fazer. Dizem que "uma relíquia não deve ser tocada". Ah, claro, mas essa afirmação só se é usada quando a coisa citada está em um museu, não em uma comum casa. Mas acabo desistindo de limpar, porque penso na demora para tirar toda aquela sujeira. Prefiro que deixem ali mesmo, pois, se tirarem, deve haver algum perigo de se esfarelar de tão velho.

Brincadeiras a parte, eu realmente não entendo o porquê de guardarem coisas assim em suas casas. Se fosse alguma coisa realmente valiosa, talvez eu até pudesse ficar quieto, mas são coisas banais, como talheres feitos antigamente. Talvez até tenha algum valor sentimental, mas mesmo assim, é estranho ver alguém guardando essas coisas. Não gostaria nem um pouco de morar em épocas antigas, sinto que não é para mim. Também espero que minha alma gêmea também não goste de coisas velhas ou eu o jogarei no lixo junto com suas tralhas. Estou apenas brincando, mas eu realmente espero que, quando eu encontrar a pessoa certa para a minha vida, ela tenha o mesmo gosto que eu. Dizem que devemos aceitar as diferenças e que os opostos se atraem, mas não quero que comigo o caso seja esse. Talvez ocorram até brigas por conta de coisas antigas em nossa casa.

Nunca parei para pensar nisso, mas talvez seja por isso que não tenho uma pessoa ao meu lado até hoje. Não sei se devo rir disso também ou apenas ficar triste. Sou uma pessoa muito difícil dese lidar, até as pessoas ao meu redor dizem isso. Já me disseram que precisam de muita paciência para aguentar meus chiliques e que sou muito chato quando o assunto é gosto. Não concordo, porque... Esse é o meu jeito, e também porque eu nunca discordaria de mim mesmo, porque estou sempre certo. Estou brincando novamente. Mas eu concordo, eu sempre sou muito implicante com as coisas, queria mudar nisto. Não sei como e nem quando, mas espero que em breve. Acho que, se o amor bater na porta de meu coração, eu aprenderei a ser menos egoísta e narcisista. Até eu percebo que exagero em certas brincadeiras. Finjo que não ligo para as pessoas apenas para enganar a mim mesmo, mas eu ligo, sim, e muito. Somente eu sei o quanto eu me importo com certas opiniões as vezes.

Não deveria fazer isso, porque elas me trazem para baixo, na maioria das vezes. Mas é inevitável. Quando me dizem que não gostaram de algo que fiz, eu fico com aquelas falas em minha cabeça, quando, na verdade eu só deveria dizer que não estou nem aí e que irei continuar a fazer do mesmo jeito, pois é o único que sei. Mas eu sempre ligo demais, e tento me mudar para os outros, isso é um problema dos grandes e que só se resolveria com algum tempo tirado apenas para terapia. Preciso de férias, de mim mesmo. Talvez seja isso, mas é impossível fugir de si mesmo, infelizmente. Eu estaria bem longe de mim, se fosse possível, neste exato momento. Talvez eu tenha a cabeça muito fechada para entender as pessoas ao meu redor, ou talvez seja ao contrário? Eu realmente nunca irei saber, de verdade, a não ser que eu tenha uma bola de cristal. Ser eu não é fácil, quero trocar, urgentemente.

Mas há também as partes boas: eu tenho uma família muito boa e saudável, a qual sempre cuidou de mim e sempre esteve presente, coisas que devem ter sido raras até nos tempos antigos e é muito até hoje. Nossos laços são extremamente saudáveis, apesar de algumas discussões, mas isto é uma coisa normalmente normal. Já estou acostumado a discordar deles em algum momento, afinal, ninguém é tão perfeito assim também, somente nos livros e histórias criadas por aí. Mas não tenho nada de muito grave a reclamar de minha família, eles são realmente excelentes quando o assunto é educar/dar amor. Tive uma educação dos deuses, graças à mamãe, que sempre prezou muito o jeito como eu deveria me dirigir às outras pessoas desde cedo, de uma maneira não problemática. Apesar de eu ter certos desvios e falar algumas besteiras na maior parte do tempo, consigo utilizar o que ela me ensinou até os atuais dias. Sou extremamente extrovertido e bastante sociável, até. Isso me ajuda muito na parte de amizades. Tem algumas coisas que ainda preciso aprender, mas isso somente ele poderá me ajudar: o tempo, juntamente com a experiência. Eles são quem nos movem a cada dia.

929; jjk+pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora