Jeon JungkookAcabei por passar em um restaurante conhecido de nossa cidade. Ele é muito elogiado por todos por sua excelente comida, muito bem servida e atendentes muito simpáticos. A ideia era que você se sentisse tão confortável a ponto de sentir como se estivesse em casa (Por isso o seu nome era The House). Era muito fácil de se passar horas ali, conversando. Ainda mais se você marcar um encontro, as conversas parecem durar ainda mais aqui dentro. A cada momento um dos garçons lhe oferece algo para lhe fazer comprar e ficar mais. Obviamente, eu não recuso. Sou uma pessoa extremamente viciada em comida, então como muito durante o dia, ainda mais quando me oferecem. Não me importava em gastar o dinheiro, afinal, estava me alimentando. Era o mais caro da cidade, porém eu adorava. Desde quando era uma criança, sempre frequentei o lugar. Meus tios me trouxeram uma vez... Era tão diferente do que é hoje, mas o lugar ainda tem a mesma essência de anos atrás.
Um lustre cristalizado dependurado no meio do lugar e as paredes de madeira escura eram as coisas que mais chamavam a atenção. Era um lugar gigantesco, que poderia contar com mais de cento e cinquenta pessoas. Nem todos os dias está completamente cheio, mas, se formos contar o movimento de "entra e sai" que acontece por aqui o dia todo, em diferentes horários, pode-se dizer que cerca de cento e oitenta pessoas vem aqui, diariamente. Pessoas de outros distritos também vinham para cá, somente por conta dos comentários positivos que as pessoas levam e trazem. É quase como um ponto turístico, um cartão postal, eu diria. Eu sou uma dessas pessoas que vêm aqui quase todos os dias, até já se acostumaram a me ver por estas bandas.
— Bom dia, Sr. Jungkook! — Um dos garçons me reconhece, vindo para fazer o atendimento. — O que desejará hoje? Uma coisa mais casual e diferente, ou o mesmo de sempre? Estamos a seu dispor!
— Bom dia! Bom, irei querer o mesmo de sempre, mesmo. Não quero algo muito pesado, então eu irei passar as coisas diferentes desta vez. — Mexo em meus cabelos, tirando um fio que estava querendo cair em meus olhos.
Ele anota em seu bloquinho e sai, indo avisar as pessoas da cozinha sobre o que pedi. O pedido que eu fazia sempre era uma salada de frutas diversas, acompanhada com um suco de frutas vermelhas. Eu evitava comer coisas pesadas, como carne, no almoço ou em qualquer horário. Se eu comesse coisas do tipo, passaria mal. Provavelmente eu já acostumei meu organismo a comer coisas mais leves há muito tempo. Não estou sujeito a ter muita fome nas refeições principais, porém como muitas coisas durante o resto do dia. Sempre estou passando em alguma loja para comprar algo para comer à tarde. Alguma coisa que contenha açúcar, apenas para me manter em pé. Sou muito estranho, disto eu sei. Mas fui acostumado assim e não consigo mais mudar. Após esperar um pouco mais, o mesmo garçom volta com meu pedido em suas mãos e com um sorriso em seu rosto, colocando o prato branco com o que pedi na minha frente. Eu pagaria a conta após comer, então peguei os talheres que me foram entregues e comecei a colocar aquela salada em minha boca, apreciando cada detalhe.
Solto um suspiro fundo. Estava ótima, como sempre. Continuei a mastigar de forma lenta, mexendo bem os meus músculos articuladores. Tudo estava perfeito, até ouvir algo, vindo de perto de mim. Misterioso, porém muito estranho também.
— Jungkookie! — Ouço um grito de felicidade vindo de uma voz suave. Franzo o cenho e me viro para saber quem estava me chamando. Não havia ninguém. Que estranho... Será que estou alucinando, já?
Podia jurar que tinha alguém me chamando, parecia tão real. Mas não sei quem poderia ser. Essa pessoa usou um apelido para me chamar, pelo visto. Eu nunca fui chamado disto... Jungkookie? Fofo, porém não sei de onde minha mente tirou isto. Talvez seja apenas um devaneio, para me distrair, já que estou somente prestando atenção nesta salada. Mas também soou muito estranho, pois eu não estava pensando em ninguém, não agora. Não tinha como a minha mente projetar esse som sem eu ter percebido. Talvez seja alguma pessoa que me conhecesse, que provavelmente tenha passado rápido pela porta e meus olhos não foram rápidos o suficiente para vê-la. Mas estava muito mais perto do que isto. Olhei para os lados, para ver todos que estavam aqui. Não conhecia nenhuma destas pessoas, era impossível elas me conheceram de volta também, não fazia sentido. E, se alguma delas me conhecesse, por que me chamaria de longe? Tenho que esquecer isso, não quero ficar paranóico. Deve ter sido somente um engano de minha mente, apesar de ter sido estranhamente específico.
Acabo de comer a minha salada, deixando apenas o prato vazio. Suspiro forte, levantando as mãos para o alto, para finalmente pedir a conta. Não precisava de mais nada além disso, estava satisfeito, por enquanto.
— A conta, por obséquio! — Chamo o garçom e ele se move rapidamente, calculando o valor.
Ele então diz o valor que foi gasto e eu abro a minha carteira feita de couro, colocando meus dedos dentro da mesma e tirando o dinheiro necessário, que logo foi parar na mão do simpático atendente, que respondeu ao meu gesto com um sorriso. O valor era exato, então não havia troco. Me levantei, arrumando a minha roupa para que ela não ficasse abarrotada, batendo as minhas mãos na parte de meu colo, tentando tirar toda a possível sujeira que possa ter caído. Para a felicidade do garçom, deixei uma média gorjeta em cima de minha mesa, que o fez feliz.
— Tenha um bom dia/tarde de trabalho! — O desejo boas coisas, saindo do estabelecimento.
Finalmente piso fora daquele lugar. Ainda não conseguia parar de pensar no que escutei. Era tão... Não sei. Já deveria ter esquecido isso, mas ainda está em minha cabeça. Pelo visto, não irá sair tão cedo. Tenho que me distrair com algo, antes que eu vá atrás de saber o que está por trás disso. Se acalme e pare de ser louco, Jeon! Não é nada. Pelo menos espero que não seja.
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929; jjk+pjm
FanficO ano era 1901 e Jeon Jungkook estava com os seus nervos a flor da pele. Estava apto a receber pretendentes, quaisquer que fossem eles. Mesmo sendo criado em uma época completamente sombria, a qual nunca apoiaria a homossexualidade, não via problema...