Capítulo 4

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Após minha conversa com Cinco, eu dormi rapidamente. Ouvi meu despertador tocar, e pela primeira vez em muito tempo, acordei no primeiro toque, animada pelo dia que viria pela frente.
Tomei um banho, coloquei uma roupa simples e prendi o cabelo em um rabo de cavalo. Seria mais fácil se eu os mantivesse presos. Desci para a cozinha e encontrei Diego, me entregando uma xícara de café, com um sorrisinho no rosto.

-Bom dia, Vic.

-Bom dia - falei, retribuindo o sorriso e pegando a xícara de sua mão. Enconstei no balcão e avistei Cinco entrando no cômodo, segurando algo em sua mão.

-Ah, você já está acordada. Ótimo. - disse. - sairemos daqui 10 minutos.

-Bom dia pra você também. - respondi, revirando os olhos.

-Não tenho tempo para bom dia, querida, precisamos nos apressar.

-Onde vocês vão? - perguntou Diego, alternando o olhar entre mim e o moreno à minha frente. Olhei para Cinco esperando que ele dissesse alguma coisa, já que não sabia se devia dizer a verdade.

-Vou pegar sua namoradinha emprestada por um tempo - respondeu, tomando um gole de café - ugh, quem eu preciso matar por uma xícara decente de café?

-Ela não é minha namoradinha. - retrucou Diego, dando ênfase no "namoradinha" - ela já namora um babaca da escola dela.

-Eu já te disse que ele não é babaca.

-Por acaso ele te ligou alguma vez desde ontem a tarde?

-Não... - hesitei - mas aposto que ele tem um ótimo motivo para isso.

-Olha, nós não temos tempo pra isso, ta bom? - interrompeu Cinco - vamos Victória.

Dei um rápido abraço em Diego e segui Cinco para fora da casa. Qualquer que fossem os planos dele, foram interrompidos por uma rápida passada em uma cafeteria próxima. Após nos sentarmos em uma mesa próxima à janela, perguntei:

-Então, o que planeja fazer hoje?

-Pretendo encontrar o dono disso - respondeu, mostrando-me o que parecia ser um olho de vidro.

-Da onde veio isso? - eu definitivamente teria que ligar para um hospício mais tarde.

-Encontrei quando estava preso no apocalipse. Luther estava segurando e acho que a pessoa a quem pertenceu isso, pode ser a causa do apocalipse.

-Bom começo.

POV Narrador

Durante três dias, Cinco e Victória continuaram na busca por pistas de como impedir o apocalipse. O olho de vidro não os levou à nada. A única coisa que conseguiram, foram dois assassinos da Comissão em sua cola.
Diego se sentia mais e mais distante de Victória, e no fundo, sentia até um pouco de ciúmes por ela e Cinco estarem tão próximos. Achava que estava sendo egoísta por sentir assim, até porque ela tinha namorado e eles eram como irmãos. Se convenceu de que era apenas preocupação, mas não conseguia evitar o sentimento.
Tom também não estava muito feliz. Havia três dias que não conversava direito com a namorada, que sempre dava a desculpa de estar muito ocupada para dar a devida atenção a ele, até que um dia, teve uma ideia para chamar a atenção dela.

POV Victória
O dia que não aconteceu

08:00 da manhã, acordo com algumas mensagens de Tom apitando no meu celular.

T: Amor?
T: Quero ver você.
T: Vai ter uma festinha na fraternidade hoje, será se você pode vir?

Pensei por um tempo. Cinco desapareceu ontem e provavelmente não estará aqui hoje, então não vai precisar da minha ajuda. Acho que não vai fazer mal me divertir um pouco.

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