"Porque nós podemos ficar em casa e assistir o Sol se pôr
Mas não posso evitar perguntar: Você já está entediado?
E se você está se sentindo sozinho, você deveria me dizer
Antes que isso termine como apenas mais uma memória"
-Are You Bored Yet?Já tinha passado das 23:00 quando a cafeteria se esvaziou por completo, e as únicas pessoas que restavam eram eu e a atendente simpática, que provavelmente estava nos fundos do estabelecimento.
Estava decidindo se devia voltar para casa andando, o que renderia uns bons 30 minutos de caminhada, ou se deveria ligar para Cinco me buscar. A primeira opção envolvia menos conversa e perguntas, mas também era mais perigosa e envolvia mais água, já que a garoa havia se intensificado. Decidi esperar mais alguns minutos para decidir o que fazer. Não estava com pressa, no fim das contas.Meus planos foram frustados quando escutei o sino da porta de entrada tocar, indicando que mais uma pessoa havia entrado no estabelecimento. Levantei a cabeça para tentar identificar o indivíduo, mas abaixei de novo imediatamente quando percebi quem era. Cinco. O que ele estava fazendo aqui? Estava sentada em uma mesa mais isolada, por isso, ele não percebeu minha presença de imediato. Observei o garoto sentar em um dos bancos do balcão e tocar o sino, para chamar a garçonete. Olhou ao redor e senti seu olhar focado em mim, provavelmente se perguntando se eu era realmente quem ele pensava que era. Depois de alguns segundos, deve ter se convencido de que seu instinto estava certo, e simplesmente começou a andar em minha direção. Droga. Já estava começando a considerar a ideia de voltar andando para casa, mas pelo menos eu teria uma carona de qualquer jeito.
O garoto se sentou ao meu lado e tamborilou os dedos na mesa, provavelmente tentando chamar minha atenção. Levantei a cabeça devagar e afundei no banco, sem a menor vontade de dar explicações sobre o porquê de eu estar naquele lugar.-O que está fazendo aqui? - perguntei.
-Eu que te pergunto. Achei que tivesse te deixado na casa do seu namorado, não sabia que viria para cá logo em seguida. - respondeu cruzando os braços.
-Ex namorado. - frisei revirando os olhos.
-O que aconteceu? Ele te deu um pé na bunda? - perguntou com um sorriso debochado.
-Digamos que as coisas saíram um pouco do controle. - respondi, observando a garçonete apoiar o pedido de Cinco em nossa mesa e ele agradecer com um sorriso.
-Agora eu fiquei curioso. - Disse encostando no banco.
-Que pena. Pode me levar para casa agora? Foi uma noite longa e eu só quero ficar sozinha. - respondi.
-Ah não, eu não estou com pressa. Na verdade, eu estou muito interessado para saber o que aconteceu, então pode ir contando. - Soltei um suspiro cansado.
-Se eu contar você me deixa em paz? - Ele concordou com a cabeça. - Tudo bem.
Contei toda a história, desde a aposta, até as tentativas do garoto de me dopar para cumprir sua parte do acordo. Não deixei de fora nenhum detalhe. Não tinha por quê fazer isso, de qualquer jeito. Cinco ouvia tudo atentamente, e no final, fez uma careta de desgosto, misturada com incredulidade.
-A audácia desse desgraçado! - murmurou. - No final das contas, Diego estava certo sobre ele. - Concordei com a cabeça. - E eu não acredito que você deixou tudo isso barato!
-Ah, eu não deixei. - Cinco fez uma cara confusa. - Deixei de presente um braço quebrado e o quarto revirado. Eu não sou tão idiota a ponto de deixar um qualquer fazer isso comigo e não me vingar.
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Rising Umbrella
FanfictionVictória Bell é uma das crianças nascidas misteriosamente no dia 01 de outubro de 1989. Diferentemente das outras sete crianças, ela foi adotada em termos diferentes, tendo o direito de continuar com a mãe biológica, entre os treinos com os outros...