capitulo 12

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Luiza:

- Precisa de mim?- pergunto o encarando.

Ele me olha por um momento e em seguida dá uma tosse seca.

- Sim, quem mais poderia trabalhar comigo e ter a sua eficiência?- ele diz me fazendo outra pergunta.

Por um momento, eu achei que ele diria outra coisa.

Quando penso em me afastar um pouco percebo que meus braços estão ao redor do dele.

- Me desculpa.- digo ao retirar o braço.

- Tudo bem, se precisar meus bracos vão estar aqui.- ele diz e eu rio.

Leonardo começa a passar as maos no cabelo e ficar inquieto com os minutos que se passa.

- Esta tudo bem?- pergunto para ele que para e me olha por um momento.

- Odeio ficar preso em elevadores.- ele diz e se senta novamente no chão.

- Quantas vezes ja ficou preso em um?- pergunto me sentando ao seu lado.

- Essa é a primeira vez.- ele diz e ambos rimos.

- uma péssima experiência para sua primeira vez.- digo para ele.

- bota péssima nisso. Quanto tempo acha que vamos ficar aqui?- ele me pergunta.

- Talvez ate alguem sentir a falta do senhor.- digo para ele.

- E a sua.- ele diz e me escapa uma risada de escarnio.

- Não vai acontecer tão cedo.- falo fitando a parede de metal.

- Por que sua família e amigos vai achar que esta no trabalho?- ele me pergunta.

- Por que eu não tenho muitos amigos e por que eu posso ficar meses sem ver minha familia e ninguém vai se importar.- falo suspirando.- ninguém vai dar por minha falta.

- Eu sentiria.- ele diz me olhando nos olhos.

Eu o olho por um momento tentando entender oque ele quer dizer, mas não acho palavras para lhe responder.

Uma hora depois suor desse por minha testa e eu começo a perceber o quão abafado esta ficando ali dentro.

- Esta quente.- digo me abanando com as mãos.

Ele me olha por um momento e ergue a sobrancelha, até que ele começa a se sentir sufocado e tira o blazer.

- Droga.- ele reclama ao tentar tirar a gravata que aperta seu pescoço.

- Me deixe ajudar.- digo ao me aproximar dele e segurar em sua gravata.

Procuro um modo de enxergar o suficiente os laços da gravata. Mas antes que eu desfaça o nó, o elevador despenca mais alguns andares e eu me vejo agarrando a gravata para que eu não caia.

Os braços dele rodeiam minha cintura enquanto com a outra mao ele segura a barra de apoio.

Assim que o elevador para novamente, eu coloco minha testa em seu ombro e respiro fundo.

- Esta tudo bem.- ele diz ao tentar me acalmar e me puxa mais para sí.- Luiza, você devia soltar a gravata não me sufocar mais com ela.- ele diz rindo.

Assim que me toco, percebo que apertei ainda mais a gravata em vez de afrouxa-la.

- Me desculpa.- digo e começo a afrouxar sua gravata.

Meus dedos tremem por causa do susto. Sinto um aperto em minha cintura e eu olho para cima encontrando os olhos do sr. Moore me olhando.

- fique tranquila, eu estou aqui. Certo?- ele diz me acalmando.

- certo.

Término de tirar sua gravata e entrego a ele.
Lentamente sua mão sai da minha cintura e eu me Afasto um pouco.

Sr. Moore começa a abrir os primeiro botões de sua camisa e eu viro o rosto.

Isso aqui esta ficando muito abafado.

- Por que não tentamos abrir a porta? - pergunto para ele.- se tivermos sorte vamos estar parado em algum andar.

- Tem razão.- ele diz e é assim que começamos as tentativas de abrir a porta.

Comeco a sentir meus pés doerem por causa do salto quando finalmente abrimos a porta do elevador.

Vemos que tem uma outra porta na nossa frente, não esta alinhada diretamente com o elevador mas se a abrirmos, podemos sair tranquilamente.

Assim que a abrimos, com cuidado sr. Moore me ajuda a sair do elevador e vem logo atrás.

- Sabe em que andar estamos?- ele pergunta olhando para os lados.

Ja é fim de tarde e a pouca luz que nos resta esta indo embora.

- Se não me engano aqui é o departamento de relações, estamos no 10° andar.- digo e vamos em direção a escada.

Descer dez andares seria ótimo se meus pés não doessem. Quando já estamos no 7° andar mal consigo andar

- você esta bem?- ele me pergunta assim que eu sento nas escadas e retiro os saltos.

- estou, é só o salto.- digo para ele.

- Vem eu te levo.

Secretariamente AmadaOnde histórias criam vida. Descubra agora