Capítulo 17 - Boatos de matrimônio!

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Já era 05 de maio do ano 1619, o equinócio de primavera no Japão. E naquele exato momento, os céus estavam limpos de nuvens deixando o sol banhar a cidade de Koka e suas vilas... Uma moça de cabelos longos de coloração castanho com fios dourados e olhos de azeitona, esguia e alta, adentrou o grande casarão de madeira com pura alegria. Suas roupas de tons musgo e bege se contorciam num misto animado, ao ir de encontro a uma mulher de corpo e rosto arredondado num abraço.

–Yoyo... –Chamou carinhosamente ao matar a saudade em seu colo.

–Oh, não acredito que é minha pequena Sayuri! –Retribuía um abraço forte. –Como cresceu!

–Sim, sim! –Sayuri estava tão radiante ao voltar para casa.

–Esta tão corada, mas continua tão magra! –Entristeceu-se Yoko ao coloca-la no chão.

–Yoko, fui muito bem recebida pela Hana, à empregada do vovô! Comi cada comida como um cavalo! –A mesma murchou. –Mas tem algo que senti bastante falta foi sua comida, Yoyo!

–Vou correndo fazer meus famosos doces só para você! –A mulher sorriu de orelha em orelha.

–Yoko, onde esta minha esposa? –Akira chegou colocando parte das malas no chão seguido do seu outro empregado. –Isao, por favor deixe aqui o resto das malas!

–Certo, senhor Nomura!

–Meu senhor, ela está no quarto com minha irmã Yasu! –Fez uma reverencia.

–Então vou lá primeiro! –Sayuri saiu correndo e Akira riu negando com a cabeça aquilo.

–Meu senhor! –Tsunade apareceu.

–Leve as malas de Sayuri para o quarto e por ultimo as minhas! Depois descanse!

–Sim senhor! –Fez igual sua irmã, abaixou a cabeça respeitosamente. Akira deixou ambas e seguiu pelo o corredor, achou correto naquele momento deixar sua filha matar a saudade da mãe.

–... –A moça chegou à porta do quarto de sua mãe. Parou. Curvou-se e abriu devagar. Espreitou e encontrou a mesma de frente ao seu móvel de maquiagem e objetos com Yasu terminando seu cabelo. –Mamãe? –Abriu de vez à porta, Yasu parou ao tomar um susto e virando juntamente com Madoka.

–Meu lírio! –Soltou surpresa e chorosa. Sayuri correu para seus braços maternos. –Como sua mãe sentiu sua falta! Nossa como está alta e linda!

–Eu também mamãe! Obrigada! –Apertou-a forte sentindo aquele aconchego.

–... –Yasu que era séria colocou a mão na boca ao se afastar, estava meio chorosa pela a volta dela.

–Como você cresceu! Já é uma mocinha! –Enfatizou novamente espantada com sua aparência. Sua mãe parou e pensou ao se afastar. –Uma mocinha... Alguém te auxiliou sobre...?

–Já mamãe! Fica despreocupada, pois a Hana me ensinou tudo o que devia saber!

–Mas então, ficou com medo?

–Não! –Ela riu. –Pensei que estava machucada quando acordei de manha!

–Menos mal! –Madoka riu. Contudo, ficou meio triste. –Queria ter ficado contigo! Ter te ajudado nesse momento!

–Ah mamãe! –Sayuri pegou em seu rosto com carinho. –Vai ter todo o tempo do mundo comigo agora!

–Você mudou tão rápido! Está tão corada e linda! –A mulher ficou chorosa. –Logo vai esta casando e seguindo sua vida!

–Vou sim, minha mãe! Mas acho que nunca vou querer ficar longe da senhora! –Abraçou sua cintura. –Senti falta do seu colo! E também de você minha querida Yasu! –Sorriu ao vira sua face para a mulher ali presente.

KATSUO - O Lírio Branco Ato 1Onde histórias criam vida. Descubra agora