eight.

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— Se vomitar no meu carro, você vai ter que pagar a limpeza — Theo avisou, quando olhou rapidamente para o banco de trás da caminhonete onde Liam estava deitado, resmungando de dor de barriga.

Liam ia resmungar uma resposta mas foi interrompido com Theo estacionando o carro. Eles tinham chegado na casa de Liam.

O loiro se levantou com dificuldade e sentou no banco. Ainda estava imóvel ali quando Theo saiu da caminhonete e foi até a porta do lado de Liam, a abrindo.

— Vamos — Theo disse, impaciente, com um gesto com a mão que indicava para o outro sair.

— Não consigo me mexer.

O mais velho levantou o braço para puxar Liam mas o mesmo se afasta, voltando a sua posição quando a mão de Theo sai de vista.

— Agora você consegue se mexer? — Theo acusa e Liam resmunga algo. — Vamos, Liam.

Liam não se move novamente, apenas jogando sua cabeça para trás e a recostando no banco. A porta traseira do carro se fecha em um baque, depois de Theo a fechar.

— Tudo bem, então se vire sozinho.

Theo estava na varanda, sentado em uma cadeira de madeira que balançava, quando Liam resolveu sair do carro. Ele saiu com dificuldade dali, reclamando, e começou a caminhar até a porta de sua casa, esquecendo de fechar a porta do carro atrás de si. Theo vai rapidamente fechar a porta da sua caminhonete enquanto Liam entra na casa.

— Droga, droga, droga! — Liam fala, colocando sua mão em sua têmpora. Theo aparece atrás dele, o ignorando e fechando a porta. — Já é de madrugada!

— Sim, e seus pais estão dormindo. Cale a boca.

— A reunião da alcatéia. Eu perdi a reunião. Meu celular. Cadê meu celular? — Liam vai até o sofá, tropeçando um pouco, e começa a revirar as almofadas, jogando-as no chão. Depois, vai até o balcão, revirando a caixa onde havia algumas chaves e coisas inúteis. — Droga, eu perdi meu celular!

— No seu bolso!

— O quê? — Liam grita, confuso.

— Cale a boca! — Theo grita silenciosamente, levantando a mão e indicando um dos dedos para cima, indicando que havia alguém no andar de cima.

— Acho que eu vou vomitar — Liam correu desesperado até às escadas e a subiu. Theo revira os olhos e o segue logo em seguida.

Quando Theo chegou ao banheiro, Liam estava sentado de frente para a privada, com as mão ao redor dela. Havia uma pequena trilha de vômito até o vaso e o garoto, pelo visto, Liam não tinha chegado a tempo. Ele pareceu deprimido.

— Perdi meu celular, a reunião da alcatéia e agora todos devem estar me procurando. Eles vão me odiar amanhã!

Theo não respondeu, ele achou melhor que não. Não adiantava nada discutir com alguém bêbado, ainda mais com Liam que demorava minutos para entender uma frase. Em vez disso, ele entrou no banheiro, contornando a trilha de vômito no chão e ficou parado ali, encarando o garoto com um olhar irritado e levemente preocupado que parecia esconder.

— Você pode mandar uma mensagem a Mase? — Liam disse em um sussurro, estava quase deitando a cabeça no canto da privada e dormindo. Theo o pegou pelos braços e o levantou com dificuldade. Liam cheirava a suor e vômito, era nojento.

— Tudo bem, você precisa de um banho.

Theo levantou Liam, pegando nas laterais de seu tronco, e então o colocou contra a parede. Se afastou para abrir o box e ligar o chuveiro, quando se virou novamente para Liam, ele já estava sentado no chão frio novamente, com as mãos grudadas em seu cabelo razoavelmente comprido.

trust • thiamOnde histórias criam vida. Descubra agora