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William


Eu não consigo dormir. Tem sido assim por algum tempo depois que eu descobri quem eu realmente sou. E com toda essa coisa com a Tríade. Mas quando se trata de Maite, o meu lado protetor fala muito mais alto. Parece loucura querer tanto alguém como eu a quero, mas é o que eu sinto. Ela me faz feliz de uma maneira que eu jamais pensei em ser. Não há uma maneira de descrever tudo que eu realmente sinto por ela. E eu sei que só palavras não bastam. E acordar ao lado dela é com certeza uma das melhores coisas do mundo. Ao vê-la deitada ao meu lado, tão doce e inocente. O lençol pouco cobrindo o seu corpo nu. Eu nunca tinha compartilhado a cama durante toda a noite com uma mulher, mas com Maite eu quero tudo. Eu quero lhe dar tudo. Eu olho para o relógio e são apenas sete da manhã. Eu sei que ela tem que ir para o
trabalho em duas horas, então eu me levanto com cuidado para não acordá-la, e sigo para a cozinha. Eu quero que ela se sinta em casa. Na verdade, eu quero que ela se mude para cá, mas eu sei que vai ser uma luta. Maite é independente. Ela gosta de ter o seu espaço e não depender dos outros, e eu a admiro muito por isso, mas quero que ela ache um espaço para me colocar em sua vida permanentemente. Eu passo pelo cantinho onde nós colocamos o seu gato, e vejo que o pequeno bichano
ainda está dormindo, assim como a sua dona, ele é um dorminhoco. Sorrindo eu o deixo dormir e vou para a cozinha preparar o café para a minha mulher.
Meia hora depois eu já tenho tudo pronto para um pequeno almoço. Eu não sou muito bom na cozinha, mas eu consegui me sair muito bem seguindo as orientações que peguei na internet.
Eu ouço os seus passos suaves descendo a escada. Ela para e dá bom dia ao seu bichano.

– Ei, como você dormiu? – Ela pergunta, e eu não posso deixar de sorrir.

Poucos segundos depois ela aparece na porta da cozinha. Ela está linda vestindo a minha camisa, o cabelo assanhado, e o rosto marcado pelo lençol.

- Café? – Eu pergunto dando a volta na ilha da cozinha e parando à sua frente.

- Sim. Por favor. – Ela sorri timidamente.

Eu coloco duas canecas de café que eu acabei de coar no balcão da ilha. Ela se senta no banquinho e seus olhos me prendem no lugar. Eu sei o que ela está pensando apenas em olhar para o seu rosto corado.

- Como você dormiu? – Eu pergunto tomando um gole do meu café.

- Muito bem, obrigada. – Ela leva a caneca à sua boca. – Sabe, Liu amou a sua casa. Eu acho que você acabou de ganhar um fã. – Ela diz sorrindo.

- Ele e a sua dona são sempre bem-vindos nessa casa. Na verdade eu acho que eu poderia me acostumar com o bichano correndo por aqui.

- Eu sei que sim, obrigada por isso. Mas eu ainda preciso de mais tempo para pensar.

- Tudo bem. – Eu a beijo suavemente, e rezo para que ela aceite a minha proposta e logo.


***


Eu deixei a Maite no trabalho, eu segui para a empresa. Eu tinha muito trabalho para fazer, e talvez uma viajem no final de semana, mas eu não quero deixar a Maite sozinha. Eu tenho reuniões durante todo o dia, então eu vou para a empresa e me esforço para manter a minha cabeça nos negócios. A minha assistente me informa que o gerente do hotel de Chicago está tendo alguns
problemas com a nova expansão que está sendo realizada na parte de trás do hotel central de Chicago. Eu suspiro e vou direto para o meu escritório, e ligo para o gerente em questão. Eu não sei
por que essa gente não consegue fazer o seu trabalho.

O Bilionário e a Virgem || Levyrroni [Vol 02]Onde histórias criam vida. Descubra agora