Capítulo 2

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Pov Sina

Acordo um pouco assustada por conta de todo o barulho.

- Sina Maria acorda agora, vamos. - reviro os olhos, me viro e coloco o travesseiro na cabeça, quando tô quase dormindo de novo a porta é aberta bruscamente, era minha mãe, ela pega o travesseiro e fica me batendo com ele.

- Maria tu tá surda? Eu mandei tu levantar sua catita, falta 10 pras 7:00. - me levanto rápido e vou para o banheiro, a toalha já ficava lá porquê sempre esqueço ela, então apenas levantei e corri pra ir tomar banho.

Quando sai do banheiro fui olhar as horas pra ver se estava muito atrasada e..... Não acredito 6:30,ainda era 6:30, que horas essa mulher me acordou então? Revirei os olhos me vesti e desci, vi minha mãe sentada no sofá.

- sério mãe? A senhora sempre faz isso né?

- primeiro, para de gritar que eu não tô surda, segundo, esse é o único jeito de tu acordar Maria.

- primeiro, mãe a senhora sabe muito bem que quando eu acordo rápido assim eu fico com dor de cabeça e de mal humor o dia todo, segundo, não me chama de Maria que é nome de velha - digo revirando os olhos.

- Sina tu pode acordar até no céu que tu continua de mal humor, e Maria não é nome de velha, meu nome é Maria.

- exatamente - digo e dou três passos pra trás, eu tô louca? Acabei de chamar ela de velha, agora eu morro, você já era Sina Maria José.

- tu tá me chamando de velha? Olha aqui sua desmiolada, tu me respeita.

- tudo bem não te chamo de velha, te chamo de idosa é mais fofo - vi o semblante dela mudar completamente, antes ela estava com uma cara de convencida e agora era uma cara de quem iria me matar. Saí correndo pra cozinha mas mesmo assim uma chinela acertou minha bunda, peguei uma maçã e quando estava voltando vi a chinela no chão e lembrei de uma coisa.

- mãe? - ela me olha com uma cara de tédio.

- fala Maria.

- a senhora tem três pés?

- Sina nem começa que a chinela bateu na bunda e não na cabeça, e nem foi tão forte assim.

- não, é sério, ontem a senhora jogou três chinelas em mim, onde arrumou a outra? - ela me olhou por um tempo e levantou a blusa, olhei pra barriga dela e certeza que eu estava com uma cara de assustada.

- puta que pariu, caralho e todos os palavrões que existem, mãe do céu, sério que a senhora tem uma chinela guardada entre o short e a blusa? As pessoas costumam guardar celular aí não chinelas - ela deu de ombros, abaixou a blusa e desviou o olhar para o relógio.

- anda Sina levanta, tá na hora de ir pra escola , talvez assim tu vire um ser humano e pare de ser catita.

- deixa só eu pegar minha bolsa.

- se eu entrar no carro e tu não estiver lá dentro e com o cinto colocado tu vai a pé. - sai correndo e peguei a mochila em cima da cadeira e fui correndo pro carro, esbarrei nela no meio do caminho, ela fez gesto de pegar a chinela e eu gritei, entrei no carro rápido e coloquei o cinto.

- viu cheguei primeiro, aqui é o Usain Bolt querida.

- e eu sou o Floyd Mayweather, então se eu fosse tu só ficava quieta.

- uii grossa, tacaaaa a mãe pra ver se qui.....aiii mulher violenta, pra que bater?

- mal começou o dia e tu já tá enchendo o saco né Sina.

O caminho foi normal, ficamos escutando música, chegamos na escola e quando eu ia abrir a porta alguém puxou meu cabelo.

- sério que tu vai sair sem nem dar a benção pra tua mãe sua ingrata? Depois que eu morrer tu vai sentir minha falta.

- mãe, para de ser dramática eu ia dar a benção pela janela. - estendi minha mão e ela me olhou com cara feia, deu um tapa e estendeu a mão dela, dei um beijo molhado e ela passou a mão na minha cara e me empurrou pra fora do carro.

- agora vai embora que eu não sou uber.

-  nossa mãe quanto carinho - falei fingindo estar ofendida, mandei um beijo pra ela que pegou o beijo no ar, sorriu de uma forma sapeca e jogou o beijo na lixeira que fica do lado do banco do motorista, fez aquela jogada de cabelo que pessoas recalcadas fazem  e saiu com o carro.

Fiquei rindo com aquela cena até decidir entrar na escola, assim que piso dentro da escola escuto um grito desesperado e me assusto.

Hey seus gays

Eu tenho um dever com o meu coração. Onde histórias criam vida. Descubra agora