Capítulo 13 | Tiro no Escuro

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Eu vim da lama
Há sujeira em minhas mãos
Forte como uma árvore
Existem raízes onde eu estou

Oh, eu tenho fugido da lei

Howling At The Moon | D Fine Us

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(ALERTA DE GATILHO)

Observei a mulher que teimava em atormentar meu juízo subir rapidamente as escadas. Após reabastecer o copo com o líquido âmbar, voltei minha atenção para meu amigo que jazia no sofá, deitado de forma espaçosa e descontraída como se fosse o maldito dono.

    — Eu pedi que apenas a acompanhasse, não que virassem amiguinhos — falei.

    Sim, havia notado que, por trás da implicância dos dois há pouco tempo atrás, havia um ar de diversão entre ambos.

    Como o idiota que era, Jacob apenas manteve a expressão divertida que sempre me irritava. Colocando os braços por trás da cabeça e tomando mais o espaço onde estava, ele respondeu seguindo sua costumeira linha de implicância:

    — Puta merda, Derek. — Gargalhou, como se eu tivesse contado uma piada. — Está com ciúme de nós dois? Eu vivi para ver Derek Mitchell, O Diabo, líder de uma grandiosa e poderosa máfia, rei do crime organizado, com ciúmes de uma garota. — O bastardo estava se divertindo às minhas custas. — Eu esperaria isso até bastardo do Muller, mas de você? — Ergueu uma sobrancelha em deboche. — É impressionante.

    — Eu não estou com ciúmes, porra. Poderia ser menos ridículo? — reclamei, para depois tomar um gole de whisky. — Você sabe quem ela é, sabe o porquê de estar aqui — rosnei.

    Eu tinha visto ela direcionar a ele a sombra de um sorriso, aquilo era desnecessário. E, além disso, eles saíram da rota, ele cedeu a suas vontades como um idiota. Isso não estava nos planos, e não era algo que eu devesse simplesmente tolerar.

    Toda diversão se dissipou do rosto de Sullivan ao ouvir minhas palavras. Então ele me encarou de forma séria.

    — Eu vou tratá-la como minha amiga porque ela é uma mulher normal e muito divertida. O fato dela ter sido comprada por seu fodido dinheiro não significa deixou de ser uma pessoa como todas as outras. — Os olhos azuis nublados me encaravam enquanto ele disferia sua fala. — Ela tem sentimentos, escolhas, uma vida. É notório que suas palavras grosseiras servem apenas como armadura para seu verdadeiro ''eu''. Seus olhos tristes carregam sofrimentos, angústias. Eu sei que você também notou isso. E não se preocupe, eu não irei levá-la para cama, se é essa sua preocupação. Ela é sua futura mulher, você é meu irmão, caralho.

    Ignorando-o, tomei o resto da bebida enquanto absorvia o que tinha ouvido. Ele estava certo.

    — Pode até ser. — Eu não era um homem que se contradizia, mas aqui estava eu, dando razão a discursos moralistas de um libertino idiota. — Só não exagere. — Encarei-o.

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