𝐗𝐈𝐕

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Camila Bueno

— E é por isso que eu não posso passar o Natal com vocês, não esse ano. Por favor, eu espero que vocês compreendam. — falei para a minha família que me via pelo Skype.

Fazia alguns meses que Thomas tinha ido embora, falávamos sempre que ele estava disponível, e eu sentia falta dele aqui. Essa semana o novo vizinho chegou, ocupou o apartamento que era de Tom.

Há algumas semanas Diana me chamou para visitar Thomas em NY no Natal, pois o mesmo não iria poder vir por conta das gravações. Eu fiquei meio raceosa pois o Natal era uma data sagrada para a minha família, e faltar esse momento não seria bom, mas eu sentia muita saudade de Tom, e eu precisava vê-lo.

Você sabe que a vovó vai te matar, não é? — disse Carlos.

— Ela vai entender uma mulher apaixonada. — sorri de lado.

Não vai não. — disse meu irmão mais novo, e eu revirei os olhos.

Deixa ela ir. — disse mamãe. — Quando ela voltar ao Brasil, ela vai passar muitos natais conosco.

Quem disse que eu vou voltar ao Brasil?

O quê? — eles disseram juntos.

O combinado era você só estudar aí, Camila. Você tem uma família aqui. — papai disse, e eu respirei fundo.

— Acontece que eu me apaixonei pela cidade. Londres é o meu lugar, eu vou ter mais chances aqui. — passei meu esmalte na unha. — E eu estou me sustentando aqui, estou trabalhando e tudo mais.

É, pelo menos você evoluiu mais que Carlos, e olha que vocês são gêmeos. — disse papai e meu irmão revirou os olhos. — Mas ainda sim, isso é loucura.

Eu tenho vinte e cinco anos, eu sei bem o que vou fazer da minha vida. — suspirei.

Você que sabe. — mamãe saiu da chamada chateada.

Você sabe como ela é... — disse papai.

— Nada vai mudar a minha decisão, e eu espero que vocês entendam. Eu não vou deixar de visitar vocês, jamais.

Nós entendemos. — disse Carlos.

Vamos precisar desligar agora, vamos ver sua mãe, ela deve está bem chateada. Boa noite, pequena.

Boa noite, pai. — sorri e desliguei.

Olhei para a pilha de roupas que eu iria colocar na mala, a preguiça estava me consumindo, mas logo passava quando eu lembrava que veria Tom em algumas horas, iríamos alguns dias antes do Natal pois a família de Thomas queria conhecer a cidade.

Deixei o notebook de lado, e guardei as minhas coisas. Levaria o essencial para ficar até dois dias depois do ano novo, como combinado. Queria começar o ano com sorte, afinal, seria meu último ano na RADA, queria poder brilhar nos palcos ou nas telas, a Times Square seria o local perfeito para fazer meus pedidos.

••

— Nervosa? — Emma perguntou assim que descemos do avião.

𝒐𝒏𝒆 𝒍𝒂𝒔𝒕 𝒕𝒊𝒎𝒆 - tom hiddleston (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora