𝐗𝐗𝐈𝐗

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Camila Bueno

Depois do dia que nos acertamos, ele costumou a visitar Théo, as vezes quando eu chegava em casa, ele estava ali com meu filho, e por um lado eu até gostava de ver Tom interagindo com ele... mas tinha medo de Théo confundir as coisas e acabar por achar que Tom é o pai dele. Mas ainda sim, eu não os impedia de ficarem juntos, eles se divertiam muito.

Por falar em "pai do Théo", o Paul não apareceu, não deu mais notícias, eu tinha até medo que ele aparecesse no Teatro e que contassem a ele da existência de um filho do nosso "relacionamento", era o que mais me assombrava. Mas, acima de tudo, eu tentava não demonstrar, e quando eu saia com Théo eu saia atenta mas tentava disfarçar para ele não perceber meu nevorsismo.

Era um final de semana, mas o primeiro do espetáculo que eu ficaria totalmente em casa. Thomas chamou eu e Théo para que ajudássemos o mesmo na mudança dele para o novo apartamento, suas coisas chegaram do Estados Unidos nestes últimos dias e ele já estava pronto para ocupar seu lugar novo.

— Théo... — sussurrei para meu filho de dormia ao meu lado. — Acorda, meu amor.

Ele resmungou. — Só mais dois minutos, mamãe.

— Tudo bem. — falei me levantando e suspirando. — Você vai se atrasar pra ver o tio Tom.

— Sério? — ele disse animado, e bem rápido ele correu até mim e pulou em meu colo.

— Sim. — sorri. — Vamos ajudar ele a fazer a mudança pro novo apartamento.

— Ele disse que a gente ia brincar de video game também, naquele dia lá. — ele disse e eu gargalhei.

— Realmente, ele disse. — o coloquei no chão. — Mas você não pode ficar viciado.

— Eu não sou viciado. — ele cruzou os braços me fazendo rir.

— Não é, mas pode ficar, até porque você está muito amiguinho do Tom.

— Ele é meu amigo, ele é muito legal comigo igual ao tio Jim. — ele sorriu.

— Tudo bem então, amigo do Tom. — falei fingindo ciúmes. — Temos que tomar café.

Théo me seguiu até a cozinha onde preparei nosso típico café com torradas e ovos, enquanto meu filho me contava sobre sua semana na escola, ou contava alguma piada. Depois que me juntei a ele na bancada para comer, eu pensei em como era feliz em ter Théo em minha vida, sabe lá Deus o que eu estaria fazendo agora se não tivesse tido ele, muito me diziam que eu não ia dá conta da responsabilidade de ser mãe porque segundo eles eu "amava dormir", e criança toma todo o nosso tempo. Bom, por um lado eles estavm certos, no entanto Théo puxou totalmente pra mim, dorminhoco igual a mãe e nunca me deu trabalho algum.

Eu era feliz em ter Théo, eu estava completa com ele.

Depois do nosso café, arrumei Théo e também me arrumei. Depois pedimos um carro de aplicativo para o endereço de Tom me passou no dia anterior, e seguimos para o mesmo. Em poucos minutos chegamos ao bairro de Kennington, o novo endereço de Thomas. Descemos em frente ao grande prédio, e nos identificamos e o porteiro nos conduziu até o elevador que levava até a cobertura de Thomas. Ao chegarmos lá, avistamos Tom tomando café, e lendo um jornal na mesa que estava no centro do apartamento cheio de caixas.

— Eu não acho segurança em ter elevador. — falei entrando na cobertura.

— Vocês vieram... — ele disse fechando o jornal e abriu um sorriso ao nos ver. — Não se preocupem, eu só libero o elevador quando alguém que eu conheço é anunciado.

— Tio Tom! — Théo disse correndo em direção à Thomas.

— Oi, rapazinho, como você está? — ele disse e os dois fizeram um "soquinho" com as mãos.

— Eu estou bem. — Théo sorriu.

— Você dormiu aqui? — perguntei me aproximando de Tom e observando todo o local.

— Sim. — ele suspirou e carregou Théo. — Amber não quis dormir este noite aqui, mas já deve está chegando. — ele revirou os olhos.

— Ah... — me limitei a isso.

— Théo, ali na varanda tem um piscina pequena, eu acho que você vai gostar. — Tom disse colocando meu filho no chão e depois agachando para ficar na altura dele.

— Eu não trouxe roupa de banho, tio.

— Não tem problema, usa essa roupa ai mesmo. — Tom disse e eu revirei os olhos rindo.

— Eu posso mãe?

Suspirei. — Tudo bem. — falei e Théo comemorou.

Deixei meu filho só de cueca, e Tom o levou para a varanda onde tinha a piscina e ficou com ele ali por um tempo. Certamente Tom seria um bom pai, e a mulher que seria mãe da criança seria totalmente sortuda.

— Cheg... Ah, ela está aqui. — escutei Amber e virei para olhá-la.

— Algum problema? — arqueei uma sombrancelha.

— Amber... — Tom falou. — Porque demorou?

— Não sabia que pra eu vir pro apartamento, que também estou pagando, eu teria que ter hora marcada. — ela disse deixando algumas coisas no balcão. — Mas, eu demorei porque fui comprar o nosso almoço, sei que é cedo mais depois que eu chegasse assim eu não sairia mais pra rua.

— Existe aplicativo de delivery. — falei e Amber me olhou com cara de poucos amigos.

— Ah, parece que temos uma Sherlock aqui. — ela bufou e saiu em direção a um corredor que tinha ali.

— Não ligue pra ela, desde que decidi que ficaríamos ela mudou totalmente de humor, talvez seja ciúmes de você.

— Puts. — dei uma risada sem graça. — Se for isso, o dia vai ser longo.

— É só não ligar pro que ela diz. — ele beijou a minha cabeça. — Por onde começaremos?

— Não sei, pode ser quarto ou sala, são os lugares que mais as pessoas ficam em casa. — falei caminhando entre as caixas.

— Tudo bem, que seja sala então. — ele sorriu.

••

Ai ai, essa Amber hein? haha

𝒐𝒏𝒆 𝒍𝒂𝒔𝒕 𝒕𝒊𝒎𝒆 - tom hiddleston (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora